PARA ONDE FORAM OS TRAFICANTES?
Alguns dias decorridos da mega operação realizada no Morro do Alemão, para retirada dos traficantes de drogas daquela área, uma indagação não quer calar! Para onde foram os chefes do tráfico? Será que a mega operação policial, que envolveu até as Forças Armadas (FFAA), Polícia militar, Polícia Civil, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, tinha como único objetivo as festividades de natal e final de ano? Queríamos saber. Passados alguns dias parece que tudo foi esquecido e até os meios de comunicação televisivos voltaram suas câmeras para outro azimute, que não, os das favelas do Rio de Janeiro.
Ações contínuas deveriam ter prosseguido, pois o antro de traficantes não está localizado somente no Alemão, outras favelas merecem atenção dos órgãos de segurança. A Polícia Federal, aliada aos outros órgãos de segurança deveriam continuar a ação a cata dos reis do tráfico, visto que, eles não moram em favelas. Os diversos traficantes como Gaguinho, Herdeiro, o filho do traficante Macarrão, Neném, entre outros, talvez sejam apenas laranjas dos empresários do tráfico que residem em locais luxuosos e em mansões espalhadas pela zona Sul do Rio de Janeiro. Com alto poder aquisitivos esses malfeitores da sociedade brasileira podem contrabandear armas de grande poder de fogo usando a influência do vil metal para facilitar as negociações.
Por possuírem uma condição financeira alta, ninguém irá descobri-los, pois estão estrategicamente inseridos no mesmo écran onde moram grandes empresários e famílias da alta sociedade carioca. Um Cd de fotos aprendido pela Polícia no Complexo do Alemão revela como os traficantes e seus familiares usam joias gigantescas para mostrar riqueza e poder. Só que achamos que esse poder não é de primeiro escalão, pois quem tem muito dinheiro não irá residir em locais vulneráveis e sujeitos a confrontos diretos com a Polícia. Alguns traficantes de favelas como Maluquinho mostram seus enormes pingentes em ouro, bem como filhos e mulheres.
Moeda de troca - joias dos traficantes vêm de roubos e dos viciados. O tráfico de drogas no estado do Rio de Janeiro movimenta mais de R$ 300 milhões de reais por ano, segundo estatística da Revista “Isto É” de 15/12/2010, ano 34/nº. 2144. As joias do tráfico são oriundas de roubos e deixadas por viciados nas bocas de fumo. No Rio de Janeiro, duas joalherias são assaltadas, em média por mês. Já São Paulo registrou 20 assaltos a joalherias em 2010. Traficantes têm ourives de confiança para confeccionar peças personalizadas. O Ouro do tráfico é usado para comprar drogas, armas e pagar propinas. Toda essa “riqueza” apreendida durante a mega operação foi recolhida para que setor do estado do Rio de Janeiro? Precisamos saber! A ostentação que o tráfico proporciona acaba seduzindo muitos jovens. “Fascinados pela demonstração de poder, ingressam nas fileiras do crime”, relato o delegado de polícia Gomes.
Se estudos sérios fossem realizados com planejamento estratégicos visando à melhoria dos habitantes das favelas, com construções de moradias e urbanização a situação seria outra com certeza. Será que falta vontade política para concretização de um projeto dessa magnitude. Se providências urgentes e saneadoras não foram tomadas, eles de mansinho voltarão a ocupar seus lugares dantes habitados e dominados. As fronteiras continuam escancaradas, o espaço aéreo desprotegido, os policiais na mesma, pois até o PL 300 foi esbarrar na gaveta do vice-presidente eleito Michel Temer.
Podemos chegar facilmente à conclusão de que não existe primazia e nenhum plano arquitetado para a segurança da sociedade brasileira, esse fato se tornou rotina e do conhecimento geral. Uma imoralidade sem tamanho renasceu quando senadores, deputados federais, estaduais resolveram aumentar estupidamente seus salários. Infelizmente, o justo, paga pelo pecador. Que destino tomou nossa cidadania, nossa ética, nossos valores individuais, nosso amor à Pátria, nossos costumes, nossa história, nossa educação, nossos afetos, nossa humildade e o nosso amor ao próximo. Esses valores foram jogados na latrina e hoje o pensamento maior é de ter mais e sempre mais. Nunca na história do Brasil a materialidade surgiu com tanta força extirpando quase por completo a espiritualidade.
Mendigos, flanelinhas, meninos de rua, consumo exagerado de drogas, prostituição infantil e adulta, moradores de rua se instalando em praças públicas e debaixo de viadutos, corrupção de políticos, tráfico de influências, brigas por cargos políticos, por ministérios, quando na realidade ninguém luta em prol dos mais fracos, oprimidos e estropiados. O semelhante não é mais semelhante, o próximo não é mais próximo estamos no país de um por si e Deus por todos. Final de ano vem aí, as esperanças se renovam, sai presidente, entra presidente e nada muda. As duas leis mais perfeitas que Deus deixou na Terra, a de “Ação e Reação e a de Causa e Efeito” podem fazer a diferença.
Como diz o jargão popular de que toda ação corresponde a uma reação de efeito contrário, então seria bom às autoridades colocarem as barbas de molho, pois os maliciosos traficantes podem estar armando esquemas para o revide. Quem avisa amigo é. Não rogues justiça nos dias de tua dor e sim aumento de compaixão nos tribunais da Divina Sabedoria, restaurando a ti mesmo, para seguir à frente, valoroso e sereno, na própria redenção. Será que a redenção tão almejada renascerá? Ou será que os comesinhos do PNDH3 voltarão à tona novamente para insinuações férteis de quem não pensa na verdade e quer apenas descontar seus recalques em quem não mercê.
Recorda que também acionaste ouro e autoridade, raciocínio, e beleza para flagelar e humilhar, chagar ou denegrir e aceita no presente o caos da amargura, por remédio feliz, capaz de lavar-te o ser, para a alegria da luz. Será que merecemos os representantes que temos? Um momento para meditação. Pense Nisso, antes que seja tarde demais.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DE ACI- DA ALOMERCE- DA UBT- DA AOUVIRCE E DA AVSPE