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PAIVAJORNALISTA

Esse blog tem uma finalidade muito importante, isto é, levar aos conhecimentos dos leitores e amigos os mais diversos assuntos relacionados com o nosso dia a dia. Crônicas, Artigos, Poemas, Poesias, Atualidades, Política entre outros.



Quinta-feira, 27.03.08

MEMÓRIA DO RÁDIO CEARENSE:PERSONAGENS PARA SEMPRE

Memória do Rádio Cearense: Personagens para sempre

Por Antonio Paiva Rodrigues*

Há um quê dos personagens de ficção na trajetória de João Demétrio Dummar. O cearense que nasceu na Síria no início do século passado; que migrou com a família para o Brasil; que passou por Belém; que chegou ao Ceará aos sete anos; que viveu parte de sua juventude no Crato; que honrou a tradição do homem de negócios e que se tornou, ainda na década de trinta, um empresário de comunicação. Isso quando Sírios e Libaneses ainda nem sonhavam em se tornar personagens simpáticos e bonachões nos romances de Jorge Amado.
João Dummar era simpático, registro feito por familiares, companheiros de trabalho e amigos – tinha o que hoje chamaríamos de determinação de empreendedor. Um pioneiro que conseguiu ver uma fresta no futuro do Ceará dos anos 20. Um negociante, dono de seu próprio negócio ou firma – como se costumava dizer – que percebeu o potencial do advento da radiodifusão e só se deu por satisfeito quando fundou a Ceará Rádio Clube em 1934, "começando a difundir a arte e a música para todo o Estado".
Um outro fato marcante é seu encontro com Demócrito Rocha, um outro homem de mídia jornalística de sua época. Há coincidências na trajetória de ambos. No mesmo ano em que a sociedade Dummar & Cia. Nascia, por exemplo, Demócrito Rocha fundava o jornal o Povo em Fortaleza. Os laços se estreitaram quando João Dummar conheceu dona Maria Lúcia, filha de Demócrito, que viria a ser sua esposa e mãe de seus seis filhos. Um deles, João Dummar Filho, aproveita o centenário de nascimento do pai para contar sua trajetória em livro. Foi o que se poderia chamar de um desafio de mãe para filho. Um convite de dona Lúcia a que ele, que era ainda um menino quando o pai morreu precocemente em 1954, não pôde resistir. Este livro narra à trajetória de um pioneiro que, como um personagem de ficção, também viveu momento difícil e adversidades. Feitos, determinação, pressões, problemas de saúde, há na vida de João Dummar elementos suficientes par deixar o leitor estimulado. Eis, portanto, a história da vida de João Dummar um verdadeiro cearense das Arábias.
De Marciano Lopes "Coisas que o tempo levou" a era do rádio no Ceará, pretendemos retirar fatos históricos e pitorescos da vida daqueles que começaram este "mister" de levar o rádio cearense ao patamar mais alto da radiodifusão. O Ceará já lhe deve reconstruções anteriores-que a de agora vai se ajustar-pedras de catedral do que cearenses somos. E o que faço aqui se o tempo enlaçado me exclui, porque não cheguei antes? O mago recusa-se a dar seu toque que capta relato de memória e transforma em sensação de lembrança. Foi Marciano negar entender a linha de inclusão, cabendo também os anos 60 no seu relato do Rádio do Ceará dizendo: "Se quer participar não será sendo citados, mas de apresentação", que estabelecemos a diferenciação me permitindo que as vaidades de todos nós se misturassem com memória dele virando minha lembrança.
E de você, leitor, o que se manterá quando chegar ao final dos relatos aqui suscitados? Este é um relato de um mundo circunstanciado em personagens. Do que foi gente que povoou nosso universo das imagens sem contornos físicos, todavia habitantes de nossas fantasias. Ponto de ligação do Ceará com o mundo, ponte entre a nossa, e as outras culturas. O Ceará de ontem e de agora deve muito a estes perfis que Marciano aqui tão bem desenhou e esculpiu. Integral memória e lembrança se cinzelando em os nossos de nossas estórias que fizeram a comunicação.
Tive início no rádio. Ao rádio-quem não? – quero voltar amigo Marciano. E daí que minha turma e meu tempo estão esperando, nós também, um novo relato seu, tão purificador no tempo (Antonio Frota Neto). Como citei antes as fontes são escassas e temos que aproveitar ao máximo aquilo que dispomos, e temos ns mãos. "Como montar Rádios Comunitárias e Legislação completa de autoria do Senador Geraldo Cândido e Coletivo Nacional Petista de Rádios Comunitárias (Brasília, novembro de 1999) e aí encerramos esta introdução com um cliquê bastante surrado e manjado". "Quem não tem cão caça com gato". "Aqui não faço nenhuma alusão às obras epigrafadas neste trabalho, que são de excelente qualidade e produzidas por pessoas esclarecidas e inteligentes".

