Segunda-feira, 07.02.11
ABAÇAÍ
A palavra acima epigrafada tem origem tupi que corresponde na mitologia indígena (tupi), espírito maligno que perseguia os índios, enloquecendo-os. Pedro Álvares Cabral quando aportou no Brasil, dizem que por acaso, em virtude da viagem ter sido planejada para as índias, encontrou seres totalmente estranhos para a expedição cabralina. Índio um nome meio pejorativo, pois mesmo os que nascem na índia não recebem essa nominação, mas os portugueses colocaram essa nomenclatura nos silvícolas brasileiros. A Índia é muito provavelmente o berço intelectual da Humanidade. Essa terra sagrada não é somente a mãe dos povos e das civilizações, é também o foco, a diretriz do principal primórdio da maioria das inspirações religiosas. A Índia é, com efeito, a fonte donde deriva em grande parte a ideia religiosa dominante da vossa fé. Os mitos que ocultam as simples verdades reveladas são originários da Índia; as lendas messiânicas datam dos primeiros; os homens imaginaram sempre que um salvador viria libertar a sua raça. A primitiva história religiosa da índia logicamente indica o crescimento espiritual do homem.
A Índia foi a matriz de todas as filosofias e religiões da Humanidade, inclusive do materialismo, que lá nasceu na escola charvacas. A palavra Charvacas ou Charvakas era um grupo de filósofos da Índia por volta de 600 antes de cristo; que acreditavam que não havia nenhuma alma e que a morte era o fim de toda a existência. Acreditavam na vida como meio de entretenimento na forma corporal que deveria ser o principal objetivo de vida. Qualquer coisa além dos sentidos era considerada falsa e que tudo o que sentia não era uma mera ilusão. Materialistas; acreditavam apenas na matéria como sendo a única coisa perceptível pelos sentidos; portanto o que estava no âmbito metafísico descrito pelos tradicionais gurus e filósofos espiritualistas da Índia estava descartado; o que realmente importava para a vida era a matéria real. Eles acreditavam que se deve buscar a felicidade neste mundo material e experimentar o prazer físico, tanto quanto possível; “Pensamento semelhante ao hedonismo deturpado dos dias atuais”. Eles também acreditavam se afastar de qualquer crença religiosa e de ilusões. A única fonte de conhecimento era o que nossos sentidos poderiam perceber. Além do mundo material, não há nada; nenhum Deus ou a alma existe.
Em conclusão, os Charvakas acreditavam que a vida humana começa e termina neste mundo. O hedonismo deriva do grego hedoné, prazar, +-ismo, refere-se a doutrina que o prazer individual e imediato é o único bem possível, princípio e fim da vida moral. No ramo da filosofia refere-se a doutrina moral do cirenaísmo ( habitante de Ciráco). O espírito malígno recebe outras nomenclaturas como: Espírito malígno, satanás, diabo que designam figuradamente, de modo emblemático, os Espíritos maus, Espíritos de erro e mentira, Espíritos inferiores, impuros, levianos ou perversos. Abaçai entididade espiritual de escala muito baixa que estava presente no écran dos sílvicolas ou indigenas. Os abaçais podem receber também a denominação de trasgos que se definem como entidades com aparição fantástica; diabrete, duende, e pessoas consideradas traquinas. A espiritualidade é de suma importância para o ser hominal.
É a qualidade ou caráter de espiritual cuja relação está ligada a doutrina acerca do progresso metódico na vida espiritual. O duende é uma entidade espiritual fantástica ou espírito sobrenatural que se acreditava aparecer de noite nas casas, fazendo travessuras. O travesso é aquele que tem comportamento turbulento, irrequieto, buliçoso, traquina(s), treloso. Astucioso, malicioso, manhoso, treloso. Engraçado, espirituoso. O Espírito no sentido especial da Doutrina Espírita, os Espíritos são os seres inteligentes da criação, que povoam o Universo, fora do mundo material, e constituem o mundo invisivel. Não são seres oriundos de uma criação especia, porém, as almas dos que viveram na Terra, ou nas outras esferas, e que deixaram o invólucro corporal.
