Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

PAIVAJORNALISTA

Esse blog tem uma finalidade muito importante, isto é, levar aos conhecimentos dos leitores e amigos os mais diversos assuntos relacionados com o nosso dia a dia. Crônicas, Artigos, Poemas, Poesias, Atualidades, Política entre outros.



Quinta-feira, 28.05.09

SUPERAÇÃO

SUPERAÇÃO


A superação representa para o ser humano uma barreira ultrapassada, obstáculos vencidos, mesmo com dificuldades. Nos dias atuais é perceptível a olhos vistos profundas e imensas alterações no comportamento das pessoas, quando enfrentam situações de morte na família, ou entre amigos. A palavra superação é de derivação latina superatione, cuja sinonímia representa o ato ou efeito de superar. Convém salientar que o maior enigma da vida é a morte, e o da morte é a vida. Vida e morte caminham juntas. São condições ou situações naturais de todo ser vivo. A morte antigamente era revestida de desesperos, desmaios, gritos, choros incessantes, diante de um corpo em estagnação biológica.

Na realidade o materialismo ainda é o vilão desta situação escabrosa, se as pessoas estivessem espiritualmente mais elevadas não sofreriam tanto. É um sentimento mais compatível de perda momentânea, visto que a indignação e revolta, a tristeza e a saudade estão se tornando mais compatível com a realidade. Com a imperfeição do ser humano e a sua ligação com a materialidade, os prazeres da vida, a saudade, a ausência acaba interagindo no ego das pessoas, vindo consequentemente o sentimento de ausência, dor e desespero. O ser humano espiritualizado sofre, porém em escala bem menor.

Sabemos que não é tarefa fácil, mas devemos incutir nas pessoas, na família, na sociedade de um modo geral, de que a morte é uma fase natural da vida. Alguns pontos devem ser colocados para amortizar os efeitos da morte: descaso na educação dos filhos, o apego doentio, comportamento a indiferença, a ingratidão, o desrespeito para com nossos amigos e familiares. Toda separação, rompimento de alianças causam dores e sofrimentos. As preces, as orações e o tempo são responsáveis pelo abrandamento da perda. Não podemos colocar o egoísmo acima de todas as nuanças que acontecem pós-morte.

As religiões agem diferentemente diante da estagnação biológica. Os mórmons afirmam que o sofrimento é parte da existência humana. É necessário que haja oposição para que exista crescimento, de acordo com a visão Mórmon da nossa existência mortal, revelada pelo Senhor através de profetas modernos. Ela pode, entretanto, ser aliviada através do poder do sacrifício de Jesus Cristo. Os Mórmons acreditam que o Salvador não morreu apenas para pagar por nossos pecados, mas também para tomar sobre si as nossas dores, sofrimentos e enfermidades (Alma 7: 11-12). Os espíritas afirmam ser a morte uma passagem da vida material para a espiritual com a liberação do Perispírito do corpo inerte.

Retirando-se as mortes abruptas o espírito sabe à hora certa de se despojar da matéria que voltará de onde veio do fluido cósmico ou universal. “O próprio Salvador foi um homem de dores e sofrimento, ainda assim Ele a alegria suprema de saber que estava em tom com Seu Pai e consolo naquele relacionamento único com Ele. Nós, também, podemos encontrar paz e certeza de que não seremos abandonados quando a morte de um ente querido nos atingir ou quando o arbítrio de algum colide com os planos para nossa própria vida”. Danuia diz que: “Descobriremos o significado da morte, compreendendo a infelicidade e a angústia por ela causada. Quando alguém falece, manifesta-se um choque intenso a que chamamos sofrimento. Exemplo: vocês perdem alguém a quem amava em quem haviam confiado e que suas vidas enriqueciam.

