Terça-feira, 21.04.09
MACUMBA
Muitas pessoas pensam que falar em macumba é coisa do outro mundo. Alguns dos mais renomados dicionários afirmam que a macumba é um sincretismo religioso. Palavra que tem derivação da quimbanda ma'kôba, sua sinonímia aqui na terra brasilis representa a designação genérica dos cultos sincréticos afro-brasileiros derivados de práticas religiosas e divindades de povos bantos, influenciadas pelo candomblé e com elementos ameríndios, do catolicismo, do espiritismo, do ocultismo. O ritual desses cultos nada mais é do que uma representação de nossos antepassados que aqui vieram como escravos. Denominação atribuída à quimbanda pelos seguidores da umbanda da chamada linha branca. Pode ser também a designação de um antigo instrumento de percussão, espécie de reco-reco, de origem africana, e que produz um som rascante. Na quimbanda sua sinonímia apresenta poucos diferenciais em relação à macumba. A quimbanda origina-se do quicongo que é uma espécie de linha negra da umbanda, considerada seu lado maléfico; macumba.
O ritual desse culto é muito forte e continua até os dias atuais pelo esforço conjunto de seus adeptos, que mantém a tradição religiosa banta numa vertente considerada feiticeira, mesclada a elementos populares do espiritismo e do catolicismo, e que cultuam entidades de feição ameríndia, outras nagôs, mas especificamente os Exus. Os adeptos da quimbanda são chamados ou conhecidos como curandeirros, adivinhos e exorcistas. Queríamos deixar bem claro que nada temos contra estes rituais, pois não podemos interferir na crença alheia, mas uma coisa precisa ser colocada em pratos limpos. Eles usam o nome Espiritismo para fortalecer seus cultos, visto que o Espiritismo surgiu em 1857 em Lyon na França com Allan Kardec. A macumba é um sincretismo de origem afro-brasileira, amalgamando elementos de várias religiões indígenas brasileiras e do cristianismo. Por exemplo, os macumbeiros substituíram os nomes dos santos da igreja pelos da mitologia africana. Vejamos dois exemplos; o nosso irmão maior Jesus é chamado de Oxalá, e a Maria é Iemanjá; e assim sucessivamente. Existem catimbozeiros conterrâneos de Idi Amim Dada, eles praticam o ocultismo em Uganda na África, como também a Pomba - gira que é conhecida como a eterna companheira o malandro Zé Pelintra, um famoso cabôco do Candomblé.
Certa vez recebemos um e-mail de um senhor de nome Thiago, criticando nossa matéria sobre Umbanda e Macumba publicada no site Artigonal afirmando que o escritor epigrafado, nada sabia e que na realidade o neófito é ele. Macumba e Umbanda, Quimbanda no duro representam a mesma linha de tradições, conhecimentos e rituais. Baseado nas afirmações desse senhor e de outra crítica de nome Virgínia, resolvi escrever somente o título Macumba. Outros estudiosos sobre cultos dizem com certa braveza o que se pode entender por Macumba, no Brasil é uma significação ou mescla de rituais africanos, espíritas e católicos. Não foram os descendentes africanos os principais responsáveis pela difusão e pela propagação da Macumba no Brasil. A principal responsável foi a Igreja Católica Apóstata Romana, a traidora de Cristo. Estas palavras não são nossas, pois como afirmamos antes, o uso da ética nos ensinamentos religiosos é primordial e não acusamos A e nem B. Mas o que, afinal de contas, é a Macumba? Impossível termos uma visão detalhada sobre a Macumba, a Umbanda e o Candomblé, a não ser que partamos no sentido da origem destes rituais. A Religião Yorubá - Esta tem sido a religião de povos que vivem no oeste africano, mais precisamente na Nigéria e em Benim. Tem-se caracterizado, há séculos, como um conjunto de práticas e de rituais que visam adorar a natureza e reverenciar os ancestrais.
