Quinta-feira, 11.02.10
PERÍODO BIZÂNCIO
O império Romano consegue sobreviver no Oriente. Durante a decadência romana, seu imperador na época, Constantino transferiu por medidas de segurança a capital do Império Romano para a cidade de Bizâncio. Bizâncio apesar de ser uma cidade grega remodelada com a estada do grande império passou a se chamar de Constantinopla. Pelos idos de 395 depois de Cristo, o imperador Teodósio achou que deveria fazer a divisão do Império Romano entre seus filhos. Surge aí o nepotismo romano beneficiando o seu filho Honório, que ficou com a parte ocidental, enquanto Arcádio o outro filho ficou com a parte oriental do império. Da decisão de Teodósio surgiram dois impérios. O Império Romano do Ocidente, com sede em Roma e o Império Romano do Oriente, com sede em Constantinopla. As invasões bárbaras na época eram muito temidas e Roma não conseguia deter essas invasões, em consequência deste fato formaram-se vários reinos no Império do Ocidente que tinha como responsável Honório, filho do imperador Teodósio.
Já no outro império, o do Oriente Arcádio conseguia resistir às invasões bárbaras. Estas invasões duraram cerca por onze séculos, ficando conhecido como Império Bizantino. Como em toda divisão a tendência é uma união ou mesclagem, o Império Bizantino conseguiu evoluir no setor econômico e cultural. O império cresceu com cidades movimentadas e luxuosas e a doutrina cristã passou a ser discutida com intensidade e minúcias. Nos primeiros séculos, os romanos tinham os seus costumes e não houve alteração nos mesmos. Algum tempo depois, a predominância da cultura helenística se asseverou com a união da grega com a asiática. A civilização bizantina ficou marcada pela integração entre elementos dos dois impérios. Seguindo a história nos consta o esplendor do Império Bizantino se deu na era de Justiniano.
Com a divisão as primeiras dificuldades surgiram e os imperadores ficaram impossibilitados de governar, pela constância das ameaças bárbaras. No século V, no reinado de Justiniano, o Império Bizantino pelo bom planejamento do imperador, aconteceu à estruturação e consequentemente o apogeu surgiu. A cidade de Bizâncio era o elo entre a Europa e a Ásia. Suas grandes muralhas protegiam inúmeras igrejas. No período de (527-565), trinta e oito anos fora os mais importantes pelo poder que exercia Justiniano. Conseguiu através de diversas batalhas recuperar territórios perdidos pelo Império do Ocidente. Justiniano consegue também ocupar o norte da África, parte da Itália e o sul da Espanha. Reforçando a conotação inserida nessa matéria histórica temos a dizer que: “Ao longo de seu reinado, Justiniano conseguiu conter o avanço militar dos persas e búlgaros sob a região balcânica.
Logo depois, empreendeu a expulsão dos vândalos do Norte da África. Mais tarde, deu fim à dominação gótica na Península Itálica e tomou a Península Ibérica dos visigodos. Apesar de chegar a reagrupar os antigos domínios da Roma Antiga, Justiniano não conseguiu resistir às novas invasões dos povos germânicos na Europa e a dominação árabe no Norte da África”. No plano político, Justiniano buscou a formulação de leis que se inspiravam nos antigos códigos jurídicos romanos. Formando um conjunto de juristas influenciados pelo Direito Romano, Justiniano compilou um grupo de leis que formaram o chamado Corpo do Direito Civil. Apesar de empreender a ampliação dos domínios do império, Justiniano foi vítima de uma grande conturbação. Na Revolta de Nika (532), vários populares organizaram um movimento em protesto contra as pesadas cargas tributárias e o grande gasto empreendido nas campanhas militares.
A revolta de Nika com as campanhas militares empreendidas na conquista de inúmeros territórios deixaram Justiniano com o pires nas mãos. Como solução teve que cobrar elevados tributos. Da insatisfação popular pela miséria, e a opressão explodiu a revolta em 532. Essa revolta causou a morte de 35 mil pessoas. Seguindo a história vem o Cesaropapismo e Grande Cisma do Oriente. Terminada a revolta de Nika, Justiniano confirmou sua posição de monarca absoluto através do cesaropapismo, assumiu totalmente a chefia do Estado e a chefia da Igreja Católica como Papa e Cesar. Esse sistema não satisfez ao papa, que almejava deter o comando universal da Igreja católica. Nika é um termo grego que significa ‘vitória’. Em Constantinopla no ano de 532, ao final de uma corrida de cavalos, houve dúvidas para identificar o vencedor, as torcidas rivais gritavam fervorosamente “nika, nika”. (Vitória, vitória).