Quando há sofrimento, sinais da pobreza do ser buscaram para ele um remédio, o remédio que a religião nos oferece, a unidade final de todos os seres humanos, com muitas teorias que lhe diz respeito. Buscamos inúmeras fugas para a angústia causada pela morte de alguém a quem amamos. Estas fugas são apenas vias sutis para que possamos esquecer-nos de nós mesmos. Nossa preocupação não diz respeito à morte, mas sim, ao nosso próprio sofrimento. “Só que o que acontece é que lhe chamamos de amor pelos mortos”.

Quem não se ama um ser querido o amor, o carinho e o afago ficam para trás. Na Páscoa celebramos a morte e ressurreição de Jesus Cristo. Transformar a morte em vida é um mistério de fé e uma experiência humana. Uma abordagem missionária do significado da morte e da vida eterna também em outros credos abre caminhos de diálogo e comunhão. Pinçamos de Joaquim Gonçalves: “Quando se fala que outras religiões têm seus "depósitos de fé", entendidos por seus adeptos como frutos de uma revelação sagrada, muitos cristãos ficam ainda um pouco assustados e se perguntam se também eles se salvam. Há quem prefira evitar confrontos com outros credos”.

Também há quem se abra a um pluralismo e até ao sincretismo religioso, perdendo a identidade da fé cristã. De uma forma ou de outra, devemos reconhecer que todas as religiões expressam suas convicções, que impregnam a vida dos fiéis, através de tradições orais ou escritas, de dogmas e de rituais geralmente celebrados em contexto de festa e com total convicção de alcançar, de algum modo, a salvação. Já se foi o tempo em que muitos missionários consideravam os rituais de outras religiões, que algumas antropologias chamavam de primitivas, como coisas do demônio. Também passou o tempo em que se pensava que fora da Igreja não havia salvação, confundindo evangelização com imposição da cultura do evangelizador. Na verdade, Jesus prometeu aos Apóstolos o Espírito Santo que "lhes ensinaria todas as coisas" (Jo 14,26).

Sabemos que o assunto é controverso, mas temos que nos render diante da fé. Inclusive a própria religião professada sem fé é morta. A fé e o conforto espiritual queiram ou não são os dois vetores para amenizar os sofrimentos que a morte proporciona. Todos os seres humanos são dotados de corpo etéreo e mental, por isso somos imortais. Achamos que a contestação distorce os fatos. Na Epístola de Pedro ele diz: ‘Que Deus é dos vivos e não dos mortos. Deus é Espírito e se fomos criados a sua imagem e semelhança somos Espíritos também. O Espírito não morre o que se esvai é a matéria. Precisamos assimilar quando se fala em morto nos Evangelhos – Aqueles que estão no mundo praticando o mal, o desamor, tirando a vida de seus irmãos esses para Deus e Jesus Cristo, são os considerados mortos.


Determinadas religiões aceitam, mas de uma forma diferente, pois Deus virá julgar os vivos e os “mortos”, a terminologia morto encontrada na Bíblia não significa a estagnação biológica ou o fim de tudo, pois se assim fosse os que leem as palavras de Jesus não estariam entendendo nada. Quando Jesus convidou um jovem a segui-lo, ele em companhia de Pedro, João e Thiago se dirigiam ao Monte Tabor para a transfiguração onde conversou com os Espíritos de Elias e Moisés que haviam vivido milênios atrás, o jovem respondeu: “Mestre não posso, pois tenho que enterrar meu pai, Jesus então respondeu: “Deixai que os mortos enterrem seus mortos”. Como pode um morto enterrar outro? Para um bom entendedor duas palavras bastam. Devemos para superar os sofrimentos causados pela morte fortalecer o nosso coração e partir para a superação. Pensem nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E DA ALOMERCE

Autoria e outros dados (tags, etc)

por paivajornalista@blogs.sapo.pt às 09:35



Mais sobre mim

foto do autor


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Pesquisar

Pesquisar no Blog  

calendário

Maio 2009

D S T Q Q S S
12
3456789
10111213141516
17181920212223
24252627282930
31