Segunda-feira, 07.02.11
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Segunda-feira, 07.02.11
Desafiando o Rio-mar – Operação Tapajós
Berço da Humanidade II
Hiram Reis e Silva, Santarém, PA, 04 de fevereiro de 2011.
“A Amazônia de hoje é o inacreditável lugar onde parecem de mãos dadas a fantasia e o real; o épico e o impossível; a epopeia e a lenda.”
(Moura Cavalcanti, Transamazônica, 10 de março de 1974)
- BR 163 (31 de janeiro de 2011)
Resolvi fazer um reconhecimento prévio acompanhando o Coronel Lauro Augusto Andrade Pastor Almeida na sua inspeção diária à BR 163, que se estende da sede do 8° BECnst, em Santarém, até o Britador situado na BR 230 - Transamazônica. Partimos às dez horas e no britador, por volta das catorze horas, o Soldado Flávio Vianna de Almeida informou que conhecia as tais cavernas e me preparei para planejar uma nova incursão às mesmas. Percorrendo o trecho pude ver orgulhoso o trabalho anônimo dos nossos Batalhões de Engenharia. As chuvas torrenciais exigiam medidas drásticas para manter o tráfego de uma estrada extremamente importante, construída sob condições totalmente adversas. Infelizmente, caminhões pesados passam, sem qualquer controle, pelas barreiras das coniventes e omissas autoridades rodoviárias danificando o leito da estrada ainda em construção. Volta e meia alguns amigos, mal informados, me perguntam se a Engenharia não estaria sendo desviada de suas reais funções e, por isso, sou obrigado a tecer algumas considerações.
- Engenharia Militar Brasileira
“Os serviços maiores e missões mais importantes
São na guerra confiadas a nossa grande energia (...)”
(Canção Do Engenheiro)
A primeira civilização a contar com elementos totalmente dedicados à Engenharia Militar foi, provavelmente, a Romana, cujas Legiões contavam com um corpo de engenheiros conhecidos como “architecti”. O advento da pólvora e a invenção do canhão deram um grande impulso à Engenharia, que teve de adequar suas fortificações para fazer frente ao poder das novas armas. Desde o Brasil Colônia, os Engenheiros Militares absorveram e aprimoraram a arte portuguesa de planejar e construir fortificações, edificações e acessos. Os testemunhos das obras realizadas, pela Engenharia Militar Lusobrasileira, solidamente construídos e estrategicamente localizados ainda fazem parte de nossa paisagem como bastiões de nossas fronteiras marítimas e terrestres. Naqueles tempos ser Engenheiro pressupunha ser, obrigatoriamente, Oficial do Exército, já que o ensino regular de Engenharia estava ligado à vertente militar. Em 1792, foi criada a Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, uma das primeiras escolas de Engenharia do mundo, embrião do Instituto Militar de Engenharia (IME) e da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Na Real Academia é que se começou a estender o acesso de civis aos conhecimentos técnicos de Engenharia resultando, em 1874, na separação do ensino civil do militar, só então surgindo a Engenharia Civil. Na primeira metade do século XX, o Brasil experimentou acelerado processo de desenvolvimento que concorreu para a implantação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN); o primeiro curso de Engenharia Aeronáutica do País, a construção do Tronco Principal Sul (TPS) e nas décadas seguintes se implantou um dos mais modernos Sistemas de Telecomunicações do mundo com o concurso efetivo e fundamental dos engenheiros egressos do IME. O IME foi pioneiro, ainda, nos cursos de Energia Nuclear e da Computação. Os governos militares, numa visão estratégica voltada para o futuro, dedicaram uma atenção, muito especial, à integração da Amazônia, transferindo para aqueles longínquos rincões o grosso da Engenharia de Construção. Rodovias foram projetadas e implantadas com determinação e heroísmo pelos soldados engenheiros. Nos dias de hoje, como nos de ontem, a Engenharia Militar responde com oportunidade e alta qualidade aos desafios que se lhe são propostos para atender aos reclames do desenvolvimento nacional. Aqueles que condenam o emprego da Engenharia Militar Brasileira em obras viárias ignoram sua história e sua missão que é, em tempo de paz, colaborar com o desenvolvimento Nacional, construindo estradas de rodagem, ferrovias, pontes, açudes, barragens, poços artesianos e inúmeras outras obras que se fizerem necessárias. A Engenharia Militar é empregada, no Brasil, em obras de infraestrutura desde a vinda do imperador Dom João VI, no início do século XIX. Atuando, mormente, em regiões distantes e inóspitas, onde a iniciativa privada não considera o empreendimento economicamente viável. A Lei Complementar n° 97, de 09 de junho de 1999, regulamenta a cooperação das Forças Armadas com o desenvolvimento nacional e defesa civil.
“II - cooperar com órgãos públicos federais, estaduais e municipais e, excepcionalmente, com empresas privadas, na execução de obras e serviços de engenharia, sendo os recursos advindos do órgão solicitante;”
Em 06 de janeiro de 2003, o então Ministro da Defesa, José Viegas Filho, firmou com o Ministério dos Transportes um acordo para o Exército construir, recuperar e duplicar rodovias federais, além de fiscalizar as obras executadas por empreiteiras privadas. Essas atividades além de serem vitais para o desenvolvimento nacional são, também, fundamentais para o adestramento dos militares de Engenharia do Exército Brasileiro.
- PAC do Exército
Por Guilherme Queiroz - ISTO É DINHEIRO, nº: 669 - 30 julho 2010
“A corporação se transforma na maior construtora do País ao deslocar 11 mil militares para tocar 80 obras, num valor de R$ 2 bilhões”.