Memória do rádio cearense

A história da radiodifusão no Ceará é riquíssima e pobre em fontes de consultas, livros voltados para esta cultura do rádio e televisão principalmente. Há de se perguntar: o que os jornalistas estavam fazendo antigamente? Será que esqueceram estes detalhes, se enfornaram nas redações de jornais e os radialistas e que contaram sobre seus trabalhos, suas casas de emissão de sons. Algo aconteceu. Mas prefiro está enganado. Contar todas às nuances, dos pioneiros da radiodifusão cearense, num simples trabalho, será quase que impossível, já que, a história do Pioneiro do Rádio no Ceará foi contada em um livro de autoria de João Dummar Filho.
Devo acrescentar que após a morte do pai, surge então a sociedade de João e José Dummar denominada Dummar & Cia., em 1928, na verdade a continuação da mesma empresa familiar iniciada em 1911 no Crato. Estabeleceu seu novo endereço comercial em ponto nobre da cidade, na Rua Floriano Peixoto, 517, com fundos para a Rua Coronel Bezerril, bem próximo à Praça do Ferreira.
João e José Dummar trilharam a trajetória comercial de sucesso da família, tornando-se os representantes da Philips do Brasil, da Rádio Brunswich Corporation, da companhia Brunswich de Bilhares, dos pianos Essenfelder e do automóvel Skoda, procedente da ex-Tchecoslováquia. O destino marcou um encontro entre João Dummar e Demócrito Rocha, selando uma amizade sólida entre eles, que se tornaram figuras importantes da mídia jornalística e eletrônica de sua época. No mesmo ano de 1928, em que se firmou a Sociedade Dummar & Cia. Demócrito Rocha fundou o jornal O Povo, em Fortaleza.
A era da radiodifusão no Brasil começou com Roquete Pinto, ao fundar a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, em 1923. Então na província de Fortaleza, em 28 de agosto de 1931, oito anos após, com o entusiasmo de um adolescente, João Dummar fundou a Ceará Rádio Clube, uma associação integrada por amadores da radiotelefonia, e dela participavam: Jorge Ottoch, Francisco Aprígio R. Nogueira, Clóvis Fontenele, Joaquim da Silveira Marinho, Álvaro de Azevedo e Sá entre outros. Era a semente da futura PRE-9, plantada em terras nordestinas. Vieram ao Ceará Augusto Calheiros, Vicente celestino, Orlando Silva, Francisco Alves, o Chico viola em temporadas memoráveis.
A era dourada do rádio, fase dos grandes programas de auditório que ocorreu nos centros urbanos do país. João Dummar instalou dois pianos franceses no estúdio da PRE-9 e iniciou os programas de auditório, com a participação dos pianistas Lauro Maia, e José Pompeu Gomes de Matos. Os principais cantores locais eram: Moacir Weyne, José Jatahi e Romeu Menezes, conhecido como "O boêmio galã".
Apresentavam-se com freqüência no auditório da Ceará Rádio Clube os cantores Victor Loiola, João Milfont, Mores Neto, as irmãs Gondim, sendo acompanhadas pelos músicos: Aleardo Freitas, José Menezes, que tinha o nome artístico de Zé Cavaquinho e Lauro Maia ao piano, que tinha sido apresentado ao João Dummar em meados de 1935.
Lauro Maia foi convidado para trabalhar na equipe de radialistas, pois estava impressionado com a criatividade daquele jovem estudante da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará. Com o convite Lauro Maia aos 23 anos passou a integrar a Orquestra da Ceará Rádio Clube, que era dirigido pelo maestro Euclides Silva Neto.
