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PAIVAJORNALISTA

Esse blog tem uma finalidade muito importante, isto é, levar aos conhecimentos dos leitores e amigos os mais diversos assuntos relacionados com o nosso dia a dia. Crônicas, Artigos, Poemas, Poesias, Atualidades, Política entre outros.



Segunda-feira, 28.06.10

CARTA DE UMA EX-PETISTA Doc. Nº 169-2010

CARTA DE UMA EX-PETISTA Doc. Nº 169-2010

MANDA QUEM PODE, OBEDECE QUEM TEM JUÍZO”

O ADEUS de Sandra Starling ao seu Partido exprime uma grande desilusão e falta, quem sabe, de conhecimento da história. Ela, pela experiência vivida já deveria saber que nos PARTIDOS de direita ou de esquerda não há lugar para discordar dos LÍDERES que os dominam. Na URSS ou na Alemanha, os que ficaram contra ou tiveram a idéia de pensar diferente, foram eliminados. Aqui, no Brasil, não poderia ser diferente. Onde se encontram Paulo de Tarso Venceslau, Heloisa Helena, Luciana Genro os prefeitos de Santo André, Campinas e tantos outros? No Maranhão acontecerá a mesma coisa. È só terminar a eleição e haverá uma varredura violenta no Partido. Eles, os chefes, alegam que é preciso defender o PARTIDO. Qual o PARTIDO? O DELES OU o SEU, SANDRA STALRLING? O deles.
O GRUPO GUARARAPES, QUE É BRASIL, sente que estamos marchando para uma situação bem parecida da Venezuela ou CUBA. “Democracia” quando se pensa como eles ou o Partido.
Seus amigos se curvaram e a senhora foi embora. E O Brasil que a senhora sonhava como nós sonhamos onde fica nisso tudo? A senhora, uma IDEALISTA E SONHADORA foi enganada por quem mente. A MENTIRA é a principal doença do nosso País. Não há mais palavra nem sonhos. HÁ MENTIRAS e TRAIÇÕES.

GRUPO GUARARAPES

Adeus ao Partido dos Trabalhadores

Sandra Starling

Ao tempo em que lutávamos para fundar o PT e apoiar o sindicalismo ainda “autêntico” pelo Brasil afora, aprendi a expressão que intitula este artigo. Era repetida a boca pequena pela peãozada, nas portas de fábricas ou em reuniões, quase clandestinas, para designar a opressão que pesava sobre eles dentro das empresas.
Tantos anos mais tarde e vejo a mesma frase estampada em um blog jornalístico como conselho aos petistas diante da decisão tomada pela Direção Nacional, sob o patrocínio de Lula e sua candidata, para impor uma chapa comum PMDB/PT nas eleições deste ano em Minas Gerais.
É com o coração partido e lágrimas nos olhos que repudio essa frase e ouso afirmar que, talvez, eu não tenha mesmo juízo, mas não me curvarei à imposição de quem quer que seja dentro daquele que foi meu partido por tantos e tantos anos. Ajudei a fundá-lo, com muito sacrifício pessoal; tive a honra de ser a sua primeira candidata ao governo de Minas Gerais em 1982.
Lá se vão vinte e oito anos! Tudo era alegria, coragem, audácia para aquele amontoado de gente de todo jeito: pobres, remediados, intelectuais, trabalhadores rurais, operários, desempregados, professores, estudantes. Íamos de casa em casa tentando convencer as pessoas a se filiarem a um partido que nascia sem dono, “de baixo para cima”, dando “vez e voz” aos trabalhadores. Nossa crença abrigava a coragem de ser inocente e proclamar nossa pureza diante da política tradicional. Vendíamos estrelinhas de plástico para não receber doações empresariais. Pedíamos que todos contribuíssem espontaneamente para um partido que nascia para não devermos nada aos tubarões.
Em Minas tivemos a ousadia de lançar uma mulher para candidata ao Governo e um negro, operário, como candidato ao Senado. E em Minas (antes, como talvez agora) jogava-se a partida decisiva para os rumos do País naquela época. Ali se forjava a transição pactuada, que segue sendo pacto para transição alguma.
Recordo tudo isso apenas para compartilhar as imagens que rondam minha tristeza. Não sou daqueles que pensam que, antes, éramos perfeitos. Reconheço erros e me dispus inúmeras vezes a superá-los. Isso me fez ficar no partido depois de experiências dolorosas que culminaram com a necessidade de me defender de uma absurda insinuação de falsidade ideológica, partida da língua de um aloprado que a usou, sem sucesso, como espada para me caluniar.
Pensei que ficaria no PT até meu último dia de vida. Mas não aceito fazer parte de uma farsa: participei de uma prévia para escolher um candidato petista ao governo, sem que se colocasse a hipótese de aliança com o PMDB. Prevalece, agora, a vontade dos de cima. Trocando em miúdos, vejo que é hora de, mais uma vez, parafrasear Chico Buarque: “Eu bato o portão sem fazer alarde. Eu levo a carteira de identidade. Uma saideira, muita saudade. E a leve impressão de que já vou tarde.”


REPASSEM, AMIGO. AJUDE O BRASIL.

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por paivajornalista@blogs.sapo.pt às 16:31


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