Quarta-feira, 02.07.08
CORRUPÇÃO SE ESPALHA PELO BRASIL
A função mais visada, apesar de ser ilegal e imoral é a corrupção. O vírus assoberbado pelo dinheiro público vem atacando uma grande maioria de políticos brasileiros e se embrenhando no rol familiar. A corrupção tornou um mal, uma doença tal qual o dengue. Transmite rapidamente, mas não chega a matar. Gozar benesses com dinheiro público é crime, porém criminosos em nosso país podem responder processos em liberdade. O Brasil devido à frouxidão de suas leis passou a ser denominado como “A ilha da fantasia”. No Brasil o errado tomou conotação de certo. Infelizmente! Vejam mais uma: “Irmão e genro de governadora do RN são acusados de fraude”. Conforme as investigações, o suposto esquema começou na administração de Garibaldi e fez com que o Estado deixasse de arrecadar cerca de R$ 65 milhões. Essa família Garibaldi na terra dos “papas-jerimuns é muito forte”, mas não recebe o aval do povo pacato e honesto do estado do Rio Grande do Norte. A corrupção quando começa se espalha de diversas formas. Vejam a imoralidade e o que nossos representantes fazem com o erário público.
Além de um filho e de um irmão envolvidos em suspeitas de desvios de recursos públicos e corrupção, outro irmão e um genro de Wilma de Faria (PSB), governadora do Rio Grande do Norte, são processados por acusações semelhantes. Lauro Maia, filho da governadora, foi preso pela Polícia Federal na semana passada sob suspeita de receber propina para facilitar um suposto esquema de fraudes em licitações que teria gerado contratos irregulares de R$ 36 milhões. Carlos Faria, irmão de Wilma, já havia sido denunciado pela Promotoria por supostamente ter se beneficiado da contratação de shows "fantasmas" para o carnaval de 2006. No caso envolvendo Fernando Antônio de Faria (irmão de Wilma) e Carlos Monte Sena (genro), os dois e outras três pessoas ligadas ao governo no primeiro mandato da governadora (2003-2006) foram acionadas sob acusação de terem recebido R$ 343 mil para tentar influenciar a administração a manter um regime especial de tributação que garantia à American Distribuidora de Petróleo a compra de combustível sem pagamento de ICMS. O regime não foi mantido. Nesta denúncia, de fevereiro deste ano, é acionado ainda Fernando Freire (PMDB), vice-governador no governo Garibaldi Alves (PMDB, 1995 a 2002).
Conforme as investigações, o suposto esquema começou na administração de Garibaldi e fez com que o Estado deixasse de arrecadar cerca de R$ 65 milhões. A família que rouba unida, unida permanece. No regime especial dado em 2001 à distribuidora, o ICMS não seria mais retido no momento em que a empresa adquirisse combustível, mas quando ela vendesse o produto. Segundo a Promotoria, após as eleições, Fernando e Sena foram contatados pelos donos das empresas para manutenção do benefício, "em razão de suas condições pessoais" e por terem "influência no governo". Em janeiro de 2003, a empresa pediu a manutenção do regime, mas, apesar do suposto lobby, a solicitação foi negada pelo governo. Segundo os promotores, mesmo com a negativa, houve divisão de propinas, depositados em nome de "laranjas" ou de outras empresas. Por outro lado Fernando Antônio de Faria, irmão de Wilma de Faria, e Carlos Monte Sena, genro da governadora, negaram, em audiências na Justiça, as irregularidades apontadas pelo Ministério Público. Ambos disseram ter conhecido a American Distribuidora de Combustíveis apenas por meio da imprensa. Em depoimento em 30 de abril, Fernando de Faria disse desconhecer a origem de depósito de R$ 25 mil feito em conta de sua empresa, a MF Gráfica e Editora, em dezembro de 2002. Que família altaneira, com tanto amor ao Estado que os abrigou como filhos, ainda se dão ao luxo de surrupiar o dinheiro público, enquanto fatos imorais dessa natureza acontecem o presidente do país quer criar mais imposto para a saúde. Incrível a sensibilidade desse povo. Afirmou que prestou serviços a candidatos do Estado nas eleições daquele ano, mas que não cuidava do setor financeiro de sua empresa.
Para o Ministério Público, os pagamentos foram feitos pela American Distribuidora, por meio de empresas de fachada. Monte Sena também disse que os depósitos (um de R$ 20 mil e outro de R$ 18 mil) feitos em 2002 nas contas da Engrenart, empresa da qual é sócio, foram por serviços prestados durante a campanha daquele ano. A jornalista Cíntia Acayaba tem feito belas críticas aos corruptos do Brasil. O vírus da corrupção impregna o País inteiro. Precisamos criar uma vacina contra este vírus letal e mafioso, visto que o vil metal é a principal vítima. A corrupção é uma violência contra os cofres públicos e aos impostos pagos pelo consumidor. Penas mais forte para este tipo de pessoas. Imaginem se os corruptos brasileiros fossem julgados ao estilo chinês, o Brasil estaria cheia de pessoas com um braço só e a pena de morte seria a moda do momento. Sem punição a corrupção jamais passará por um expurgo. O Purgar representa completamente o purificar, tirar as sujidades a, limpar, corrigir, emendar, descascar, esburgar, esbrugar, apurar, polir. Livrar do que é nocivo ou imoral, livrar do que é supérfluo ou prejudicial e limpar-se, corrigir-se, apurar-se. Senhores vão expurgar o Brasil? O País merece. Muitos insetos são considerados daninhos porque transmitem doenças (mosquitos, moscas), danificam construções (térmitas) ou destróem colheitas (gafanhotos, gorgulhos) e muitos entomologistas econômicos ou agronômicos se preocupam com várias formas de lutar contra eles, por vezes usando insecticidas mas, cada vez mais, investigando métodos de biocontrolo. Vamos precisar de muitos pesticidas para acabar som as ervas daninhas e os insetos que fixaram moradias em Brasilia.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI-ALOMERCE E AOUVIRCE
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por paivajornalista@blogs.sapo.pt às 09:04