Há no homem um princípio inteligente a que se chama Alma ou Espírito, independente da matéria, e que lhe dá o senso moral e a faculdade de pensar. A alama ou Espírito, princípio inteligente em que residem o pensamente, a vontade e o senso moral, sendo assim os espíritos desencarnados também são dotados de livre-arbítrio. Os Espíritos são a individualização do principio inteligente, como os corpos são a individualização do princípio material. A época e o modo por que essa formação se operou mé que são desconhecidos. O Espírito está ligada a mediunidade. A mediunidade é um arado divino que o óxido da preguiça enferruja e destrói. Um assunto muito importante para o ser humano, mas infelizmente muita gente não tem levado a sério um assunto de tanta relevância. A mediunidade é inerente ao homem e não está ligada ou direcionada a nenhuma religião. Para deixar mais claro o tema em discussão o nome abaçai (segundo Teodoro Sampaio, do tupi a'wa-sa'i; "homem que espreita, persegue") é um gênio maléfico, de proporções gigantescas, que, na mitologia tupi, perseguia os indígenas e os tornava possessos.
Em outra definição, também na mesma mitologia, é um espírito que habita as florestas e convida a dançar, cantar e fazer festa habitava os ermos das florestas e que possuía o indígena que se apartava de seu grupo, deixando-o em transe arrebatado, fora de si. Um espírito que a ótica dos europeus e da evangelização tentou transformar em "gênio maléfico", desconsiderando a necessidade de evasão tão presente na cultura de todo o mundo. Dizem que a atriz Xuxa Menegel está muito ligada aos Duendes que estão na escala ou na família dos espíritos Abaçaís. Os índios desde os primórdios adoraram seu deuses e eles eram o Sol e a Lua. Hoje como o índio praticamente perdeu sua identidade e com a interferência dos religiosos católicos que participaram da evangelização no passado, interferiram na crença de nossos antepassados. Para encerrarmos queremos dizer que a paz virá ao teu encontro e residirá contigo sempre que te mantenhas na consciência tranquila, sobre os alicerces do teu próprio dever retamente cumprido. Um dia quando todos os hominais tiveram uma visão correta do valor da vida e da espiritualidade, quando o bem domine o mal, esses espíritos perturbadores não perturbarão mais os seres viventes. Pense nisso!
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI-MEMBRO DA ALOMERCE-DA UBT- DA AOUVIR/CE-DA ACE E DA AVSPE
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Segunda-feira, 07.02.11
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Segunda-feira, 07.02.11
Desafiando o Rio-mar – Belterra
Mirando o Futuro sem olvidar o Passado
Hiram Reis e Silva, Santarém, PA, 05 de fevereiro de 2011.
“Weir ensinou o pessoal a fazer enxertos da forma correta. Mas o verdadeiro problema, disse o patologista, era que a Fordlândia não tinha espécimes seguros de onde tirar enxertos. Assim Edsel concordou com o pedido de Weir de viajar ao sudeste da Ásia, para Sumatra e Malásia, a fim de encontrar espécimes garantidos. Weir partiu, em junho de 1933, e obteve rapidamente 2.046 troncos enxertados de uma seleção garantida de árvores de alto rendimento. Embalados em serragem esterilizada, eles deixaram Cingapura no fim de dezembro, cruzaram o oceano Índico, passaram pelo Canal de Suez no início de 1934, atravessaram o Mediterrâneo e o Atlântico e subiram o Amazonas”. (Greg Grandin).”
- Belterra
Somente em 1932, depois do fracasso da baixa produtividade em Fordlândia, a companhia decidiu contratar um especialista no cultivo de borracha, o botânico James R. Weir, que havia trabalhado na American Rubber Mission. James reportou em seu relatório inicial uma série de omissões em aspectos elementares de gestão agrícola, e sugeriu como medida de urgência a importação do Sudeste Asiático, de clones de alta produtividade garantida e sugeriu a troca da área de Fordlândia por uma nova área, de 281 mil hectares a 48 quilômetros de Santarém, que além de permitir a navegação regular de navios de grande calado durante todo o ano, o terreno era melhor drenado, mais ventilado e menos úmido – condições menos favoráveis à propagação do “Mal-das-folhas”. A localização parecia perfeita e Ford denominou o local de “Bela Terra”, mais tarde conhecido como “Belterra”. Belterra era uma “cidade americana no coração da Amazônia”, com hospitais, escolas e casas de madeira, no estilo americano. Ford havia aprendido com Fordlândia e, agora, mesmo a Vila Americana onde residiam os altos funcionários foi construída de madeira, as construções faraônicas que no projeto anterior abrigaram o refeitório, a casa de força e fábrica, foram substituídas por instalações bem mais modestas. A massa de operários que lá era recrutada dentre os ribeirinhos não afeitos à rigidez do regime do trabalho e à disciplina impostos pelos capatazes de Ford foi suprida, em grande parte, por trabalhadores braçais oriundos do sertão nordestino, que fugiam da Grande Seca de 1929. Seis anos depois de ter implantado a Fordlândia, a Companhia Ford tentava, novamente, produzir borracha na Amazônia Brasileira.