Lauro Maia criou o programa radiofônico "Lauro Maia e seu Ritmo", onde divulgava as músicas e os ritmos nordestinos como: xote, o coco, o batuque e o ritmo Poe ele mesmo criado, o balanceio. Compôs músicas carnavalescas, Ponce de Leon foi o primeiro Rei Momo de Fortaleza. Quatro Ases e um Coringa fizeram um enorme sucesso, nacional. Formado por Esdras Falcão, Evanor de Pontes Medeiros, André Batista Vieira, Permínio de Pontes Medeiros e José Pontes Medeiros e o nome original foram dados por Demócrito Rocha, que batizou inicialmente como "Quatro ases e um Mele". Depois do sucesso trocaram o Melé pelo Coringa.
Em 1937, o jornal o Povo com apoio da PRE-9, realizou um festival de Marchas Carnavalescas que teve como Juiz Ary Barroso, o notável compositor de Aquarela do Brasil, foram inscritas 27 músicas; o primeiro lugar foi de Lauro Maia com a marchinha "Eu sei o que é", Luiz Assunção ficou em segundo com "Adeus Morena" em 1938.
Lauro Maia assumiu a direção artística da Ceará Rádio Clube e passaram a dirigir a orquestra batizada de "Jazz PRE-9" que se apresentavam também nos bailes elegantes da cidade. Lauro Maia se dedicou à música viajou ao Rio de Janeiro e em seu lugar assumiu Demival Costa Lima. Nas manhãs de sábado existia o programa "A Hora Infantil" com Zilda Maria Rodrigues mãe do professor de Direito Roberto Martins Rodrigues.
Em 12 de outubro de 1942, publicado em sua coluna "Nota" de O Povo Demócrito Rocha disse: A primeira vez que falei diante de um microfone da atual PRE-9 foi a três de outubro de 1932. Na véspera, alta noite, chegara a Fortaleza a notícia de que cessara a luta civil em São Paulo.
O General Klinger telegrafara ao General Góis Monteiro, pedindo-lhe destino. O dia três amanhecera ruidoso. Fui despertado de madrugada por um grupo de amigos. Houve manifestações populares ao interventor Carneiro de Mendonça e em palácio, alguém me disse: - João Dummar deseja que você ocupe o microfone de sua estação.
João Dummar, que chegara ao Ceará aos sete anos de idade e dedicara sua vida ao progresso da terra que amava, teve seu processo de naturalização bloqueado na burocracia do Itamaraty e passou a ser instado por Assis Chateaubriand a vender a (Ceará Rádio Clube).
Para Chateaubriand, presidente dos Diários Associados, a compra da PRE-9 iria fortalecer seu império nacional de comunicação, inclusive: o jornal Unitário e Correio do Ceará, ambos de Fortaleza. A pressão foi tão grande que em 11 de janeiro de 1944 João Dummar vendeu a - Ceará Rádio Clube. Quarenta anos depois, pelas mãos de seus filhos (Carmem Lúcia Azulai e Demócrito Rocha Dummar) surgiram a Rádio Tempo FM e as rádios AM e FM O Povo que simbolizam a continuidade de seus ideais.
Como foi citado e esclarecido o marco inicial em Fortaleza no setor de radiodifusão foi à pioneira, a PRE-9 ou Ceará Rádio Clube como queiram.
Marciano Lopes em desabafo diz o seguinte: considero-me um radialista frustrado, pois não cheguei a atuar no período da chamada "era de ouro do rádio pós-moderno". Pior: não comecei em minha terra, nem na PRE-9, como era meu sonho de menino. Por mero acaso, foi em Aracaju capital do Estado de Sergipe, precisamente na Rádio Cultura de Sergipe, que iniciei minhas atividades radiofônicas. Era uma emissora pertencente à Arquidiocese, daí, desenvolver uma linha de programação sóbria e rígida. Havia um escuta para anotar os deslizes do radialista para passar a direção.
