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PAIVAJORNALISTA

Esse blog tem uma finalidade muito importante, isto é, levar aos conhecimentos dos leitores e amigos os mais diversos assuntos relacionados com o nosso dia a dia. Crônicas, Artigos, Poemas, Poesias, Atualidades, Política entre outros.



Quarta-feira, 13.01.10

OS ASTECAS

OS ASTECAS

Cristovão Colombo o grande navegado espanhol ao pisar em solo ou terras americanas teve uma tremenda decepção. Voltou de imediato para a Europa procurando saber de todas as maneiras onde estava o Grão-Cã descrito também pelo menos importante Marco Polo. Perguntava decepcionado e com certa raiva, Cadê o ouro e a prata? Quando Colombo se encontrava doente e no leito de morte, afirmaram-no que descobrira um novo continente. Mesmo assim, ele respondeu ironizando: “Não creio. Aqueles pelados são índios, pois lá são as Índias”. Um fato marcante mais ou menos parecido com a descoberta do Brasil por Cabral. Vinte e sete se passaram e no México desembarcou um conquistador espanhol, Hernán Cortés, que vinha de Cuba que conforme a história já era colônia espanhola, e tinha na cartola informações importantes da existência de um país fabuloso no interir. É bem verdade, que na época Hernán Cortés desembarcou em terra firme, mas ainda não tinha o nome de México.

No desenrolar dos fatos foi conhecendo e conquistando cidade e aqui citamos a de Painala, onde fez amizade com o cacique e sua filha. Como já sabemos pelo que estudamos era costume ou hábito da terra agradar os visitantes oferecendo suas filhas. A filha oferecida a Cortés tinha um nome difícil de pronunciar, pois a língua era complicada (nauatl), então o navegador disse que, a partir de hoje serás Dona Marina. Esse nome era nome de cristão afirmou o mesmo. Com o passar do tempo o navegador chegou a conclusão de que aqueles silvícolas eram desunidos, Tepanecas, tlaxcaltecas, chalcas e outras de nomes estranhos para ele. Essas tribos já eram os astecas que tiravam o couro em tributos e olhavam-nos com desprezo. Isso porque Cortés já os intimidara com cavalos e espingardas. Cortés tinha na sua expedição: 600 soldados, 16 cavalos e 100 canhões, teve que matar dois marinheiros que queriam retornar a Cuba e decepou os pés de um terceiro. Quando tomavam uma decisão em definitivo, Os espanhóis diziam: “Queimei os meus navios”. Como se sabe a Civilização Asteca foi o berço de civilização composta por um povo guerreiro, os astecas habitaram a região do atual México entre os séculos XIV e XVI. Eles fundaram no século XIV a importante cidade de Tenochtitlán (atual Cidade do México), numa região de pântanos, próxima do lago Texcoco. A sociedade era hierarquizada e comandada por um imperador, chefe do exército.

A nobreza era também formada por sacerdotes e chefes militares. Os camponeses, artesãos e trabalhadores urbanos compunham grande parte da população. Esta camada mais baixa da sociedade era obrigada a exercer um trabalho compulsório para o imperador, quando este os convocava para trabalhos em obras públicas (canais de irrigação, estradas, templos, pirâmides). Durante o governo do imperador Montezuma II (início do século XVI), o império asteca chegou a ser formado por aproximadamente 500 cidades, que pagavam altos impostos para o imperador. O império começou a ser destruído em 1519 com as invasões espanholas. Os espanhóis dominaram os astecas e tomaram grande parte dos objetos de ouro desta civilização. Não satisfeitos, ainda escravizaram os astecas, forçando-os a trabalharem nas minas de ouro e prata da região. Demos uma ligeira passagem no tempo, mas é preciso salientar que em novembro de 1519, nove meses depois, entrou finalmente em Tenochtitlán, a capital dos astecas. Cortés ficou boquiaberto, pois era mais bonita e maior do que Granada, rica cidade da Espanha.