Em 1934, chegaram os 53 clones selecionados por Weir, mas apesar da melhor localização, salubridade e seleção das mudas o seringal também foi atacado pelo “Mal das Folhas”. Mas graças à utilização de práticas de manejo, seleção de sementes, emprego de mudas mais resistentes, enxertia de copa e controle com fungicidas, permitiram que o seringal passasse a conviver com o Microcyclus. Belterra de 1938 a 1940 foi um dos maiores produtores de seringa do mundo. Com o final da 2ª Guerra Mundial, e a consequente importação da borracha do sudeste asiático, a grande incidência de doenças nos seringais e, principalmente, a descoberta da borracha sintética contribuíram para a decadência do projeto e a Companhia Ford “abandonou o sonho”.
A “cidade americana” foi transformada, então, em Estabelecimento Rural do Tapajós (ERT), sob a jurisdição do Ministério da Agricultura e, somente em 1997, conseguiu sua emancipação.
- Visita a Belterra (3 de fevereiro de 2011)
Agendamos uma visita a Belterra onde fomos gentilmente recebidos pelo senhor Valdemar Sanches da Silva, Chefe de Gabinete do Prefeito Geraldo Irineu Pastana de Oliveira. Valdemar discorreu, com entusiasmo, sobre a história e os projetos que estão em andamento na sua cidade. Diferente do descaso e da omissão verificada pelos políticos de Fordlândia a Prefeitura de Belterra partiu corajosamente na busca de parceiros para recuperar seu patrimônio e sua história. Acompanhados pelo Chefe de Gabinete passeamos pela cidade e conhecemos a oficina – que ainda utiliza máquinas da década de 30, do século passado, recuperadas pelos zelosos funcionários da Prefeitura. Conhecemos a Casa Um, a Vila Americana, a Vila Mensalista e a Vila Operária. Infelizmente poucas são as casas que mantém seus jardins bem cuidados como nos tempos áureos da borracha e, infelizmente, todas exibem cercas em seus terrenos que não existiam na época do Projeto de Ford. Curiosamente na gigantesca Caixa D’água de metal ainda existe o mesmo apito que tocava e ainda toca nas mesmas horas do longínquo pretérito em memória de um sonho americano que não vingou.
A Casa Um, localizada na estrada 02, tinha vista privilegiada para o Rio Tapajós. Possui ampla varanda, grande salão e várias dependências. Existem, ainda, no local, utensílios originais deixados pelos americanos. Esta casa foi projetada para servir de residência a Henry Ford quando ele visitasse Belterra, o que nunca aconteceu. A Vila Americana era residência dos funcionários do primeiro escalão da Companhia Ford. A Vila Mensalista era residência dos funcionários do segundo escalão da Companhia que recebiam seus pagamentos mensalmente, daí a origem do nome da Vila. As residências são menores que as da Vila Americana. A Vila Operária era restrita aos funcionários do terceiro escalão, formada por carpinteiros, mecânicos, motoristas e outros. Estes operários eram pagos quinzenalmente. As casas eram bem mais simples e não possuíam varandas. Passamos pelo Hospital, necrotério e encerramos nossa visita no Centro de Memória de Belterra.
- Visita ao Centro de Memória de Belterra
Encontramos no Centro de Memória o professor Osenildo Maranhão, agente de atendimento, filho de seringueiros da Companhia Ford que nos apresentou entusiasmado os projetos e o acervo do Centro. A instalação servia, antigamente, de residência para os médicos do “Hospital Henry Ford” e foi o primeiro prédio histórico restaurado pelo Projeto “Muiraquitan Brasil”, fruto da parceria com o Instituto Butantan e a OSCIP (Organização de Sociedade Civil de Interesse Público) Ama Brasil. O Centro localiza-se na Vila Americana nº 108, Bosque das Seringueiras.