Mesmo assim o cearense radicado em Aracaju fez sucesso, brilhou no rádio e começou a receber caravanas para conhecer o autor de "Uma Tragédia Brasileira", "Expoentes da Música" e muitas outras produções. Foi convidado papara levantar a Rádio Jornal que andava ruim das pernas, tirou a emissora do ar por uma semana, refez toda a sua programação, mudou o visual da sede, deu uma virada geral, o que se lamentava é que sua fraca potencia não ultrapassava os limites da capital sergipana.
Foi para Salvador, levando mil e uma cartas de recomendações. Não precisou delas, foi trabalhar por coincidência na Rádio Cultura de Salvador, quando apresentou seu currículo foi logo contratado e passou a ser produtor. Fundou a Rádio Bahia, do mesmo grupo, onde implantou um programa igual as das FM de hoje. Foi convidado para ajudar na rádio Cruzeiro da Bahia, a convite de Paulo Tapajós foi Rádio Nacional.
Na época da Revolução Militar volta à Fortaleza, através de Carlos Lima foi trabalhar na Rádio Assunção Cearense, lançou um programa de sucesso "Progamascope", demorou pouco tempo, pediu demissão ao Padre Landim. Perdeu aquele glamour que tinha pelo rádio, os tempos eram outros, o rádio mudara, a televisão absorvera toda sua magia e fascínio. E para concluir este desenvolvimento, vem a Rádio Comunitária. Nós estamos construindo um país. Quando uma rádio comunitária entra no ar é mais que uma, porque ela é o sonho de muitos. É a vez e a voz daqueles que estavam calados.
São também onde os sonhos e as esperanças, as dores e as dúvidas de cada um, ente individual e coletivo, se transforma em ondas que chegam às casas e às ruas da comunidade. Fazer rádio comunitária é refazer o mundo que foi destruído por estes que estão no poder. Por isso, ao apoiar a radiodifusão comunitária, o Partido dos Trabalhadores assinala mais uma vez seu compromisso com a gente brasileira. O PT sabe da luta que é botar uma rádio comunitária no ar, sabe das dificuldades enfrentadas por aqueles que, no cotidiano de sua cidade, com poucos recursos econômicos, enfrentam a repressão policial e política.
O PT está junto na luta pela democratização dos meios de comunicação. O Partido sempre esteve na linha de frente desta luta. Com relação às rádios comunitárias, vale destacar que o PT sempre estimulou o movimento nacional; o Partido teve e tem uma atuação destacada no Congresso Nacional, e, além das experiências locais, criou um Fórum na Secretaria Nacional de Movimentos Populares. Esta cartilha, portanto, é apenas uma parte do trabalho que o PT desenvolve. Uma contribuição ao movimento cujo dono não é o PT nem outro partido, mas o povo, com seus gostos, suas cores ideológicas, seus jeitos e, principalmente, suas esperanças (Palavras do Senador Geraldo Cândido do PT).
Sucintamente irei colocar a idéia de como formar uma rádio comunitária: 1) Reúna a comunidade; 2- Organize a entidade; 3-Compre os equipamentos; 4-coloque no ar; 5-Sustentação Financeira; 6) Para obter a concessão. As rádios comunitárias se programam em Freqüência Modulada (FM). Antes de adquirir o transmissor verifique qual a freqüência estabelecida pelo Ministério das Comunicações para sua localidade. Exija do fabricante a garantia de que o sinal transmitido vai limitar-se a faixa determinada, ao invés de aparecer em outros pontos do dial.

