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PAIVAJORNALISTA

Esse blog tem uma finalidade muito importante, isto é, levar aos conhecimentos dos leitores e amigos os mais diversos assuntos relacionados com o nosso dia a dia. Crônicas, Artigos, Poemas, Poesias, Atualidades, Política entre outros.



Quinta-feira, 02.09.10

ALCOÓLATRA OU ALCOÓLICO

ALCOÓLATRA OU ALCOÓLICO

É possível diferenciar as duas palavras? Claro que sim. Alcoólatra é a pessoa que se entrega ao alcoolismo, viciada na ingestão de bebidas alcoólicas; alcoólico, alcoolista, etilista. Alcoólico é a quilo que contém álcool; espirituoso. Referente ao álcool. Já outros afirmam ser o alcoólatra a pessoa que devota o álcool, mesmo sem beber, enquanto a outra sinonímia seria o viciado em álcool. Queremos afirmar que é o vício mais difícil de desarraigar do coração do homem e a causa principal dos vícios que degradam o Espírito, assim como suas quedas e das perdas que sofre. É causa de queda, por tornar cega a criatura, com relação a seus deveres.

O alcoolismo segundo afirmam os estudiosos é uma doença, provocada pelo uso imoderado de bebidas alcoólicas. Usado comumente sob o ponto de vista individual como uma tentativa para superar os desajustes da personalidade humana. Todos os vícios são prejudiciais às forças psicossomáticas, que arruínam a saúde e apressam a morte (glutonaria, tabagismo, toxicomania etc) representam formas de suicídio indireto levando o Espírito, “post-mortem”, a um sentimento de culpa tanto mais penoso quanto maiores tenham sido os abusos cometidos. Glutonaria é uma palavra de padrão erudito que compreende a qualidade de glutão; voracidade, edacidade, glutonia. O individuo que bebe para ajustar-se a situações que lhe são insuportáveis é sem dúvida um doente precisando de cuidados médicos, psicológicos e psiquiátricos. Usamos como exemplos para a nossa matéria ensinamentos do professor Ubiratan Rosa. É um lamentável círculo vicioso, onde o viciado procura se ajustar.

O alcoólatra se desajusta a cada gole tomado ou ingerido por está preso as perturbações circulatórias, digestivas hepáticas, renais, circulatórias e nervosas, perdendo, por conseguinte, gradativamente o controle de suas ações. Decaindo física e moralmente pode se embrenhar em outros tipos de tóxicos e se tornar violento, aderindo à violência perdendo o respeito por si mesmo. O álcool produz no ser humano o desapego aos bens terrenos e os aprecia sem os devidos valores, e não tem noção de como usá-los em beneficio de outrem e nem em benefício próprio, em não sacrificar por eles os interesses por uma vida futura, em perdê-los sem murmurar, caso apraza a Deus retirá-los.

Desapego é também a medida de refazimento do caminho percorrido. O desejo de beber jamais será uma semente para a alma, por isso mesmo, asseverou a profecia no caminho dos séculos: “Guarda carinhosamente teu coração, porque dele procedem às fontes de vida”. Não confunda desejo com vontade se possível! O álcool leva o homem a ser um objeto repugnante e de desprezo gera, inclusive dos familiares, normalmente os filhos são as maiores vitimas de pai contaminado pelo álcool. Mas, podem perguntar se a mulher ficaria ilesa? Diríamos que não, mas os filhos assimilam o vício pela hereditariedade e pelo exemplo; física e psicologicamente contaminados vão, no futuro integrar o caminho, o cortejo desses rebotalhos da sociedade de que fazem parte e da qual, por sua vez, também são vítimas.

“O Ministério Público Federal em São José dos Campos ajuizou ação civil pública contra as empresas de cervejaria AmBev, Schincariol e Femsa com pedido de indenização pelo aumento dos danos causados pelo consumo de cerveja e chopp. A ação foi proposta na Justiça Federal de São José, mas o pedido de indenização abrange os danos causados em todo o Brasil”. O procurador da República Fernando Lacerda Dias, responsável pela ação, apurou que as três empresas, que respondem por 90% do mercado cervejeiro nacional, investem maciçamente em publicidade (quase 1 bilhão de reais só em 2007), para aumentar a venda de seus produtos e, conseqüentemente, seus lucros. "Essas ações agressivas de publicidade refletem diretamente no aumento do consumo de álcool pela sociedade e na precocidade do consumo. Os jovens começam a beber cada vez mais e mais cedo", afirmou Dias. (informação colhida no site jusbrasil).