“Pesquisadores do Butantan em conjunto com o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) trabalham de forma intensa na reconstrução do acervo histórico desta cidade e este Centro serve de apoio ao trabalho de pesquisa e possibilita o acesso as informações para os moradores e estudantes da região”.
(Otavio Azevedo Mercadante, diretor do Instituto Butantan)
O Centro, inaugurado em 01 de maio de 2010, tem a missão de incentivar e divulgar pesquisas sobre a história do Município através de projetos e ações educativas destinados à valorização do patrimônio e da memória local. Para atingir esse objetivo o Centro recolhe, cataloga, preserva e disponibiliza acervos históricos adquiridos para consulta pública. O Projeto é bastante amplo e pretende mudar, parcialmente, a face da cidade fazendo-a retornar ao seu antigo visual. É uma missão árdua que tem o Prefeito Pastana e seus colaboradores pela frente, mas que, certamente, se for concretizada, trará benefícios para todos seus moradores.
É um exemplo louvável e que deve ser imitado por administradores de todos os níveis de governo e em todas as regiões do país. Um país que não cultua o seu passado, que não valoriza suas origens, que não é capaz de aprender com os acertos e os erros pretéritos certamente não merece, nem será capaz de empreender uma marcha segura para o futuro.
Fontes: GRANDIM, Greg. Fordlândia: Ascensão e queda da cidade esquecida de Henry Ford na selva. Rio de
Solicito Publicação
Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva
Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA)
Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS)
Acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB)
Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS)
Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional
E–mail: hiramrs@terra.com.br
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Segunda-feira, 07.02.11
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Segunda-feira, 07.02.11
Guerra do Rio
Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 02 de dezembro de 2010.
- Origem da “guerra”
Os serviços de inteligência afirmam, categoricamente, que a violência no Rio de Janeiro foi em consequência de um impasse nas negociações entre políticos e policiais corruptos com os chefões da bandidagem. Os quadrilheiros quebraram o pacto de não-agressão porque se negaram a reajustar a tabela de propinas cobradas pelas autoridades policiais e políticas.
- Governantes Omissos e Coniventes
A atuação das Forças Armadas nas Operações contra o narco-tráfico no Rio de Janeiro escancaram ao Brasil e ao mundo a inoperância dos governadores do estado do Rio de Janeiro, nas últimas três décadas, a crônica falta de recursos e a corrupção das polícias civil e militar da “Cidade Maravilhosa”. A mídia amestrada usou e abusou das imagens mostrando a apreensão de drogas e armas, mas a fuga dos chefões do tráfico mostra a incompetência de uma operação pirotécnica mais preocupada nas tomadas espetaculares do que nos resultados. O planejamento equivocado realizado pelas Forças Auxiliares (policias civil e militar) é patente quando se permitiu que os bandidos usassem rotas de fuga conhecidas por todos. A série de equívocos e falhas mostra que o comando das operações, como reza a Constituição, deveria ter sido realizado pelas Forças Armadas.
- A Guerra no Rio
Cel Gelio Fregapani
Muito já se escreveu sobre o assunto. Além do aplauso pela apreensão de droga e de armamento, me limitarei a preocupações ainda não aventadas suficientemente.
1ª – Não adiantará muito prender ou eliminar os que estavam incendiando os veículos. Estes são familiares de presos menores, forçados a fazê-lo sob ameaça a seus parentes. Maior efeito teria sobre os chefões, castigando-os severamente a cada ação de seus bandidos na rua. Claro, isto não será possível enquanto os direitos humanos dos bandidos forem maiores do que os direitos humanos de suas vítimas.
2º - Todos os pequenos traficantes mortos ou presos são descartáveis e facilmente substituíveis. Os grandes estão fora do alcance. O único segmento que podemos atingir eficientemente é o usuário, que financia tudo. Enquanto quisermos tratá-lo como doente e coitadinho nada funcionará. Temos que impor pesada multa ou trabalhos forçados, conjugado com uma campanha psicológica como a que foi feita contra o cigarro; centrada não sobre o perigo (que atrai os audazes), mas sobre o mote de que “a droga é para os fracos”.
3ª - Quando aquele tenente do Exército entregou três traficantes à facção inimiga apareceram o MP e os “direitos humanos” para atacar o Exército. O Beltrame disse "o Exército não está preparado para atuar na Segurança Pública..." Agora, por passe mágica, o Exército virou "a solução para o Alemão"... Mais cedo ou mais tarde alguém terá que atirar. Será processado também?