A palavra Cisma tem a sinonímia de quebra, fratura, divisão. Gilberto Contrim conta com riquezas de detalhes a história do Império Bizâncio. Os conflitos entre os bizâncios e os papas se eternizaram através de séculos. Em 1054, surge o Grande Cisma do Oriente que dividiu a cristandade em duas igrejas. A Igreja Ortodoxa com sede em Bizâncio, sob o comando do imperador bizantino e a Igreja católica Apostólica Romana, sob a autoridade do papa. Ressalte-se que a Igreja Católica Apostólica Romana foi fundada por Teodósio I, em 381 D.C,. através do Concílio de Constantinopla I e do decreto imperial “Cunctus Populus” que significa todos os povos. A igreja católica passou a receber pessoas de todos os matizes, sem nenhuma exigência. Arianos, pagãos com ou sem os seus deuses, os próprios povos bárbaros não regenerados, mas degenerados e outros convertidos, mas não convencidos. Tornou-se uma igreja totalmente paganizada, babilonizada e herética. Nosso escritor Jeová Mendes afirma que no Apocalipse existe uma advertência a todos que almejam a salvação. “sai dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados, e para não participardes de seus flagelos” (Apocalipse 18:4).
A decadência do Império Bizantino aconteceu após a morte de Justiniano em 565, o império sofreu vários enfraquecendo a administração central do império. O império Bizantino perdurou até o século XV quando Constantinopla foi, por fim, dominada pelos turcos otomanos, em 1543. Basílio II de 976 a 1025 interrompeu a decadência do império Bizantino. No império Turco Otomano surge o Renascimento. Na Baixa Idade Média, o Império Bizantino deu seus primeiros sinais de enfraquecimento. O movimento cruzadista e a ascensão comercial das cidades italianas foram responsáveis pela desestruturação do Império. No século XIV, a expansão turco-otomana na região dos Bálcãs e da Ásia Menor reduziu o império à cidade de Constantinopla. Finalmente, em 1453, os turcos dominaram a cidade e deram o nome de Istambul, uma das principais cidades da Turquia. É bom lembrar que a Síria também foi capital do Império Romano.
A história é rica e recheada de detalhes. Em 325, no Cocílio de Nicéia (hoje uma cidade da Turquia), 318 bispos reuniram-se para debater as mais diversificadas questões concernentes a Igreja, tais como o dogma da Trindade, o Credo dos Apóstolos e a expulsão do primeiro herege de peso Ário de Alexandria. No ano 400, no Concílio de Toledo, é dado ao bispo de Roma, pela primeira vez, o título de “Papa”. O nome é derivado do grego “Papai”, termo carinhoso para os anciãos. Flávio Pedro Sabácio Justiniano, conhecido como Justiniano I ou Justiniano o Grande. Imperador do Oriente em 14 de novembro de 565 até o dia 1 de agosto de 527 quando de sua morte. Sua esposa chamava-se Teodora (dizem que era prostituta), Os amigos de Justiniano foram Triboniano, Belizário, João da Capadócia e Narses. Reconstruiu a Igreja de Santa Sofia Em seu governo, foi redigido o Código Justiniano, um sistema de leis básico que afirmava o poder ilimitado do imperador e, ao mesmo tempo, garantia a submissão dos escravos e colonos a seus senhores.
Em seu governo, o regime político do império pode ser caracterizado como autocrático e burocrático. Autocrático, porque o imperador controlava todo o sistema político e religioso. Burocrático, porque uma vasta camada de funcionários públicos, dependentes e obedientes ao imperador, vigiava e controlava todos os aspectos da vida dos habitantes do império. Esse poder não chegava a ser totalitário, porque o império era vasto e composto por povos de naturalidades e línguas diferentes, que conseguiam escapar do controle das autoridades imperiais e manter certas tradições culturais particulares. Justiniano também se destacou como construtor: fortificações em torno de todas as fronteiras, estradas, pontes, templos e edifícios públicos foram algumas de suas obras. Internamente, os maiores problemas enfrentados pelo império foram os senhores locais e as heresias. Estas quebravam a unidade da Igreja de Constantinopla e, em geral, surgiam em províncias do império, adquirindo, assim, um caráter de luta autonomista diante do poder central. Wikipédia. A história conta tudo resta-nos conhecê-la como a palma de nossa mão. Pense nisso.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI- DA ALOMERCE DA AOUVIRCE E UNIÃO BRASILEIRA DE TROVADORES (UBT)
Autoria e outros dados (tags, etc)
por paivajornalista@blogs.sapo.pt às 18:26