Dias recorda que o Decreto nº 6.117, de 22/5/2007, instituiu a Política Nacional sobre o Álcool, que prevê expressamente ser atribuição do SUS "ampliar o acesso ao tratamento para usuários e dependentes de álcool". O decreto também determina que o SUS deva promover "programas de formação específica para os trabalhadores de saúde que atuam na rede de atenção integral a usuários de álcool do SUS". De acordo com as pesquisas, o álcool provoca 60% dos acidentes de trânsito e é detectado em 70% dos laudos cadavéricos de mortes violentas. A pesquisa indica também que o álcool é responsável por mais de 10% de todos os casos de adoecimento e morte no país. Ainda segundo a pesquisa, as bebidas alcoólicas transformam 18 milhões de brasileiros em dependentes.

Os impactos dos danos do álcool não deixam de afetar diretamente menores de idade. O levantamento aponta que 65% dos estudantes de 1º e 2º grau são induzidos à ingestão precoce, "sendo que a metade deles começa a beber entre 10 e 12 anos". “Os menores são atingidos pelos efeitos do álcool também indiretamente, pois o seu consumo “está ligado ao abandono de crianças, aos homicídios, delinquência, violência doméstica, abusos sexuais, acidentes e mortes prematuras”, revela o estudo da Unifesp”. Como podem notar o álcool é uma peste, um vírus devorador e um desagregador social. Toda bebida alcoólica de uma maneira ou de outro é prejudicial à saúde. Em alguns países adotam-se medidas drásticas contra o mal social do alcoolismo.

Aqui no Brasil criaram a “Lei Seca”, que impede o motorista dirigir com quantidade excessiva de álcool no sangue, mas quem bebe e não dirige a punição não existe, a não ser que se cometa deslizes que desabonem a conduta do bebedor. Antes de tudo, o alcoolismo é um problema de educação, ou de reeducação através da psicoterapia, se não da religião, quando esta é capaz de provocar a transformação moral do individuo viciado. Aparentemente "inofensiva", a cerveja é perigosa por ser a mais consumida. A pesquisadora Ilana Pinsky, psicóloga, pós-doutorada na Robert Wood Johnson Medical School (EUA) e coordenadora do ambulatório de adolescentes da UNIAD, afirma que o consumo de cerveja representa 85% das bebidas alcoólicas consumidas. "Apesar de essa quantidade ser muito menor se levarmos em conta apenas o álcool puro das bebidas alcoólicas, a cerveja certamente é uma bebida alcoólica e tem um papel importante em muitos problemas relacionados ao álcool, principalmente no que diz respeito aos jovens", assinala.

Dizem os especialistas que de quinze “bebedores sociais” um é alcoólatra. Por “bebedor social” entende-se aquele que bebe regularmente, mas não é um viciado, a ponto de descambar para o “deliruim tremens”. De casa ao banquete, mas não se embriaga diferente do alcoólatra que não tem conhecimento da hora de parar. A bebida faz que você roube tempo ao trabalho, à bebida está tornando infeliz a sua vida doméstica, você bebe porque se sente encabulado diante dos outros, a bebida está influindo na sua reputação, a bebida está atrapalhando seu negócio ou seu trabalho, bebe sozinho, já teve completa falta de memória como resultado da bebida? Se você se enquadra nas indagações aqui enunciadas você está prestes a se tornar um alcoólatra. O médico americano Doutor Robert V. Seliger nos dá uma visão de como poderemos nos tornar alcoólatra. Então, evite o primeiro gole. Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI- DA ALOMERCE- DA UBT- DA AOUVIR/CE- DA AVSPE

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por paivajornalista@blogs.sapo.pt às 20:49



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