FESTA JUNINA
São João disse que eu iria ser feliz... São Pedro de imediato confirmou. Santo Antonio, uma vez me deixou infeliz... Pois, a sua predição não se confirmou. Olha para o céu meu amor e, ela olhou... De repente o tempo mudou, a felicidade surgiu, Agarrei-me com os três santos e ela chorou... De alegria e contentamento o sorriso refletiu. A noite bela, mágica e encantadora... Resplandecendo no céu as estrelas sorriam. O nosso coração palpitava sem masmorra... Em nosso olhar lágrimas quentes se derretiam. A fogueira flamejava na intensa escuridão... Fogos, balões e rojões coloriam o ambiente... O olhar da minha amada cintilava de muitão.
Anunciando que nosso amor seria para sempre. A escuridão refletia belas e luzentes aquarelas... O tempo passa de repente e nos deixa muita saudade, a nossa mente imanta o que encanta em marcas singelas, o seu olhar tão inflamado vislumbrava a fogueira com vaidade. A felicidade espelhava intensas e belas labaredas... Como um clarão que reluzia no céu de luz interminável, estava feliz, contente, pois meu pedido caminhou por veredas... E o pecado do santo foi perdoado com amor incontestável.
É festa na roça, na cidade e no sertão muitos pedidos no entorno da fogueira. Muitos pedidos aos três santos de plantão... Agradecimentos sinceros se ouviam... Muita comida típica, danças, quadrilhas e festejos a noite inteira, deixavam o céu em fumaça. Muitas donzelas fazendo promessas, a sanfona luzia em sons frenéticos... As simpatias anunciavam o ardor, a paixão e o desejo por um casamento, não eram de graça. Pois, os santos depois iriam cobrar em dobro os milagres, promessas cumpridas nas festanças com nexos ou sem nexos, sem prazeres desconexos.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES- FORTALEZA/CEARÁ/BRASIL