Considerações finais

Colocamos algumas passagens que mereceram destaque no rádio cearense, alguns radialistas que já se foram e fizeram sua história. Outros continuam na luta titânica pela sobrevivência, pois a cada dia a tecnologia cresce de dimensão e o profissional tem que segui-la, ou estará fadado a ficar estagnado no tempo e no espaço. Profissão digna, mais carece de bons profissionais, utilizam o rádio deixando a ética de lado aderindo ao humor desabrido.
Com este procedimento o rádio deixa de ser ouvido pelas camadas mais intelectualizadas e passam à admiração do povão. Não medem a qualidade; preferem à quantidade, a audiência. Só que do jeito que vai o radialista só se tornará conhecido nas periferias das periferias. A qualidade faz a quantidade e a quantidade não faz a qualidade. É o nosso pensamento.
João Dummar o pioneiro da radiofonia cearense, fundador da Ceará Rádio Clube-PRE-9 em 1934 e tantos outros... Figuras importantes da radiofonia cearense: Além dos que já foram citados nas entrelinhas deste trabalho começamos com o que teve a primazia de ser o pai da radiodifusão no Ceará; Paulo Lima Verde nos idos de 30 e 40 em Fortaleza era casado com dona Leda, os filhos Reyne, Narcélio, Paulo Lima Verde "o bote seu Paulo"; Eduardo Campos nos anos 50(Não faltam talentos nas redações das emissoras).
E ninguém perde a "Crônica do Ceará", ao meio dia, escrita por Otacílio Colares; Nem "ponta de lança", um comentário cáustico de Armando Vasconcelos, a fazer época com sua frase preferida; doa a quem doer"! (Eduardo Campos), Tudo era mais bonitos, fascinantes, mágicos, mas era o estúdio com seus locutores de vozes possantes, que causavam maior "frisson", novelas, humorísticos, orquestra tinha gente que ia "brechar" no oitavo e nono andar do Edifício Diogo o ensaio dos artistas. Paulo Cabral, Diretor da PRE-9, contratou para trabalhar naquela emissora, quando tinha onze anos. Ma o contrato teve de ser rescindido, em face da moral doméstica. Era pecado trabalhar em rádio. A discoteca da ceará rádio Clube, no Edifício Diogo. Milhares de discos de cera cuidadosamente guardados em estantes envidraçadas. Parecia um santuário onde Gerardo Barbosa era o sumo sacerdote e Tereza Moura de Aquino, a sacerdotisa.
Na hora do comerciário um programa de 1948 os seguintes artistas do rádio se destacavam: Otávio Santiago, Epaminondas Souza, José Amâncio, Luiz Assunção, Reginaldo Assunção (Filho de Luiz), Peruano, Francisco Alenquer, Oscar Cirino, Edgard Nunes, João Ramos, Thompson Lemos, Eliezer França, Hiran Pacheco, Luiz Róseo, João Batista Brandão, Carlos Alenquer, Emilio Santana, Mário Alves, Francisco Noronha, Canelinha eram os componentes da orquestra da Ceará Rádio Clube. João Ramos era o apresentador do programa. Mário Alves a voz do Ceará para o Brasil, mais tarde formaria com Evaldo Gouveia e Epaminondas Souza, o famoso Trio Nagô.
A Rádio Iracema de meu tempo com Armando Vasconcelos, veio concorrer com a (Ceará Rádio Clube), inaugurada em 9 de outubro de 1948, fundada pelos irmãos Parentes (José e Flávio) e pelo Dr. José Josino da Costa e conhecida como ZYR-7 passou a funcionar no Edifício Vitória; Antes de criar a Comédia Cearense, Haroldo Serra foi locutor e radioator da Rádio Iracema, na sede própria na Praça José de Alencar; Carlos Alberto começou ainda "frangote" de voz indefinida, como locutor da Rádio Iracema onde apresentava programa para a juventude da qual fazia parte; Filho do famoso maestro Lisboa, José Lisboa, começou como cantor da "Iracema". Mais tarde, se transformaria também, em animador de auditório. Conservador e fiel às origens: continua na mesma emissora, onde tem programas populares; Ayla Maria, começou na Iracema, uma menininha que subia numa cadeira para poder abraçar o microfone. Cresceu ali, virou estrela, virou mulher. Ainda é estrela maior da constelação de cantoras de nossa terra. Teresinha de Jesus; O "Bem-te-Vi" e o "Rouxinol". Este casal, também conhecido como Alan Neto e Ivanilde Rodrigues, sempre foram da "taba de Iracema". Ele, com camisa moderninha, ela, com lacinho na testa.Um casal que decididamente deu certo.