“Uma sofisticada pavimentadora de concreto trabalha na restauração da BR-101, na divisa entre a Paraíba e Pernambuco. Importada da Alemanha por R$ 4 milhões, chama a atenção pela lataria camuflada. Ela pertence ao Exército, a ‘construtora’ encarregada da obra e, nos últimos anos, um dos mais importantes braços executores do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O governo tem delegado à farda verde-oliva uma parcela expressiva das obras federais, num portfólio que se destaca não só pelo valor, mas por sua relevância para a infraestrutura nacional. São canteiros distribuídos em rodovias, portos e aeroportos, com orçamento superior a R$ 2 bilhões. Muitas não saíam do papel, em grande parte, devido a irregularidades constatadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Para evitar atrasos, o Exército emprega todos os 11 mil homens de sua Diretoria de Obras e Construção em cerca de 80 projetos. ‘O Exército é hoje a maior empreiteira do País’, reclama João Alberto Ribeiro, presidente da Associação Nacional das Empresas de Obras Rodoviárias. A bronca é natural. Poucas construtoras no País têm hoje uma carteira de projetos como a executada – sem licitação – pelos Batalhões do Exército. No PAC, há 2.989 quilômetros de rodovias federais sob reparos, em construção ou restauração, com gastos previstos em R$ 2 bilhões. Destes, 745 quilômetros – ou R$ 1,8 bilhão – estão a cargo da corporação. Isso equivale a 16% do orçamento do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes neste ano. Os militares refutam as críticas de concorrência desleal. ‘Não estamos aqui para competir com a iniciativa privada. Apenas participamos do esforço do governo para diminuir as diferenças regionais e, ao mesmo tempo, ser instrumento do Estado para regular um mercado em conflito’, disse à DINHEIRO o General de Divisão Jorge Ernesto Pinto Fraxe, Diretor de Obras e Cooperação do Exército (DOC). A primeira missão nessa estratégia foi a reforma de três trechos da BR-101, principal rodovia costeira do País. É um bolo de R$1bilhão que as empreiteiras disputaram, mas não saborearam, por conta das sucessivas disputas judiciais. O governo repetiu a dose em estradas paralisadas havia anos sob acusação de irregularidades ou problemas ambientais. Casos da BR-163, conhecida como Cuiabá-Santarém e da BR-319, entre Porto Velho e Manaus, construída em 1974, mas que, abandonada pelas autoridades, foi absorvida pela Floresta Amazônica. ‘Faremos da BR-319 a primeira rodovia verde’, disse a DINHEIRO o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos. Para as empresas de transporte, a recuperação da deteriorada malha rodoviária brasileira é motivo de comemoração. (...) O esforço é maior nos aeroportos. A Infraero entregou aos militares as obras de restauração de uma das pistas de pouso e do pátio de aeronaves do Aeroporto Internacional de Guarulhos, avaliadas em R$ 43 milhões, depois de dois anos de paralisação por determinação do TCU. Suspensos por desvio de recursos, os projetos dos aeroportos de Vitória e Goiânia também podem ser concluídos pelo Exército. ‘A transferência era absolutamente indispensável para retomarmos o nosso cronograma operacional’, explica Jaime Parreira, diretor de obras da Infraero”.
- BR 163 (01/02 de fevereiro de 2011)
“É grande de cento e tantos palmos no comprimento; e todas as mais medidas de largura, e altura são proporcionadas segundo as regras da arte (...). Tem seu portal, corpo de Igreja, Capela-mor com seu arco; e de cada parte do arco uma grande pedra por modo de dois Altares colaterais, como hoje se costuma em muitas Igrejas; dentro do arco, e Capela-mor tem uma porta para um lado, para serventia da sacristia”. (Padre João Daniel)
Acompanhei, novamente, o Coronel Pastor na sua jornada e pernoitei em Rurópolis no Hotel Presidente Médici que contou na sua inauguração com a presença do próprio Presidente. O belo hotel que teve sua época áurea durante a construção da Transamazônica foi, há pouco mais de uma década, entregue aos ladrões e depredadores até que a Prefeitura de Rurópolis resolveu recuperá-lo. As instalações se encontravam em péssimas condições, portas, janelas e todo o mobiliário tinham sido roubados. A restauração, oportuna e necessária, do belo patrimônio foi mal feita e a antiga construção perdeu muito de seu antigo esplendor. As instalações são simples, mas confortáveis dispondo de ar-condicionado, TV e frigobar.
De manhã cedo, sendo guiados pelo Soldado Vianna (
flaviovianna20@hotmail.com), partimos de Rurópolis rumo ao km 77, da BR 230. A estrada apresenta perfeitas condições de tráfego e os motoristas abusavam da velocidade. Ao chegarmos ao km 77 avistamos uma pequena placa manuscrita, à direita, que anunciava “
Cavernas”, seguimos a placa e avistamos, em seguida, o senhor José Frederico Henn, desobstruindo um bueiro na estrada de acesso à sua propriedade. Conversamos com o Henn, um colono simpático e um dos pioneiros a chegar a estas plagas, em 18 de outubro de 1972, trazendo a esposa e dois filhos, vindo de Santa Cruz, RS. Henn confirmou a existência das cavernas e disse que havia doado a área à Prelazia de Itaituba que ali realizava seus encontros religiosos, mas que estávamos autorizados a entrar. A estrada permite acesso de veículos até as proximidades do Rio e a trilha que conduz às cavernas localizadas à direita das construções da Prelazia está coberta de brita fina para diminuir os riscos de tombos.