A religião Yorubá é essencialmente politeísta, pois adoram e servem a falsos deuses a quem chamam de Orixás. Na concepção nigeriana de adoração, prestam cultos a entidades as quais, segundo acreditam, manifestam-se em uma relação com a natureza. Tais entidades (espíritos) possuem personalidade, e dentre os mais conhecidos estão Ogun, Oxóssi, Obatalá, Iemanjá, Xangô, Oxum, Oiá, Orulá e Babalu Aiê. Vejamos a crítica de nossa irmã Virgínia a nossa maneira enunciada anteriormente: “Bem se vê que o autor do artigo nada sabe sobre o que vem a ser a Religião de Umbanda, ou se omite, querendo denegrir uma religião de amor, fraternidade e caridade. Nas verdadeiras casas de Umbanda, aquelas que honram o nome que tem nada se cobram por consulta alguma, não se faz "trabalho"... E usar o termo "macumba", como algo pejorativo, é realmente uma afronta a quem estuda a religiosidade afro-brasileira. Sugiro que estude mais antes de colocar palavras tão infundadas sobre a Umbanda, religião brasileira centenária”. As afirmativas da irmã não coadunam com o que afirmam os estudiosos do sincretismo africano ou afro-brasileiro.
Já o irmão Thiago diz o seguinte: “Ao Autor deste "Artigo", Primeiramente informo que perdeste oportunidade de ficar quieto. O termo "macumba", além de pejorativo, nada mais é do que uma espécie de árvore, e sabemos que você usou estes termos para agredir. Se quer ser respeitado, por favor, respeite as pessoas. Pelo que vi você é cearense. Seria legal alguém vir aqui e te discriminar pelo fato de ser NORDESTINO? Seria legal alguém usar aqueles termos, tais como "cabeça-chata", "Paraíba", entre outros de menor calão? Já pensou se eu achasse que seus conterrâneos são os grandes responsáveis pela favelização maciça do Sudeste, e sua conseqüente criminalidade? Se não quer ser vítima do preconceito, por favor, dê-se ao respeito e não seja HIPÓCRITA! Demais disso, você age igualzinho a maioria dos espíritas: aquele complexo de superioridade intelectual, moral e espiritual. Vocês são superiores em quê? Em arrogância e hipocrisia, só se for. Fui espírita por mais de seis anos, e me afastei deste meio de falsidade. Vocês vivem de doações também, não seja omisso quanto a isto, e se algumas casas cobram pelas consultas, certamente o fazem porque precisam manter-se também. Estas casas não recebem ajuda de ninguém, e, os zeladores, em sua maioria, precisam se dedicar quase que exclusivamente aos trabalhos mediúnicos. Já os espíritas não precisam se dedicar a atividade religiosa o tempo todo. Se contar que em casas de culto afro-brasileiros muitos trabalhos de feitiçaria são desfeitos. Eu nunca soube de um trabalho desses em casas espíritas.
Isso sem contar que as sessões mediúnicas do espiritismo são totalmente antidemocráticas. Qual critério vocês usam para saber se pessoa X tem ou não um problema a ser resolvido? Eu sei a resposta: panelinha, pena, sensação de autopromoção perante os outros irmãos etc. Sei disso porque fui espírita. Além do mais, vocês são tão caridosos que "idolatram" um racista da pior espécie, chamado Allan Kardec, não é? Se acha que estou mentindo, leia Isto e tire suas conclusões: "O progresso não foi, pois, uniforme em toda a espécie humana; as raças mais inteligentes naturalmente progrediram mais que as outras, sem contar que os Espíritos, recentemente nascidos na vida espiritual, vindo a se encarnar sobre a Terra desde que chegaram a primeiro lugar, tornam mais sensíveis a diferença do progresso (sic!). Com efeito, seria impossível atribuir a mesma antiguidade de criação aos selvagens que mal se distinguem dos macacos, que aos chineses, e ainda menos aos europeus civilizados" (Allan Kardec, A Gênese, ed. cit. p. 187). ISSO É O QUE VOCÊ CHAMA DE CARIDADE? AFINAL, QUEM SÃO VOCÊS, MEROS MORTAIS, IMPERFEITOS, PARA CRITICAREM E JULGAREM AS PESSOAS? SEJA MENOS SOBERBO, HIPÓCRITA, E PROCURE O CAMINHO DO BEM! Lamentável saber que existem muitas pessoas como você espalhadas pelo mundo. Sem mais.
