DIA DAS MÃES
Quando a tua sabedoria exigir depósito de bênçãos com que nos adornaste a estrada por empréstimo sublime, dá-nos o necessário desapego para que nós possamos restituir as joias vivas dos nossos corações com serenidade e alegria. Dia das mães um dia festivo para uns e de meditação para outros. Não imantemos a palavra tristeza ou saudade, para que nossas válvulas propulsoras possam bater mais compassadamente para construirmos uma ponte forte, um viés virtual para espiritualidade, no intuito de almejarmos contatos sadios e benéficos com nossas queridas mamães que já cumpriram seus dignos papeis neste orbe, e hoje se encontram num patamar mais elevado e num plano mais evoluído que o nosso.
Na verdadeira motivação iremos encontrar nosso papel diante da vida, ela nasce dos motivos que nos levam a agir. Devemos agir com amor no coração, aliado ao perdão, pois foi esse o ensinamento sublime repassado por elas. Mães de todas as raças, de todos os credos, nós desejamos imensas felicidades e venturas mil onde quer que estejam. Nunca deixem as suas queridas mães sozinhas nas estradas a percorrerem. Nas horas de alegria, nos dias de sofrimento, ajuda-nos Senhor a governar o coração para que nossos sentimentos não decepem as asas dos anjos ternos que nos deste e dulcifica as nossas mentes para que nosso raciocínio seja a ligação afetiva e não se transforme em severidade arrasadora.
Lamentamos que o dia das mães tenha uma conotação de alegria para as mais aquinhoadas e de tristeza para as que convivem com a pobreza. Todas as mães devem ter os mesmos direitos e obrigações, mas infelizmente nossa Carta Magna é drástica e cruel. No olhar brilhante, no sorriso largo a extasia se lança como um raio provocando alegrias e contentamentos. Exuberantemente pintadas, joias brilhantes, vestidos descortinando os lugares em que as convivas são semblantes de felicidades, suas presenças são vieses depuradores, que embelezam o écran e um ar agradável percorre toda extensão por onde passam. É um encantamento total!
Em contrapartida com a aproximação do dia consagrado às mães vêm à lembrança das mães pobres seres maltrapilhos, esqueléticos, com um ou mais filhos nos braços e outro no ventre. Essas pobres mães são verdadeiras fábricas de filhos, visto que a tecnologia não se imantou nas favelas, guetos e vielas da vida formando um contraponto para quem merece tratamento igualitário. Mães queridas, pobres ou ricas amem cada vez mais seus filhos e rebentos, pois será através do amor e do perdão que almejaremos um mundo mais humano. O azimute da paz tão esperado por todos será o presente Divino. Não deixem o sagrado dever da educação dos filhos de lado, não permitam que eles enveredem pelos caminhos tortuosos da vida, aliás, mãe é mãe, e a responsabilidade com seus pimpolhos são maiores do que pensais.
Amar sempre, violência e desprezo jamais. É sangue de vosso sangue. Mãezinhas de todo Brasil aqui deixamos gravado nosso amor e consideração a todas, sem distinção de classe, cor e credo. Não desejaríamos presenciar a diferenciação que ocorre no nascimento de uma criança de família rica e de uma de família pobre. As comemorações são destoantes. Senhor socorre as mamães entregues a prostituição, já que todas nasceram para a felicidade do lar, corrige com Tua munificência os que as impelirem para a viciação das forças genésicas; acolhe as que praticaram abortos, bem como as que abandonaram seus frutos colocando-os em caixas ou nos lixões como se fossem mercadorias apodrecidas.
Se o nascimento do grande Mestre teve a simplicidade que a história nos conta, as muitas Marias de hoje herdarão o Reino dos Céus, visto que Jesus sempre afirmava através de suas parábolas: “Os humilhados serão exaltados e os exaltados serão humilhados”. No dia das mães ações de caridade deveriam ter um foco especial. A caridade fortalecida pela fraternidade seria alternativa para as mães ricas e privilegiadas, cujo intuito seria a interação com as mais paupérrimas. Que Deus abençoe essas doces criaturas.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI- DA ALOMERCE – DA UBT- DA ACE- DA AOUVIR/CE- DA AVSPE