- Berço da Humanidade
Chegamos, sem maiores dificuldades, ao nosso objetivo cuja conformação lembrava a descrição do Padre João Daniel. Embora o conjunto esteja parcialmente coberto pela águas pode-se entrar, em qualquer época, no salão de jusante cuja altura inicial, de mais de quatro metros, vai diminuindo à medida que se progride no estreito e curvo corredor de aproximadamente doze metros de comprimento. Não pude explorar o complexo mais alto e mais profundo, de montante, tendo em vista que as águas, na altura do meu peito, bloqueavam o extenso túnel que como o outro aprestava uma suave curva para a direita. Eu estava emocionado, havíamos, finalmente, chegado ao “Berço da Humanidade” (4°09’32,8”S/55°25’W).
“Entre os mais Rios, e Ribeiras, que recolhe o Tapajós é um o Rio Cuparis, a pouca mais distância de três dias, e meio de viagem da banda de Leste no alegre sítio chamado Santa Cruz”. (Padre João Daniel)
Gostaria de explorar o túnel maior, no verão, onde, segundo Henn, já tinham encontrado um pequeno jacaré e uma paca no seu interior, infelizmente minhas atividades escolares não me permitiam. Henn informou também que ninguém tinha conseguido encontrar o fim do referido túnel. A calha do Tapajós é rica em cavernas, mas essa em especial despertara meu interesse graças ao relato de João Daniel do século XVIII e a dificuldade de se determinar sua localização tendo em vista as vagas referencias disponíveis.
- Lendas da Origem da Humanidade
São inúmeras lendas indígenas que tratam da questão da origem do ser humano, seja brotando de buracos, expelidos pela Cobra-Grande, feridas de trovão, frutas lançadas n’água, Canoas gigantescas, enfim uma infinidade delas, essa em especial mereceu nossa especial atenção por se ratar de um relato do afamado cronista João Daniel e por se encontrar nas proximidades de Santarém nosso destino final nesta terceira fase do Projeto Desafiando o Rio-mar.
“Com a pluma branca que pendia de uma amêndoa, fez uma corda de algodão. Amarrou uma ponta em uma árvore e meteu a outra extremidade para o fundo da terra, através de um buraco de tatu. Horas depois, começou a subir gente pela corda. Eram homens e mulheres. Gente feia e bonita. Uns, mais inteligentes e pacíficos, proclamavam-se da raça Munduruku, uma espécie de casta”. (Altino Berthier Brasil)
“O Criador, em épocas imemoriais, subiu o Rio Uaupés, transformado em Cobra Grande. O ofídio comeu todos os peixes que encontrou. Quando chegou a cachoeira de Ipanoré, não podendo transpor o obstáculo, devido ao peso de seu ventre, abriu a boca, e deixou saírem os peixes. Estes se transformaram em índios de diferentes raças: Tucanos, Cubéuas, Desanas, Arapaçus, Pira-tapuias, Uananas, Cubevanas, Mirit-tapuias, etc”. (Altino Berthier Brasil)
“Um dia, contam, trovão estrondou tão forte que um pedaço quebrou dele, esse pedaço foi tocar no céu, fez ferida nele, dessa ferida começou gotejar sangue mesmo em cima do trovão, aí secou. No outro dia o trovão estrondou de novo, esse sangue que estava em cima dele virou carne. No outro dia o trovão estrondou forte de todo, atirou em cima dele essa carne, essa carne foi cair no outro lado do mar, quando tocou em terra esmigalhou-se toda, cada pedaço levantou-se gente”. (Luís da Câmara Cascudo)
“Mebapame atirou dentro do rio um gorani. Este, caindo n'água, transformou-se em uma bela mulher, moça, alva e de cabelos tão compridos que chegavam ao chão. O gesto de Mebapame foi imitado por Braburé, ao cair n'água o gorani transforma-se, também em uma formosa mulher, porém cega. (...) E dessa forma foram parar ao rio todos os goranis transnformando-se sempre em indivíduos perfeitos e bonitos os arremessados por Mebapeme e em defeituosos ou pretos os jogados por Braburé. Logo que nasciam, tantos os filhos deste, último como os daquele, saíam d'água. Mas, não se misturavam. Os de Mebapame iam para o seu lado, indo os de Braburé para onde estava este. (Carlos Estevão)
“Os Asurini afirmam que houve uma primeira criação do universo e depois um dilúvio, quando a terra acabou, ‘ficou mole’. Deste infortúnio, só sobreviveu um homem, abrigado no alto de uma árvore de bacabeira. Foi então que Mahira chamou a anta para que o animal endurecesse a superfície da terra. Mahira também tirou sua própria costela, transformando-a em uma mulher, o que permitiu que a população humana aumentasse”. (www.inteligentesite.com.br)
“Há muitíssimos anos, Deus subiu o Rio Negro e entrou no Uaupés, com uma grande ‘canoa’ cheia de peixes e aves. Quando chegou à ilha do Jacaré, que dista uns 150 quilômetros da foz, encostou a canoa a uma grande pedra, onde ainda se lhe vê a marca. Depois, tirou os peixes que levava e, com o seu poder, transformou-os em homens, e assim apareceram os Uaicanas ou Piratapuias (Índios de peixes). Depois apanhou as aves e fez os Tucanos ou Dakceia, os Arapaços ou Cone (Picapaus) e os Dessanos ou Uiina (Filhos do Trovão)”. (Padre Antônio Giacone)
- Conclusão
Ainda continuaremos reportando notícias da região mesmo depois de regressarmos a Porto Alegre tendo em vista estarmos, com muito critério, processando a infinidade de informações colhidas ao longo do Rio Amazonas. Quero, porém, deixar aqui registrado meu agradecimento a cada um dos anônimos colaboradores que financiaram nosso Projeto Aventura cuja ajuda permitiu, além das despesas essenciais ao cumprimento da missão, que adquiríssemos livros raros e de autores locais, amostras de Cestaria e Cerâmica Tapajoara e outros itens importantes para pesquisa e apresentação em nossas palestras e exposições. Por dever de justiça, não posso deixar de mencionar, novamente, meu agradecimento ao meu dileto amigo General Lauro Luiz Pires da Silva (Comandante do 2° Grupamento de Engenharia), ao meu ex-Cadete e amigo Coronel Aguinaldo da Silva Ribeiro (Comandante do 8° Batalhão de Engenharia de Construção) e ao leal e competente Grupo Fluvial do Barco Piquiatuba na figura do Sargento Aroldo Sérgio Barroso e Soldados Mário Elder Guimarães Marinho, Walter Vieira Lopes, Edielson Rebelo Figueiredo e Marçal Washington Barbosa Santos.