Nozinho Silva (o Cantor solteiro); Ivanildo e seu conjunto; A soprano Celina Maria começou na Iracema e foi parar no Teatro Scala de Milão; Lúcia Elizabeth foi percussora da Gretchen; Eduardo Fernandes (Dudu), Moreira Filho; Zuíla Aquiles cantava os belos versos de Carlos d’Alge; Terezinha Nogueira cantora lírica dos olhos verdes; A PRE-9 e o edifício Pajeú, foi neste lugar que a Ceará Rádio Clube viveu seus momentos de apogeu nos meados de 55. Edson Martins, Edilmar Norões, Guilherme Neto, João Ramos, Armando Vasconcelos e Augusto Borges - passaram pela PRE-9; José Júlio Cavalcante, Gerardo Barbosa, Rômulo Siqueira, Anderson Braz, as irmãs Vocalistas (Cleide e Ademir Souza Moura), Keila Vidigal, Leocácio Ferreira.
Vêm a Uirapuru fundado em 16 de junho de 1956, Fez a transmissão da eleição da Miss Brasil, Jaime Rodrigues falou de Buenos Aires e Fernando Lopes narrou o desfile. A ZYH-25, conhecido como a emissora do pássaro teve também seus momentos de glória.
Aproveitando o ensejo vamos enumerar os super astros da locução cearense: Você se lembra de alguns deles? Os irmãos Cabral de Araújo (José e Paulo); Manuelito Eduardo; João Ramos; Aderson Braz; Mozart Marinho; Almir Pedreira; Albuquerque Pereira; Antonio Almeida; Narcélio Lima Verde: Alexandre Colares; Mattos Dourado; Wilson Machado; Valdir Xavier; Jaime Rodrigues; Augusto Borges; Ivan Lima; Oliveira Filho; José Santana; Juarez Silveira; José Júlio Cavalcante; Peixoto de Alencar; Nazareno Albuquerque; Cid Carvalho; Palmeira Guimarães; Edson Martins; Paulo Augusto; José Edilmar; Haroldo Serra; Armando Vasconcelos e muitos outros.
As "Lady-Speakers" também tiveram sua vez, cito aqui algumas que se destacaram: Maria José Braz; Laura santos; Ruth de Alencar; Celina Maria; Karla Peixoto; Vera Lúcia; Maria de Aquino; Violeta Nogueira; Eneida Costa; Neide Maia: Orlys Vasconcelos, Ítala Ney, Ruth de Alencar. A primeira locutora do rádio cearense foi Maria de Aquino atuando na Ceará Rádio Clube.
A Rádio Verdes Mares carinhosamente conhecida como "verdinha" foi fundada em julho de 1962, das mãos de Paulo Cabral de Araújo e desse Grupo político, onde se destacaram; José Flávio Costa Lima; Hildo Furtado Leite, José Pontes de Oliveira (Banco União), foi negociada com o grupo Edson Queiroz.
Os cantores Galãs: Carlos Augusto; Arnoldo Leite; Paulo Cirino seu chapéu e violão; João Bob; Joran Coelho; José Auriz Barreira; Guilherme Neto; Gilberto Silva; Fernando Menezes; Giacomo Ginari. As estrelas cantoras: Wanda Santos; Ayla Maria; Maria de Lourdes; Ângela Maria; Estelita Nogueira e Zuíla Veras; As pastoras e Paulo Cirino; (Isis Martins, Maria Alice e Maria de Lourdes); Maria Guilhermina; Cleide e Ademir Moura; Fátima Sampaio; Ivanilde Rodrigues; Terezinha Silveira; Salete Dias; Marilena Romero; Telma Regina; Vera Lúcia; Cleide Moura.
"Blanchard Girão fala - "A denominação de" Dragão do Mar", já sugeria uma linha de protestos e lutas. "A rádio vinha para ser o "calo" do Governo Udenista, denunciando todas as deficiências administrativas e, de modo especial, os escândalos de afilhadismos que caracterizavam, de um modo geral, a prática política estadual daqueles tempos".
Rádio Dragão do Mar montada em 1958 pelo antigo Partido Social Democrático(PSD), foi inaugurada em 25 de março de 1958, data comemorativa da abolição da escravatura no Ceará, episódio em que se glorificou o jangadeiro Francisco José do Nascimento, cognominado "Dragão do Mar".
As novelas existiam os escritores especializados em radionovelas, a exemplo de Amaral Gurgel, Oduvaldo Vianna, janette Clair, Ivanir Ribeiro e muitos outros. A primeira novela de autor cearense foi apresentada na PRE-9, "Aos pés do Tirano" de autoria de Eduardo campos (Manuelito Eduardo). Alguns personagens: Consuelo Ferreira; Alan Ladd (Oliveira Filho); Ângela Maria; Gláuria Farias; Maria José Braz; João Ramos; Laura santos; Mirian Silveira. Os Auditórios marcaram época no rádio cearense vamos citar apenas alguns que se destacaram neste setor do rádio cearense.

( * ) Membro da Associação Cearense de Imprensa/Academia de Letras dos Oficiais da Reserva do Ceará/Aouvir-CE

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