Todos sabemos que a responsabilidade terminará nas mãos do Exército, e que em breve o atual aplauso das comunidades se transformará em descontentamento, pelo prejuízo à estrutura econômica baseada no tráfico. O Exército sabe que só poderá ter sucesso acumulando o poder militar com o poder político, sob lei marcial. Ou não?
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Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva
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Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS)
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Segunda-feira, 07.02.11
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Segunda-feira, 07.02.11
Porto Alegre,26 de janeiro 2011
Excelentíssima Senhora
Dilma Rousseff
MD Presidenta da República Federativa do Brasil.
Senhora Presidenta.
Algumas casas existem, nesta República onde os homens não fazem greve, não protestam, não portam faixas, não paralisam, nas ruas,o trânsito, não realizam operações-padrão, não estão, pela imprensa, a vociferar vitupérios contra seus chefes e nem se reúnem em sindicato que os defenda.
Apenas, senhora, para eles existe a disciplina, diariamente pregada e executada, desde o alvorecer até aos exaustivos plantões noturnos, porque aos seus membros se ensina também e, desde cedo, que as Forças Armadas destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer delas, da lei e da ordem - Art, 142 da Constituição.
Os homens, dessas casas, acostumaram-se às afirmações de seus chefes de que TUDO DEVE SER RESOLVIDO, RIGOROSAMENTE, DENTRO DOS PARÂMETROS IMPOSTOS PELA HIERARQUIA E PELA DISCIPLINA, SEMPRE BUSCANDO O ENTENDIMENTO, E ABSOLUTAMENTE, ATRAVÉS DOS CANAIS COMPETENTES.
A esses homens, senhora, que, desde cedo, foram levados a aceitar como verdades absolutas que: NO CUMPRIMENTO DO DEVER O SACRIFÍCIO É UM GOZO.QUE NUNCA É TARDE PARA MUDAR DE PROFISSÃO E QUE O EXERCÍCIO DAS ATIVIDADES CASTRENSES É, ANTES DE QUALQUER COISA, UM SACERDÓCIO, é exigida a obrigatoriedade de dedicação exclusiva, sendo-lhes vedado o exercício de qualquer outro tipo de profissão ou atividade, como também, exigido o desempenho de suas atividades funcionais, em regiões diferentes e, às vezes, inóspitas, e sem a mínima estrutura de apoio ao grupamento familiar, no que tange aos aspectos básicos relativos à SAÚDE, à EDUCAÇÃO, à ALIMENTAÇÃO e à MORADIA.
Para eles, senhora, não há, no exercício destas atividades, horários fixos nem limites para as suas cargas horárias e, no cumprimento das missões que lhes são atribuídas, não há diferença entre o que se entende por dia ou noite.
As suas semanas têm, quase sempre, mais de sete dias.
Em seus calendários, os sábados, domingos e feriados não podem ser, de antemão, prometidos para o lazer ou para o repouso (como soe acontecer em outras casas desta República), e a execução de tarefas, por estes homens e nestes dias, não têm, sob qualquer título ou hipótese, nenhuma compensação financeira.
Sujeitos, senhora, a contínuas transferências, isto lhes causa sérios transtornos na organização familiar, pois, não raras vezes, seguem sozinhos, a fim de que não se esboroe o pequeno alicerce que, a duras penas, conseguiram firmar para a construção do seu lar.
É a eles, senhora, determinado o afastamento por períodos de tempo, às vezes longo, em razão das manobras ou dos exercícios de adestramento que realizam e, nestas condições, estão sujeitos a toda ordem de vicissitudes, sem que, para tal, haja a menor compensação pecuniária ou espécie de seguro.
Para eles, senhora, a oportunidade de crescimento, dentro de suas casas profissionais, está na ordem direta de um constante aprimoramento técnico-profissional, físico e intelectual, que lhes determina uma série de desajustamentos, com incidência direta na situação orçamentária familiar, e em alguns casos, MESMO IMPOSSIBILITADOS, NÃO SE PODEM FURTAR À DETERMINAÇÃO DE QUE SE APRESENTEM PARA RECICLAGEM.