Solicito Publicação
Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva
Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA)
Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS)
Acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB)
Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS)
Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional
E–mail: hiramrs@terra.com.br
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Segunda-feira, 07.02.11
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Segunda-feira, 07.02.11
Desafiando o Rio-mar – Tropa de Elite
Hiram Reis e Silva, Parintins, AM, 08 de janeiro de 2011.
- Tripulação do Piquiatuba
Graças ao Coronel de Engenharia Aguinaldo da Silva Ribeiro, meu ex-cadete e parceiro de trabalho no 9º Batalhão de Engenharia de Combate sediado em Aquidauana, MS, atual comandante do 8º Batalhão de Engenharia de Construção, Santarém, Pará, estou desfrutando do apoio da zelosa tripulação do B/M Piquiatuba, formada pelos soldados Mário Elder Guimarães Marinho (Comandante do B/M), Walter Vieira Lopes (Sub-comandante do B/M), Edielson Rebelo Figueiredo (Chefe da Casa de Máquinas) e Marçal Washington Barbosa Santos (cozinheiro) nosso bom Gourmet. Para quem, como eu, já desceu o Rio Solimões de caiaque, sem qualquer tipo de apoio, é fácil perceber a importância desses verdadeiros guardiões que não me perdem de vista um segundo qualquer. Graças a um equipamento de rádio doado ao projeto pelo meu amigo Wanrley dos Anjos Perazzo o contato verbal tem sido feito sem a necessidade de aportar ou de me aproximar da embarcação de apoio. A par da competência de cada um dos tripulantes, cabe ressaltar o respeito e o carinho deles para comigo e acredito, piamente, que mais que uma missão de apoio eles assumiram o papel de meus verdadeiros anjos da guarda.
- Emoção Sexagenária
O Comandante do Batalhão da Polícia Militar de Parintins, Major Túlio Sávio Pinto Freitas veio me visitar a bordo e colocar-se à disposição. O Túlio é uma criatura comunicativa, cujo sotaque e o comportamento lembram um típico gaúcho. Graças a ele conseguimos, gratuitamente, nos acomodar no Hotel Avenida, na Avenida Amazonas, de propriedade do senhor Mário Flávio Andrade de Souza. Depois de percorrermos a cidade de chimarrão em punho o Túlio foi à missa e eu fui buscar os apetrechos necessários no Piquiatuba para o pernoite no Hotel. A equipe de apoio tinha preparado uma comemoração ao meu natalício, recebi de presente o belo livreto “Entoada” que traz no seu bojo as letras e as músicas deste mago da poesia chamado Tadeu Garcia. Eu já estava bastante emocionado e tentava voltar, imediatamente, para meu refúgio emocional, mas o pessoal de bordo me preparou mais uma peça e quando desci para o convés inferior a mesa de aniversário estava posta com velinhas e tudo. Depois dos parabéns uma surpresa que absolutamente não esperava, a tripulação me presenteou com uma miniatura personalizada do Piquiatuba. Guardarei com muito carinho esta recordação que representa não apenas mais uma Fase do Projeto Rio-mar, mas, sobretudo, materializa a conduta irrepreensível desta “Tropa de Elite” do 8º Batalhão de Engenharia de Construção.
Solicito Publicação
Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva
Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA)
Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS)
Acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB)
Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS)
Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional
E–mail: hiramrs@terra.com.br
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Segunda-feira, 07.02.11
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Segunda-feira, 07.02.11
Desafiando o Rio-mar – Morada dos Deuses
Hiram Reis e Silva, Óbidos, PA, 19 de janeiro de 2011.
“Alenquer, Vila considerável, abastada e bem situada sobre o desaguadouro central do Lago Surubiú, quatro léguas longe do Amazonas, e treze ao Norte de Santarém. É terra infestada do mosquito carapanã: a sua matriz demanda a Santo Antônio. Seus habitantes cultivam mandioca, milho, arroz, tabaco, e ótimo cacau, sua principal riqueza. A carne de gado, que se cria no seu contorno, é deliciosa”.
