Terça-feira, 27.10.09
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Como vai a 3ª revolução silenciosa? “vai bem, obrigado”
Aos olhos dos que acompanhavam o cenário internacional, a velocidade e a abrangência do avanço do comunismo no planeta nos anos 60 e 70 parecia inexorável e vitorioso.
De repente, afloraram dicotomias ideológicas, ambições pessoais, propostas desencontradas, surgem as rachaduras e, em seqüência, divergências indissolúveis. Desmorona o Muro de Berlim, e desfaz - se o sonho comunista, imposto a ferro e fogo em alguns países, e noutros, como uma panacéia para iludir os tolos ideológicos.
No Brasil, duas tentativas. A primeira, em novembro de 1935, e a segunda, em 1964. A primeira, cognominada de Intentona Comunista, teve como modelo a Revolução Comunista na Rússia em 1917. Para tanto, estabeleceram uma canhestra ação em força, dirigida contra o que julgavam o seu maior oponente, o Exército Brasileiro. Fracassaram.
Na segunda, em 1964, com um desenvolvimento maturado e costurado nos anos anteriores, com o fracasso da 1ª tentativa, engendraram uma revolução gestada pela infiltração, pela dominação e por uma festiva intelectualidade. A composição de um segmento armado mostrou - se infrutífera, e ela sucumbiu à ação do movimento popular que respaldou a Contra - Revolução de 1964. Novamente, fracassaram.
As forças legais venceram. O País voltou à normalidade. Foram estabelecidos programas sociais e outros tantos exitosos. A economia, sem CPMF, com impostos abaixo de 25%, cresceu.
Obras monumentais de infra – estrutura para o desenvolvimento nacional foram implantadas. Não grassava a impunidade, a justiça funcionava e rumávamos para o “despertar do gigante adormecido”, apesar das tentativas insanas dos arautos da tomada do poder. Houve progresso. Depois, por iniciativa dos governos “militares”, veio a anistia e a governança foi transferida, por livre arbítrio daquelas autoridades, para os civis.
A história foi reescrita pelos derrotados, e o pior, o lado legal, amesquinhado, medrou; confrontado, tremeu; acusado, não reagiu; tripudiado, acovardou – se. A pífia reação, que não existiu, tanto da sociedade, como das forças militares, principais agentes de combate à subversão e ao terrorismo, encorajou aos contrários, que encetaram, com êxito, a 3ª revolução, o socialismo do século XXI.
Hoje, debruçadas no credo gramcista, o foco da maioria das esquerdas nativas não é a luta armada; entretanto, perseveram no domínio de massas de manobra como os sem - terra, os sindicatos, os estudantes, e em contar com a adesão de minorias, exacerbadas por um discurso que alimenta ódios e diferenças.
Embora a terceira revolução não tenha sido decretada, é patente nas atuações do Governo e de seus órgãos, que seguimos uma cartilha, que não é a da verdadeira democracia. Para os mais atentos, as sinalizações transparecem nas relações externas; nas internas, avultam sinais de abusos de poder e impunidades escandalosas, vícios contumazes típicos dos regimes de esquerda.
Impotentes assistimos à criação de um “estado máximo”, sob a custódia de um “Foro”, de uma estrutura dominada pelos partidos de esquerda, que divergindo em questiúnculas, concordam na submissão da massa a uma cúpula inatingível, soberana nas ações e isenta de padrões morais, e que se propõe a manter o poder “ad aeternum”.
O Brasil é, neste momento, uma presa fácil. As esquerdas ocuparam a Nação como crianças travessas que invadiram um parque de diversões. E riem às bandeiras despregadas. Ora, como não estar satisfeito, todos os candidatos à próxima sucessão real são de esquerda. O magnânimo percorre o País em escancarada campanha eleitoral em prol de seus herdeiros, e diverte - se, ora afagando um, ora o outro, ao que eles, submissos, graciosamente, abanam o rabo.
Por tudo, não perguntem pela oposição, mas pela revolução, e o coro responderá, “ela vai bem, obrigado”. Mas se indagarem sobre o futuro do Brasil, cuidado...
Brasília, DF, 26 de outubro de 2009.
Gen. Bda Refo Valmir Fonseca Azevedo Pereira.
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por paivajornalista@blogs.sapo.pt às 05:50