Esses homens, senhora, estão sujeitos à “letras” de rigorosos Regulamentos e Normas Gerais de Ação que os tornam passíveis de penalizações,mesmo que por atitudes tomadas “fora de suas casas profissionais”, estando, à luz do Regulamento Disciplinar, sujeitos a pena de prisão, sem direito à Habeas Corpus e, sob o güante do Regulamento de Administração, são total e absolutamente responsáveis pelo material que confiado a sua guarda.
E alguns deles, senhora, não podem, sem permissão, transitar sem o uniforme, casar-se, ausentar-se da região de aquartelamento, e toda uma série de restrições impeditivas, sem que lhes caiba a menor chance de queixa ou recurso, estendendo-se, algumas dessas imposições regulamentares, mesmo aos que já estão na reserva, sendo que estes podem ainda ser reconvocados .
“A esses homens, senhora, como fazê-los crer que para eles a Constituição não vale. Como fazê-los entender que para eles a Constituição possui apenas o Art. 142 e mais nada... e que, mesmo assim, têm eles a obrigação patriótica de defender, disciplinadamente e com o sacrifício da própria vida, esse mais nada...” (Saulo Ramos).
Os homens dessas casas, senhora, têm se mantido, disciplinadamente, a espera do reconhecimento das reivindicações que fazem, através de seus chefes, mesmo quando enganados pelos subterfúgios legais do processo da Isonomia que os obrigou, pelos resultados, a buscar, e sempre através dos canais competentes (sem anarquia ou desobediências ), pela justiça, a paridade de seus vencimentos; mesmo quando o Diário oficial da União de 21 de setembro de 1992 lhes reduziu o soldo.
Mesmo quando tiveram alteradas as regras para o cálculo do Adicional de Inatividade, em detrimento de suas parcas bolsas.
Mesmo quando se viram atingidos pela redução da Gratificação de Habilitação Militar e, ainda, quando foram, duramente atingidos pela supressão dos direitos que lhes eram assegurados pela CENTENÁRIA LEI DAS PENSÕES.
Mas esses homens que,disciplinada ordeiramente, esperam, também observam, pelo comportamento de outras casas desta República, que não tem sido este o melhor caminho, para que se lhes sejam assegurados os seus direitos, posto que “aquelas”, ao atropelo da própria Constituição, estão se impondo na marra.
Atenciosamente.
Aécio Kauffmann Colombo da Silva
Cel. Cav. Ref.(032342720-3)Anistiado Político.
Rua Garibaldi 989/131.
Tel: 51 3311- 7284
Marcílio Dias.
Porto Alegre-RS
p
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Segunda-feira, 07.02.11
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Segunda-feira, 07.02.11
O Cabo do Exército Odílio Cruz Rosa.
Um preito de reconhecimento.
UM DEFENSOR DO BRASIL
Aprendi, desde as primeiras letras e ainda nos bancos da catequese, que todas as pessoas são iguais em essência. Por isso, ao acompanhar o noticiário sobre a busca de ossadas humanas na região onde houve a guerrilha do Araguaia, causa-me estranheza a forma desigual como são tratadas as personagens daquele episódio histórico.
Os jovens integrantes de organizações de esquerda que lá estavam para instalar um foco guerrilheiro, por influência de seus chefes partidários, pensavam derrotar a chamada "ditadura militar", a fim de "restabelecer a democracia" no Brasil. Na verdade, era a senha para a implantação sim de uma forma radical de comunismo, fosse aos moldes da China, de Cuba ou, surpreenda-se, até da Albânia.
Hoje, aqueles jovens são tidos pela imprensa como "idealistas fuzilados pelo Exército", num endeusamento que já vem de anos. Como se, dentre as forças em presença, só a eles fosse concedida a prerrogativa de serem heróis e idealistas.
Pouco ou nenhum caso é feito para com os militares de todas as Forças que para lá seguiram a fim de debelar o foco guerrilheiro. Desta forma, torna-se digno de nota que a chamada grande imprensa não procure destacar as condições nas quais foi morto o Cabo do Exército Odílio Cruz Rosa “o Cabo Rosa” que, este sim fuzilado pelos guerrilheiros treinados em Pequim/China, veio a ser a primeira vítima fatal da guerrilha, apanhado numa emboscada desencadeada pelos idealistas, morrendo a oito de maio de 1972.