(Manuel Aires de Casal - 1817)
- Partida para Alenquer (19/20 de janeiro de 2011)
Na noite anterior eu e o Teixeira participamos de uma ágape oferecida pelos gentis irmãos da Loja Força e Harmonia nº 19 do Oriente de Óbidos. Recolhemo-nos cedo, tendo em vista que a jornada fluvial começaria muito cedo. Partimos às 5h30, do dia dezenove, como ainda estava muito escuro liguei, por segurança, minha lanterna e parti, colado na margem esquerda, imprimindo um ritmo forte, rumo ao Paraná Mirim de Óbidos. Depois de remar 20 quilômetros, durante duas horas, avistei meu primeiro ponto de referência: a ponta Oeste da Ilha do Meio. Continuei remando próximo à margem direita e adentrei pelo Paraná do Piaba mantendo a média dos 11km/h. Cheguei ao destino programado, a 46 km de Óbidos, por volta das 10h20 e decidi continuar remando para encurtar a jornada do dia seguinte prevista para 56km. Chamei a equipe de apoio pelo rádio e informei minha decisão de continuar remando até o meio-dia quando escolheríamos um local adequado para aportar o Piquiatuba. As águas calmas e espelhadas, a brisa suave e fresca e a chuva fina e refrescante anunciavam que nossa estada na Morada dos Deuses seria bastante promissora. Por volta das 11h40min estacionei satisfeito, sem dores musculares e grande cansaço, concluindo um trajeto de 61 quilômetros, na Comunidade Centro Comercial. Fizemos, na oportunidade, uma pequena doação de gêneros aos ribeirinhos.
Partimos às 5h30, do dia vinte, rumo a Alenquer. O trajeto era curto, de aproximadamente 40 km e decidi remar sem paradas somente ingerindo água e alimentos em curtas paradas sem aportar. A chegada, em Alenquer, às dez horas da manhã teve apoio da mídia local e uma recepção sem precedentes pelos irmãos maçons da Loja Fraternidade Alenquerense capitaneados pelo Venerável Emanoel Lopes Bentes e do Presidente da Câmara de Vereadores e Prefeito Interino.
- Visita à Morada dos Deuses (21 de janeiro de 2011)
Conforme acordado no dia anterior foi colocado um micro-ônibus à nossa disposição a partir das oito horas para visitar a Morada dos Deuses, mas a chuva que havia caído à noite inteira e até o momento da partida não dera trégua obrigou-nos a transferir a saída para as treze horas. Acompanhados pelo filho do dono da propriedade, o Irmão Maçom Márcio Monteiro, finalmente chegamos à Morada dos Deuses, o nome não poderia ser mais adequado. As magníficas formações de arenito impressionam pela diversidade de formas impregnando o local de profunda energia telúrica e forte apelo místico convidando à meditação e a contemplação das belas obras de arte moldadas, pessoalmente, pelas mãos do Grande Arquiteto do Universo. Grandes monólitos de pedra quadrangulares dispostos horizontalmente um ao lado do outro lembram túmulos de antigos deuses. A explicação de alguns especialistas para as curiosas esculturas naturais seria a de que a região fora antes um rio caudaloso que paciente e esmeradamente esculpira as curiosas formações. Continuo afirmando que mesmo que essa explicação seja a verdadeira, o fato é que as águas nada mais foram do que um fluído pincel nas mãos do Criador.
- Reflexões na Rota Alenquer
As longas e solitárias marchas fluviais nos remetem à meditação. A distância e a falta de comunicação nos afastam, por vezes, da realidade e do dia-a-dia daqueles que nos são mais caros. Somente ontem fiquei sabendo do falecimento de minha querida prima Jussara Pacheco de Campos, no sábado passado, vítima de um cruel e mortal câncer que a acompanhava há anos. Desde o início ela lutou corajosamente sem demonstrar, jamais, qualquer temor em relação ao mal que a acometia. Envio meus sinceros sentimentos aos sobrinhos Fernanda e Diogo e a todos familiares bem como minhas desculpas em não poder comparecer ao féretro.
Recebi, recentemente, a correspondência indignada de um caro amigo canoísta denunciando que participou de uma fraude patrocinada por uma equipe de TV e pseudo desportistas. A proposta “I Expedição de Caiaque Manaus-Belém”, em parceria com as Federações Amazonense e Paraense de canoagem tinha como objetivo, além da descida de caiaque de Manaus a Belém, levar educação ambiental e social aos moradores das comunidades ribeirinhas. Infelizmente, a famigerada trupe forjava a suposta descida do Amazonas emperiquitada no barco de apoio e só colocavam os caiaques n’água quando estavam a pouca distância das comunidades e embarcavam tão logo passavam por elas. Tal fato foi confirmado por diversos ribeirinhos que encontramos ao longo do caminho. Meu amigo, um verdadeiro desportista, ficou indignado com o procedimento anti-esportivo e anti-ético e abandonou os farsantes em Santarém. Reproduzo, textualmente, seu e-mail: “No final de abril/início de maio, ‘embarcado’ na ‘canoa furada’ do Evaldo Malato, fizemos Manaus/Santarém. No início a programação foi seguida à risca, depois disso a equipe de TV da Amazon Sat deslumbrou o Malato e passamos, todos, a ser figurantes da programação de TV e de um documentário ‘mentiroso’. Remar? Última forma! Navegar no barco de apoio e desembarcar 15 minutos antes de chegar às povoações, assim simulando remadas de 100 km”.
