A MULHER NA IDADE MÉDIA
Uma indagação que não quer calar. Será que a mulher da Idade Média tinha os atributos da mulher de hoje? Tudo vai depender do contexto atual e o da Idade Média. Será que houve alteração na classe social e nos modos de vida? São perguntas importantes que merecem um estudo mais apurado sem sombras de dúvidas. O contexto social desempenhava um papel entre as mulheres. A vida das mulheres, como a do sexo oposto, dependia da classe em que nasciam. A diferença primordial entre um sexo e o outro, as mulheres eram severamente limitadas em sua capacidade jurídica, os homens não.
Na maioria das áreas jurídicas, as mulheres eram representadas por tutores do sexo masculino. Como se vê as mulheres da Idade Média não tinham a liberdade que as mulheres tem nos dias de hoje. A inferioridade deve-se, entre outras coisas, à imagem da mulher na igreja. Esse fato foi determinado por interpretação bíblica que apregoa que a mulher foi criada a partir das supérfluas costelas e sem funções para o homem. Este fato marca a distinção entre homem e mulher desde a antiguidade, principalmente para quem segue os princípios bíblicos com certa fanaticidade.
Além de servir como diversão seriam fisicamente e mentalmente inferiores aos homens e não teriam coração. Em caso diferente ou ao contrário, a mulher não teria seduzido o homem, sendo ambos expulsos do paraíso pelo “pecado” da tentação. A sexualidade da mulher causava medo aos clérigos daquela época, e sua libidinagem empurrava os homens para a perdição. Você acredita nessa história? Afirmava-se que a mulher só poderia ser domesticada através do casamento.
Vejam bem, as meninas na Idade Média, se casavam entre os 12 e 16 anos de idade. Quando não se casavam regularmente, mesmo assim eram consideradas como casadas. Pense nisso! A partir desse momento, elas tinham de se submeter ao marido, como era registrado nas fórmulas de casamento. Hoje quando uma menor nessa faixa de idade o pânico toma conta de todos. Ressalte-se que Maria mãe de Jesus Cristo se casou aos 15 anos.
O marido se tornava tutor de sua mulher e tinha direito de suas posses. Os cargos públicos nem pensar, pois os homens dominavam e também não podiam falar em público e expressar suas opiniões com liberdade. As mulheres possuidoras de nobreza tinham a possibilidade de entrar para o convento ou ir para uma corte exercer a função de camareira. As mulheres solteiras tinham uma tarefa por demais árdua, pois exerciam as funções de empregadas domésticas, de serventes e em outras ocasiões tinham que se tornarem prostitutas.
Hoje as mulheres vivem num céu, mas muitas não sabem lidar com esse céu maravilhoso. A liberdade dos citadinos (que ou aquele que habita a cidade) beneficiou sobremaneira a porção feminina, pois as mulheres podiam ganhar seu próprio dinheiro e, com o passar do tempo aprender novas profissões. Com os citadinos as mulheres ganharam certa liberdade, visto que elas passaram a ter mais direitos que se estendiam desde ao casamento e a heranças. Em meados do século XIV uma peste assolou a Europa causando uma mudança drástica para as mulheres, consideradas forças do trabalho puderam com rapidez assegurar suas posições em quase todas as atividades.
Conseguiram formar as próprias guildas (Associação de auxílio mútuo constituída na Idade Média entre as corporações de operários, artesãos, negociantes ou artistas) em profissões, onde as artesãs ocorriam com mais assiduidade de que seus colegas masculinos. A família tinha uma função primordial na educação de seus componentes, hoje talvez a severidade de antigamente tenha afrouxado um pouco, por isso os transtornos que passamos hoje. É bom lembrar que não criamos a história e os fatos antigos sempre merecem a nossa atenção e fomos buscar alguns detalhes aqui citados, “Nos Mistérios e revelações da Idade Média” dos livros Escala. É uma coleção de nossa preferência e de boa qualidade. Pelo trabalho, a experiência terrestre se transforma em cântico de alegria. Só o trabalho é bastante forte para penetrar nos antros do sofrimento, iniciando a obra de redenção para os companheiros que desejam renovação. Pensem nisso e tirem as suas conclusões.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI- DA ALOMERCE- DA AOUVIRCE- DA UBT- DA AVSPE E DA ACE