Sexta-feira, 26.03.10
FRATERNIDADE
Alguns dicionários dizem que a palavra fraternidade tem uma derivação do latim fraternitate, sendo um substantivo feminino que representa parentesco de irmãos ou mesmo uma irmandade. Laço de parentesco entre irmãos, afetos de irmão para irmão, amor ao próximo, fraternização, harmonia e união entre aqueles que vivem em proximidade ou que lutam pela mesma causa. Analisando bem essas sinonímias denotamos que tanto a irmandade, como o amor ao próximo é quase inexistente nos dias atuais. Na realidade a fraternidade não é meramente e unicamente um simples conceito. A palavra fraternidade é muito forte, pois se trata da bênção do Senhor. O dar pão ao faminto e vestes aos nus. Aquela mão generosa e amiga que nos conduz a felicidade e o remédio santo que alivia a dor.
A fraternidade pura é o mais sublime dos sistemas de relações entre as almas, é o caminho da salvação. A fraternidade pode ser a generosidade para com os mais fracos e oprimidos, a assistência dada aos excluídos da sociedade, o respeito aos mais idosos, bem como o tratamento exemplar dispensado as crianças, seja de qualquer idade, sexo, religião ou classe social. A fraternidade é o penúltimo elo da quase infinita cadeia das mais dignificadoras afeiçoes. Somente ela faz que se confundam e incorporem, numa única, duas ou mais almas afins (não gêmeas), que se tornam unas pelo mesmo grau de elevação moral, pela harmonia dos pensamentos, capazes desde então de executar sublimes cometimentos’. Uma união ou convivência como de irmãos, paz, concórdia, harmonia também fazem parte do rol da fraternidade, essa harmonia se fortalece cada vez mais aliada à fé, a caridade, ao amor que são sinonímias abençoadas pelo Pai Amantíssimo e o Mestre Jesus Cristo.
Nas famílias, nos lares, na escola, nas faculdades, nas diversões se não houver harmonia a paz perecerá e dará lugar a desavenças e confusões sem proporções. Essa fraternidade deve ser global, ampla e irrestrita atingindo pessoas, coletividades, estados, nações, enfim todo o mundo. As religiões tem um papel preponderante para o crescimento da fraternidade, desde que deixem de lado o amor ao dinheiro, ao materialismo e se insiram com todo amor na espiritualidade. É a lei da assistência mútua e da solidariedade comum, sem a qual todo progresso, no planeta, seria praticamente impossível. Refere-se ao equilíbrio perfeito com as partes e das partes entre si. Será que a fraternidade está ligada a nossa genética? A genética é conhecida como uma parte da biologia que estuda as leis de transmissão dos caracteres hereditários nos indivíduos e as propriedades das partículas que garantem essa transmissão que chamamos ou nominamos de “os genes”.
Uma das ciências dos fenômenos vitais, tal como fisiologia, a bioquímica entre outras. Ela não é a ciência da reprodução, mas de hereditariedade. Pode exercer influência sobre o comportamento humano, mas a fraternidade pode estar vinculada ao meio familiar, à educação recebida, ao companheirismo e aos hábitos de vida. Diz o velho jargão popular de que o homem é o produto do meio, mas não nos esqueçamos de que o meio é feito pelo próprio homem. A harmonia será a disposição bem ordenada entre as partes de um tod0, a proporção, ordem, simetria de acordo ou de conformidade com a suavidade, a paz e a sonoridade de estilo.
As transformações do mundo, a violência que campeia por todos os lados, a brutalidade humana, as guerras entre nações pelo poder da força, as guerras religiosas estão no écran das atividades onde a fraternidade inexiste. Estamos carentes dos homens de boa vontade, dos trabalhadores da última hora, dos voluntários, enfim daqueles que querem o bem ou desejam expandi-lo mundo afora. É hora de meditação, de união, de compartilhamento. Se isso não acontecer estaremos afundando cada vez mais, e nos diamantizando num caos penoso, triste e sem fim.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI-ALOMERCE-UBT E AOUVIRCE
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por paivajornalista@blogs.sapo.pt às 18:02