Essa mentira patrocinada pela mídia local fez-me recordar o da jornalista presa no Paraná por envolvimento com traficantes e que obtinha informações privilegiadas sobre o local onde seriam encontradas as vítimas da quadrilha. A jornalista Maritania Forlin da Rede Independência de Comunicação (RIC), da Rede Record no Paraná, ao ser presa negou qualquer tipo de participação no tráfico e que apenas mantinha relacionamento amoroso com Gilmar Tenório Cavalcanti, chefe do bando, também preso. As gravações de áudio feitas pelos investigadores comprovam o envolvimento de Maritania. A mentalidade vigente de que os fins justificam os meios parece estar cada vez mais presente no comportamento das pessoas. A humanidade parece estar esquecendo de que o mais importante não é se chegar ao topo, mas sim como se chegou lá.
- Partida para Santarém (21/22 de janeiro de 2011)
Chegamos por volta das dezessete horas da Morada dos Deuses, imediatamente troquei de roupa e embarquei no caiaque para remar até o escurecer já que a distância de Santarém era muito longa para ser vencida em apenas uma jornada (aproximadamente 85 quilômetros). Percorri aproximadamente 15 quilômetros antes do anoitecer e aportamos em um local infestado de carapanãs para pernoitar. Programei a saída para às cinco horas, mas como acordei mais cedo, preocupado com a jornada que se aproximava, acabei partindo por volta das 4h35. Era um trecho diferente do programado, os atalhos pelas lagoas infestadas de canaranas impediriam minha progressão e tive de adotar o trajeto normal das embarcações. Sem referência alguma eu naveguei na esteira do Piquiatuba não tendo noção das distâncias a serem enfrentadas. Partimos, inicialmente, rumo Leste afastando-nos cada vez mais de nosso objetivo até que, finalmente, rumamos para o sul até encontrar o braço norte do Amazonas que depois de uma grande curva voltada para o sudoeste apontou diretamente para Santarém. Somente a aproximadamente 30 quilômetros de distância, quando as nuvens se dissiparam é que pude avistar a Serra de Piquiatuba. O efeito foi instantâneo ganhei novo ânimo e imprimi um ritmo mais forte já que agora tinha a noção exata do meu destino. Eu tinha avisado ao Coronel Aguinaldo da Silva Ribeiro, comandante do 8º Batalhão de Engenharia de Construção (8º BECnst), que nossa chegada seria por volta das quinze horas, mas, como tinha navegado à noite, pedi ao Sargento Barroso para comunicar que chegaríamos mais cedo, por volta das 13 horas.
Próximo a Santarém, aportamos para aguardar que os repórteres, oficiais e familiares do Batalhão embarcassem na Rondon (embarcação do 8º BECnst) e se deslocassem para acompanhar nossa chegada. Aproveitei para tomar um banho, colocar a camiseta do Grupo Fluvial do 8º BECnst; avisados de que a Rondon estava a caminho reiniciamos a navegação. Foi uma recepção apoteótica, além de meu amigo Aguinaldo e seus oficiais, havia repórteres da Globo, Bandeirantes e Record aguardando-nos para a entrevista. No Batalhão fomos brindados com diversos “mimos” e um especial que muito me emocionou, uma placa com o brasão do 8º BECnst e miniaturas de um trator e de um caiaque.
Comentei com o Aguinaldo meu desejo de visitar o Tapajós e vizinhanças ao que ele de pronto autorizou. Quero deixar, mais uma vez, registrado meu agradecimento ao meu ex-cadete 44 Aguinaldo e a seus subordinados pelo apoio fundamental para que a 3ª Fase da jornada do Desafiando o Rio-mar fosse coroada de pleno êxito e com muito conforto e segurança.
Solicito Publicação
Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva
Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA)
Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS)
Acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB)
Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS)
Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional
E–mail: hiramrs@terra.com.br
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Segunda-feira, 07.02.11
BULE VOADOR
Dois assuntos nos chamaram a atenção na semana que passou, o primeiro que consideramos de gravíssima repercussão, pois vai de encontro o que a Constituição Federal estabelece como crença religiosa e o segundo no tocante a matéria de capa da revista “Isto É”, de nº. 2151/ano 35/de 02 de fevereiro de 201, “O Novo Astro da Fé”. A liberdade de religião e de opinião é considerada por muitos como um direito humano fundamental. A liberdade de religião inclui ainda a liberdade de não seguir qualquer religião, ou mesmo de não ter opinião sobre a existência ou não de Deus (agnosticismo e ateísmo). A Declaração Universal dos direitos Humanos adotada pelos 58 estados membros conjunto das Nações Unidas em10 de dezembro de 1948, no Palais de Chaillot em Paris (França), definia a liberdade de religião e de opinião no seu artigo 18: Todo o homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observâcia, isolada ou coletivamente, em público ou em particular.
A liberdade de religião, enquanto conceito legal, ainda que esteja relacionada com a tolerância religiosa, não é idêntica a esta - baseando-se essencialmente na separação da Igreja do Estado, ou laicismo , sendo a laicidade (laïcité, no original), o estado secular que se pretende alcançar. O sr. Alex Rodrigues no site: “(http://bulevoador.haaan.com/2010/07/27/espiritismo-e-racista-sim/) faz acusações levianas ao Espiritismo e outras crenças cristãs, e chega a se egolatrizar ao nominar a Doutrina Espírita de racista. Como poderia uma doutrina filosófica, cientifica e religiosa ser racista se existem em sua psicosfera grande número de negros que seguem a doutrinação de Kardec. Um aparato com base científica - bastante discutido e estudado teve início nos Estados Unidos da América do Norte culminando com estudos e conclusões seríssimas no berço da civilização, França. Queremos ressaltar que Kardec não criou nada, pois os ensinamentos que estão inseridos no Livro dos Espíritos foram repassados por entidades espirituais superiores. Hippolyte Léon Denizard Rivail (Lyon, 3 de outubro de 1804 – Paris, 31 de março de 186) foi educador, escritor e tradutor francês, discípulo de Pestalozzi e seus livros ainda são adotados nas universidades da França.