O Cabo Rosa, justamente por ser Cabo, também era jovem. Tinha pai, mãe, irmãos, amigos. Tinha gostos, aspirações, preferências, torcia por um time... E por que então não é resgatada a sua história de vida ou, pelo menos, as circunstâncias de sua morte? Certamente, não daria muito trabalho à imprensa. Sua história seria fácil de contar, pois, afinal, foi uma vida simples, sofrida como a de tantos outros jovens brasileiros. Porém, foi curta, interrompida bem cedo, pelo chumbo dos idealistas, estes, por sua vez, já retratados em vários filmes patrocinados com verbas públicas. Para ser justo, devo destacar o estudo da vida do Cabo Rosa feito pelos jornalistas Thais Morais e Eumano Silva em livro do ano de 2005, mas que, por seu preço elevado, ficou confinado a um grupo restrito de leitores.
Acredito que boa parte das pessoas que procuram informar-se pelos jornais gostaria de saber como está vivendo, se ainda viva, a senhora mãe do Cabo Rosa, com a mirrada pensão militar que o filho falecido lhe legou. Como estão seus irmãos e amigos, que não tiveram a oportunidade de se auto-exilarem e formarem-se em cursos superiores de elevado nível no exterior? Ou considera-se que, em essência, a dor e a saudade dos familiares do Cabo Rosa são menos dolorida e sentida que a de outros?
O Brasil não nasceu quando os jovens jornalistas atualmente em serviço terminaram suas faculdades, nem nasceu com o fim dos governos revolucionários pós-1964. O Brasil nasceu bem antes e construiu sua História ao longo dos séculos, criando, desenvolvendo, aperfeiçoando e tornando permanentes certas instituições, como a Justiça, por exemplo; como as Forças Armadas, por exemplo; como o Exército Brasileiro, por exemplo.
Por isso, quando os militares receberam a missão de neutralizar o foco guerrilheiro, não saíram por aí qual um "bando" de facínoras que fuzilava idealistas. Integravam sim uma força armada legalmente constituída e taticamente organizada, em combate “destaco: combate - contra uma outra força, também armada, que lhe opunha resistência.
Se a força guerrilheira (e ela própria assim se intitulava) era mal armada, mal alimentada, mal vestida, mal suprida, enfim, mal comandada, quem deve responder são os ícones partidários. Alguns já são falecidos, mas outros estão aí, bem vivos. Quem sabe eles, ou seus partidos políticos, possam TAMBEM
ser acionados judicialmente e responsabilizados pelas mortes dos idealistas insidiosamente afastados de suas famílias e enviados para o Araguaia?
Tomo o caso do Cabo Rosa como emblemático. Sei de outros militares que combateram a guerrilha “tanto na cidade como no campo” que foram mortos ou feridos, e há ainda aqueles aos quais os jovens idealistas não concederam nem o supremo orgulho de morrerem combatendo, matando-os à traição. Todos tinham famílias. Como elas estão hoje?
Senhores, "Cabo Rosa" não é apenas o nome de uma clareira perdida na mata, onde, conforme os jornais, militares fuzilavam idealistas. "Cabo Rosa" é nome dado pelo Exército a uma base de instrução especializada localizada às margens da Rodovia Transamazônica, onde "outros jovens idealistas" são muito bem treinados na arte da guerra na selva. "Cabo Rosa" é antes de tudo o nome de um verdadeiro herói. E o Exército cultua seus heróis.
Ou, modernamente, ser herói é uma questão partidária ligada ao pensamento "politicamente correto"?
O que diriam a "Dona" Olindina e o "Seu" Salvador, pais do Cabo Rosa?
Os filhos dos outros são tidos como heróis. E o filho deles? Não?
Se a todos os idealistas e familiares for concedida certa reparação econômica, a família do Cabo Rosa também será contemplada?
Jorge Alberto Forrer Garcia “Coronel R1”.
DOC Nº 27-2011
Meu coronel. O CABO ROSA E UM EXEMPLO DE BRASILEIRO. CUMPRIU COM O DEVER. REVOLTA A ATITUDE DO GOVERNO EM CONTRATAR ASSESSORES QUE RESPONDEM A PROCESSO NO STF E ENVOLVIDO NO CASO DOS DOLARES NA CUECA.
O GRUPO GUARARAPES VAI REPASSAR EM HOMENAGEM AO CABO ROSA.
GRUPO GUARARAPES
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Terça-feira, 01.02.11
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