Terça-feira, 01.04.08
BASALTO
Palavra de origem latina, basalte refere-se à rocha vulcânica, em geral porfírica ou vítrea, constituída essencialmente de plagioclásio básico e augita com ou sem olivina. Ressalte-se que no Brasil existem extensos e espessos derrames de basaltos na região Sul do País, esses espessos derrames é mais conhecido como pedra-ferro. Na geologia tem sinonímia de rocha vulcânica, de cor escura ou negra, muito dura e resistente, usada em especial na pavimentação de ruas e estradas; pedra-ferro. Na língua francesa recebe o nome de basalte. Como podemos notar vemos nomes meio esquisitos na formulação do significado das palavras aqui enunciadas, mas iremos mostrar o significado para que a absorção e o aprendizado sejam bem concretos. Porfírica é qualquer uma de um grupo de perturbações do metabolismo das porfirinas, caracterizadas por aumento significativo de formação e de excreção delas, ou de seus precursores. Vítrea do latim vitreu na adjetivação é tudo aquilo relativo à, ou próprio do vidro, feito de vidro, que tem a natureza ou o aspecto do vidro, vidrado, límpido, transparente, diáfano. Diz-se da textura da rocha ou da massa fundamental que não tem elementos cristalinos. Plagioclásio é uma série de minerais triclínicos do grupo dos feldspatos, que se obtêm por meio de misturas isomorfas de albita e anortita em todas as proporções.
São estes os termos intermediários: oligoclásio, andesita, labradorita e bytownita. Augita é um mineral monoclínico do grupo dos piroxênios, metassilicato de cálcio, magnésio, ferro e alumínio. Albita e um mineral triclínico do grupo dos feldspatos (plagioclásio), silicato de alumínio e sódio, já a anortita é um mineral triclínico, do grupo dos feldspatos (plagioclásio), silicato de cálcio e alumínio. O contato geológico entre um granito (rocha clara e um basalto) forma uma rocha escura. Buscando outras definições para enriquecer a matéria vamos encontrar o seguinte enunciado: “Basalto: Rocha ígnea vulcânica, escura, composta essencialmente de plagioclásio cálcico (An>50%) e piroxênios. Apresenta textura de grãos finos, podendo ter material vítreo em pequena quantidade. A composição química dos basaltos é muito constante, variando o teor de SiO2 entre 45 e 55%. Os teores de Cálcio, Ferro e Magnésio são elevados e o de Potássio é pequeno. O magma que deu origem aos basaltos é anidro, desta forma é raro encontrar minerais hidratados. Os basaltos constituem a rocha mais abundante na crosta, pois é o formador da crosta oceânica, além de ocorrer como grandes derrames sobre os continentes”. Os basaltos podem ser divididos em toleíticos e alcalinos, cujas composições são dadas por tabelas específicas.
O alto conteúdo em ferro faz com que a magnetita seja um mineral comum nos basaltos, conferindo-lhes um campo magnético facilmente mensurável. Em amostra de mão, o basalto, e seu correspondente plutônico, o gabro chega a desviar da vertical um imã comum pendurado em uma linha fina, quando estes são colocados próximos, mas sem se tocarem. Esta sensibilidade magnética dos basaltos está associada a uma das mais espetaculares descobertas: a expansão do assoalho oceânico, que fortaleceu e levou a comunidade científica à plena aceitação da teoria da Tectônica Global. Com base nesta associação desenvolveu-se a idéia de que os basaltos se originam no manto através de fusão parcial das rochas ultramáficas aí existentes. Inicialmente houve a idéia de identificar estas rochas como sendo eclogitos. Experiências de fusão de eclogito realizadas em laboratório mostraram que a diferentes pressões e temperaturas, são produzidos magmas equivalentes a basaltos alcalinos e basaltos toleíticos. No entanto, as velocidades das ondas sísmicas no Manto, não têm os mesmos valores dos calculados em para o eclogito em laboratório. Com base em estudos e amostragens das áreas de ocorrência dos basaltos e rochas associadas (fundo oceânico, dorsais oceânicas, ilhas oceânicas isoladas, seqüências ofiolíticas e dos grandes derrames basálticos continentais) foi estabelecida uma íntima associação do basalto com rochas mais ricas em olivinas (peridotitos) e piroxênios (piroxenitos). Olhem, as formações vulcânicas estiveram atuantes em épocas remotas, elas eram de mais atividade, mas ainda hoje em menor escala encontramos vulcões adormecidos e outros em plena atividade produzindo muitas substâncias aqui enunciadas. Do ponto de vista da ciência essas formações rochosas que se destacam em vários países do mundo são oriundas do basalto e pelo aquecimento global.
O planeta passou por diversas transformações nas diversas eras até chegar à época do homem. No período quaternário a fauna se tornou abundante e moderna, no pleistoceno surgiram os grandes mamíferos ou animais gigantes da Idade do Gelo já com desenvolvimento da inteligência. O holoceno foi à vez do homem e dos animais atuais, habitantes do mundo, hoje globalizado. Por se tratar de assunto muito controverso e requerer muito estudo vamos ficando por cá e em outras oportunidades voltaremos a falar no assunto. Como em qualquer trabalho de pesquisa contamos com o apoio do site (NOAA/USA Gov e Wikipédia). Das lavas vulcânicas podem surgir matérias de interesse comercias e aqui citamos alguns de interesse econômico para o ser humano: Os derrames basálticos brasileiros, de idade mesozóica, quando expostos à superfície, se intemperizam profundamente dando origem a um solo vermelho muito fértil, conhecido popularmente como terra roxa (do italiano rosso = vermelho). Brita: em regiões de rochas sedimentares, os derrames, diques e sills de basalto constituem as únicas rochas capazes de fornecer brita para a indústria da construção civil. Pedra de talhe: o basalto é uma rocha fácil de ser quebrada em formatos bem regulares na produção de macadame (paralepípedos), pedras portuguesas, e blocos para muros de contenção por gravidade.
Pedras de revestimento: Blocos (matacões) maiores podem ser serrados para a produção de lajotas para revestimento, alcançando um bonito brilho e uma cor escura conhecida como negro absoluto. Ametista e ágata: Geodos, de vários tamanhos, atapetados de ametista (quartzo roxo), estão associados a derrames basálticos, fornecendo belos espécimes para fins ornamentais e na produção de gema para fins de joalheria. Como podemos aquilatar as ações divinas mesmo em condições de alterações geológicas Deus o grande Arquiteto do Universo deixou muitas riquezas a disposição do hominal.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E ALOMERCE
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por paivajornalista@blogs.sapo.pt às 08:25