Respeitamos a condição do Sr. Alex Rodrigues (ateísta), mas condenamos que saia por aí condenando a crença de outros seres humanos mortais como ele. Um vídeo colocado no youtube onde o incrédulo senhor fala sobre pretensas distorções sobre o que ensina o Espiritismo não tem nenhum fundamento filosófico, religioso e científico. Historicamente, a liberdade de religião tem sido usado para referir-se a tolerância de diferentes sistemas de crença teológicas, ao passo que a "liberdade de culto" foi definida como a liberdade de ação individual. Cada um destes elementos existiram em diferentes graus na história. Embora muitos países na Antiguidade, Idade Média e Moderna tenham aceitado alguma forma de liberdade religiosa, ela foi frequentemente limitada, na prática, através de uma tributação, uma legislação repressiva socialmente e a privação de direitos políticos. A insatisfação humana é antiga e o homem como ser imperfeito, criado simples e “ignorantes” veio habitar o orbe terreste com a finalidade de evolução. Essa tributação no Espiritismo não existe.
É notório que em todos os países do mundo a religião seja ela qual for está presente em grande número, mas o ateísmo se perde na imensidão de crentes, pois a condição dos que não acreditam em um ser superior é de um espírito intolerante, insignificante, atrasado e que veio ao mundo com uma missão infernizar a vida dos outros e ainda se acha no direito de criticar as crenças religiosas colocando-se de peito aberto como dono do mundo. Da forma que veio ao mundo todo nós viemos, inclusive Jesus Cristo, infelizmente ele não acredita. Kardec nascido numa antiga família de orientação católica com tradição na magistratura e na advocacia, desde cedo manifestou propensão para o estudo das ciências e da filosofia. Fez os seus estudos na Escola de Pestalozzi, no Castelo de Zahringenem em Yverdon-les-Bains, na Suíça (país protestante), tornando-se um dos seus mais distintos discípulos e ativo propagador de seu método, que tão grande influência teve na reforma do ensino na França e na Alemanha. Aos quatorzes anos de idade já ensinava aos seus colegas menos adiantados, criando cursos gratuitos para os mesmos.
Aos dezoito, bacharelou-se em Ciências e Letras. Concluídos os seus estudos, o jovem Rivail retornou ao seu país natal. Profundo conhecedor da língua alemã, traduzia para este idioma diferentes obras de educação e de moral, com destaque para as obras de François Fénelon, pelas quais manifestava particular atração. Conhecia a fundo os idiomas: francês, alemão, inglês e holandês, além de dominar perfeitamente os idiomas italiano e espanhol. Era membro de diversas sociedades, entre as quais da Academia Real de Arras, que, em concurso promovido em 1831, premiou-lhe uma memória com o tema "Qual o sistema de estudos mais de harmonia com as necessidades da época?" A6 de fevereiro desposou Amélie Gabrielle Boudet Em1824, retornou a Paris e publicou um plano para aperfeiçoamento do ensino público. Após o ano de 1834, passou a lecionar, publicando diversas obras sobre educação e tornou-se membro da Real Academia de Ciências Naturais.
Como pedagogo, o jovem Rivail dedicou-se à luta para uma maior democratização do ensino público. Entre1835 e 1840 manteve em sua residência, à Rua de Sèvres, cursos gratuitos de Química, Física, Anatomia comparada, Astronomia e outros. Nesse período, preocupado com a didática, criou um engenhoso método de ensinar a contar e um quadro mnemônico de História de França, visando facilitar ao estudante memorizar as datas dos acontecimentos de maior expressão e as descobertas de cada reinado do país. As matérias que lecionou como pedagogo: Química, Matemática, Astronomia, Física, Fisiologia, Retórica, Anatomia Comparada e Francês. Kardec não é um Zé ninguém qualquer que coloca na Rede Mundial de Computadores (Internet) uma série de videos falando de supostas conversas com espíritas e protestantes e colocando seu posicionamento de quem é neófito em Espiritismo e em religiões cristãs, talvez ele não saiba que o ateu (a + Teo) está à procura de Deus (Teo) e um dia ele se certificará que está errado. Senhor Alex Rodrigues além da sua disfemia o senhor mostra uma instabilidade nas conotações que fazes tentando convencer os neófitos em religião. Diz que Deus não existe e que Chico Xavier é uma farsa, a mensagem croprometida pelas baixas dele, e que o Espiritismo é uma mentira.
Lembre-se de que: a liberdade de culto religioso foi estabelecida no Império Máuria da Índia por Asoka, no século no século III A.C., que foi oficializado nos "Éditos de Ashoka”. NoImpério Romano e na Grécia devido ao grande sicretismo frequentemente comunidades eram autorizadas à possuir seus próprios costumes. Quando multidões nas ruas enfrentavam-se por questões religiosas, a questão era geralmente considerada uma violação dos direitos da comunidade. Algumas das exceções históricas foram as regiões onde religiões possuiam uma posição de poder: ojudaísmo, zoroastrismo, cristianismo e islamismo. Outros casos de repressão ocorreram quando a ordem estabelecida se sentiu ameaçada, como mostrado no julgamento de Sócrates, ou onde o governante foi deificado, como em Roma, e a recusa a oferecer sacrifício simbólico foi semelhante ao se recusar a prestar um juramento de fidelidade, sendo esta a razão da perseguição aos cristãos. A liberdade religiosa para os muçulmanos, judeus e pagãos foi declarada porMaomé no século VIId.C.