Na realidade uma das maiores cidades do mundo com 300 mil habitantes, ruas direitas, pontes, prédios enormes, lojas, barqueiros e um mercado lembrando um formigueiro de gente, a cidade ficava no meio de um vasto lago. Na entrada da cidade, o Imperador Montezuma e duzentos nobres o esperavam, príncipes o carregavam numa liteira incrustada de ouro e sob um guarda sol de plumas verdes. Além do mais, os mesmos calçavam sandálias com cadarço de ouro e cobertas por pedras preciosas. Era o ouro que Colombo disse não ter encontrado. Deslumbrado Cortés partiu para o abraço, mas foi impedido. O imperador colocou em Cortés um colar de contas com pepitas de ouro do tamanho de nozes e lhe deu um arranjo floral de plumas de quetzal e de papagaio. Uma recepção e tanto que Cortés jamais esperava. A arte asteca e a arquitetura começam com a pirâmide da civilização asteca. Os astecas desenvolveram muito as técnicas agrícolas, construindo obras de drenagem e as chinampas (ilhas de cultivo), onde plantavam colhiam milho, pimenta, tomate, cacau etc. As sementes de cacau, por exemplo, eram usadas como moedas por este povo. O artesanato a época era riquíssimo, destacando-se a confecção de tecidos, objetos de ouro e prata e artigos com pinturas. A religião era politeísta, pois cultuavam diversos deuses da natureza (deus Sol, Lua, Trovão, Chuva) e uma deusa representada por uma Serpente Emplumada. A escrita era representada por desenhos e símbolos. O calendário maia foi utilizado com modificações pelos astecas. Desenvolveram diversos conceitos matemáticos e de astronomia. Na arquitetura, construíram enormes pirâmides utilizadas para cultos religiosos e sacrifícios humanos.

Estes eram realizados em datas específicas em homenagem aos deuses. Acreditavam que com os sacrifícios, poderiam deixar os deuses mais calmos e felizes. Cortés retribuiu com um colar de pedras margarida. Para os astecas, céu e inferno não funcionavam como premio ou castigo. A saudação que fizeram a Cortés: “Vos saúdo em nome dos deuses de meu país, Huitzilopochtli e Quetzalcoátl. Ele respondeu: “Eu vos saúdo em nome do rei da Espanha, dono de boa parte do mundo”. E do Deus Único e verdadeiro que está no céu”. Afirma a história que um cometa teria caído dez anos antes de Cortés - pisar por lá. Pequenas gotas luminosas choviam dele. O santuário da deusa Toci pegou fogo, as águas lago formaram grandes ondas sem estar ventando. Uma pedra enorme começou a falar e a profetizar a queda de Montezuma executou quinze patrícios por ousarem conspirar contra Cortés. Numa festa em Huitzilopochtli, os espanhóis dizimaram mais de dois mil astecas. Houve uma revolta e Montezuma morreu vítima de uma pedrada. Cortés foi expulso, ele perdeu um terço de seus homens e deixou cair no lago o tesouro roubado de Montezuma. Cortés se reorganizou com um exército de 200 mil tlaxcalas, com índios amigos, invadiu de novo a capital que estava no comando de Gualtemoc. No circo de horrores Cortés conseguiu o que queria levar quase tudo. Quando Cortés chegou, havia no México 25 milhões de seres humanos e cem anos depois apenas um milhão.

É certo de que a história conta muito mais e com mais nuances, aqui fizemos um pequeno arrazoado da vida dos astecas. Com certeza Joel Rufino dos Santos em seu talentoso trabalho deve contar muito mais e com mais detalhe do que nós, mas esperamos ter cumprido o que pretendemos levar ao conhecimento dos leitores algumas nuanças a respeito desse povo maravilhoso, mas ainda quase que desconhecido. O México hoje é uma nação de muitas tradições, mas no passado muitos fatos contribuíram para que o México fosse a grande nação de hoje. Dizem que se Montezuma não tivesse sofrido a intervenção de Cortés seria um país mais desenvolvido. Afirmam também que em princípio, Cortés aproveitou-se da insegurança do rei. O espanhol ofereceu-lhe a conversão ao cristianismo. Montezuma recusou, mas concordou com a construção de uma capela.

O asteca tornou-se o porta-voz do conquistador. Em 14 de novembro de 1519, exatamente uma semana após a saudação na entrada de Tenochtitlán, Cortés mandou prender Montezuma. A partir de então, o conquistador passou a ditar as ordens, alegando serem desejos do asteca supremo. O ex-todo-poderoso e orgulhoso Montezuma acabou por trair seu povo ao assinar um documento no qual transferia todos os direitos do soberano do Império Asteca ao rei Carlos 5º, da Espanha. No entanto, foi só quando os soldados destruíram e arrasaram os templos e locais sagrados dos astecas que se acabou a tolerância do povo indígena. Após um massacre dos espanhóis, os astecas reagiram e obrigaram os conquistadores a abandonar Tenochtitlán. Mas o fim dos outrora ricos e poderosos astecas já estava determinado. Pouco mais de dois anos depois da chegada de Cortés, Tenochtitlán foi quase riscada do mapa pelas tropas espanholas em agosto de 1521, após um cerco que durou três meses. O propalado tesouro de Montezuma jamais foi encontrado. O prenúncio que os feiticeiros não souberam interpretar, porém, confirmara-se cruelmente.


ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI- DA ALOMERCE E DA AOUVIRCE.

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por paivajornalista@blogs.sapo.pt às 11:35



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