Companheiros o que podemos dizer diante de tais acusações: nada a comentar, pois os arrogantes serão julgados pelo altíssimo e nosso amigo se quisesse mostrar conhecimentos teria usado outros termos e não nos agredindo desta forma. Cada um dá o que tem. Aqui vai uma citação da nossa matéria criticada pelos dois: “A Umbanda ou Macumba é prática religiosa dos negros africanos bantos que, juntamente com os sudaneses, foram trazidos para o Brasil, com escravos. “Existindo entre os negros bantos, segundo alguns historiadores, o culto aos antepassados, ou a crença na existência da alma dos mortos, os negros brasileiros fundiram esse culto com as praticas do Catolicismo e do mediunismo, assimilando-o ao seu ritual supersticioso, daí nascendo então o culto banto-ameríndio da ‘Umbanda”. Todos os macumbeiros e umbandistas e outras ramificações se dizem Espíritas, mas não o são. Eles na dura realidade são apenas espiritualistas. Ressalte-se que todo Espírita é espiritualista, mas nem todo espiritualista é espírita. Para reforçar, fortalecer suas tradições eles nas suas entidades colocam: “Sociedade Espírita de Umbanda”, termo totalmente inadequado, pois de espíritas eles não têm nada.
Existe um, porém nisto tudo, todo serviço executado por umbandista ou macumbeiro são remunerados e uma consulta sai em média por R$ 50, enquanto o espírita tem como lema a Caridade (daí de graça aquilo que recebestes de graça). O site intellectus mostra muito bem certas nuanças sobre a Macumba e resposta de modo correto aos críticos da seita em alusão. Não há relação entre a etnia, raça negro-africana com as antigas tradições satânicas da religião Yorubá. Qualquer forma de racismo ou de preconceito étnico está completa e totalmente fora de questão. O mal que Satanás conseguiu fazer penetrar na América por intermédio de sacerdotes Yorubás não é melhor do que o mal que tem sido espalhado pela Índia, por parte dos sacerdotes Hindus, não é diferente dos danos espirituais causados pelos mestres budistas da China, não é diferente dos padres e teólogos católicos que conduzem multidões ao Inferno e nem tampouco diferente das desgraças difundidas pelos sacerdotes do Islamismo do falso profeta Maomé. Aqui insiro uma das palavras do grande Mestre Jesus quando agonizava na cruz: “Pai perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem”. Andreza (06:33, 21.04.2009)outra crítica diz o seguinte: vc com certeza nao faz ideia do que é a umbanda e se, realmente tivesse estudado saberia o que significa macumba.
só pra te dar uma maozinha no seu esclarecimeto na umbanda ou vc tem uma conduta perfeita ou você está fora. para se desenvolver você precisa estudar muito, nao é uma religião de ignorantes como você deve pensar. como todo kardecista deve pensar que sabe tudo, na umbanda nunca se sabe todo o aprendizado é constante inclusive nos momentos de caridade. é uma religiao baseada na igualdade,fraternidade, e evoluçao do espirito pela caridade. muito mais complexa e profunda do que pessoas que nunca tiveram real acesso imaginam. entao, aí vai uma dica, fale sobre o que você realmente conhece.Nao seja como outros que se dizem espiritas e só ficam lendo sobre o kardecismo e acham que sabem alguma coisa de umbanda, mais respeito por favor.Quem acha que sabe de tudo, nunca estará pronto para aprender nada.Macumba é uma espécie de árvore que existe na Àfrica. mas com certeza você vai me encher de "qualidades" e me chamar de ignorante etc.mas nao me importo, poque sei que estou no caminho certo na busca por uma evoluçao nesse planeta e pelo aperfeçoamento. Se quiser, continue com suas ideias erradas e preconceituosas sobre essa religiao linda, complexa e que surgiu antes mesmo do catolicismo. merece muito mais respeito.
Pensem Nisso!
ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI E ALOMERCE
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por paivajornalista@blogs.sapo.pt às 16:09