O Califado(Tempo durante o qual um califa governa. Dignidade ou jurisdição de califa. Território governado por califa islâmico garantia a liberdade religiosa, nas condições que as comunidades não-muçulmanas aceitassem certas restrições e pagassem alguns impostos especiais. O DIREITO DE RELIGIÃO NO BRASIL - Iso Chaitz Scherkerkewitz. Sumário: I - Da liberdade de religião. II - Da religião na Constituição Federal. III - Da necessária separação Igreja-Estado. IV - Do ensino religioso na rede pública de ensino. I - DA LIBERDADE DE RELIGIÃO: A Constituição Federal consagra como direito fundamental a liberdade de religião, prescrevendo que o Brasil é um país laico. Com essa afirmação queremos dizer que, consoante a vigente Constituição Federal, o Estado deve se preocupar em proporcionar a seus cidadãos um clima de perfeita compreensão religiosa, proscrevendo a intolerância e o fanatismo. Deve existir uma divisão muito acentuada entre o Estado e a Igreja (religiões em geral), não podendo existir nenhuma religião oficial, devendo, porém, o Estado prestar proteção e garantia ao livre exercício de todas as religiões.
É oportuno que se esclareça que a confessionalidade ou a falta de confessionalidade estatal não é um índice apto a medir o estado de liberdade dos cidadãos de um país. A realidade nos mostra que tanto é possível à existência de um Estado confessional com liberdade religiosa plena (v.g., os Estados nórdicos europeus), como um Estado não confessional com clara hostilidade aos fatos religiosos, o que conduz a uma extrema precariedade da liberdade religiosa (como foi o caso da Segunda República Espanhola). O fato de ser um país secular, com separação quase que total entre Estado e Religião, não impede que tenhamos em nossa Constituição algumas referências ao modo como deve ser conduzido o Brasil no campo religioso. Tal fato se dá uma vez que a Constituinte reconheceu o caráter inegavelmente benéfico da existência de todas as religiões para a sociedade, seja em virtude da pregação para o fortalecimento da família, estipulação de princípios morais e éticos que acabam por aperfeiçoar os indivíduos, o estímulo à caridade, ou simplesmente pelas obras sociais benevolentes praticadas pelas próprias instituições.
Pode-se afirmar que, em face da nossa Constituição, é válido o ensinamento de Soriano de que o Estado tem o dever de proteger o pluralismo religioso dentro de seu território, criar as condições materiais para um bom exercício sem problemas dos atos religiosos das distintas religiões, velar pela pureza do princípio de igualdade religiosa, mas deve manter-se à margem do fato religioso, sem incorporá-lo em sua ideologia. Por outro lado, não existe nenhum empecilho constitucional à participação de membros religiosos no Governo ou na vida pública. O que não pode haver é uma relação de dependência ou de aliança com a entidade religiosa à qual a pessoa está vinculada. Salienta-se que tal fato não impede as relações diplomáticas com o Estado do Vaticano, "porque aí ocorre relação de direito internacional entre dois Estados soberanos, não de dependência ou de aliança, que não pode ser feita." A liberdade religiosa foi expressamente assegurada uma vez que esta liberdade faz parte do rol dos direitos fundamentais, sendo considerada por alguns juristas como uma liberdade primária.
Consoante Soriano, a liberdade religiosa é o princípio jurídico fundamental que regula as relações entre o Estado e a Igreja em consonância com o direito fundamental dos indivíduos e dos grupos a sustentar, defender e propagar suas crenças religiosas, sendo o restante dos princípios, direitos e liberdades, em matéria religiosa, apenas coadjuvantes e solidários do princípio básico da liberdade religiosa. Nas entrelinhas mostramos como é de suma importância para a humanidade às religiões que pregam o amor, o perdão, e a caridade como Jesus nos ensinou. Aconselho ao Sr. Alex Rodrigues não se induzir por supostos espíritas e citar casos como aconteceu ao João Hélio e Izabella Nardoni fazendo suposições errôneas inserindo respostas dadas a questionamentos seus por pretensos espíritas. O próprio Jesus e Kardec também afirmavam cuidado com mos falsos profetas. Senhor Alex Rodrigues continue com seu ateísmo, mas não venha macular a crença de seus irmãos humanos e queríamos dizer que jamais iriam aceitam seus conceitos em detrimentos a cientistas famosos que relaciono aqui: Aksákow, Alexander Nikolajewitsch (1832-1903) Barret, William Fletcher (1845-1926) Bozzano, Ernesto (1862-1943) Crawford, William Jackson (? -1920) Crookes, William (1832-1919) de Rochas, Eugène Auguste Albert (1837-1914) Delanne, Gabriel (1857-1926) Dessoir, Prof. Max (1867-1947) Du Prel, Carl Freiherr (1839-1899) Fechner, Gustav Theodor (1801-1887) Flammarion, Nicolas Camille (1842-1925) Geley, Gustave (1868-1924) Kardec, Allan (1804-1869) - (Hippolyte Léon Denizard Rivail) Lodge, Oliver (1851-1940) Lombroso, Cesare (1836-1909) Maxwell, Joseph (1858-1915) Myers, Frederic William Henry (1843-1901) Ochorowicz, Julian (1850-1917). As conotações que fazes em vídeo no youtube dizendo que Francisco de Paula Cândido Xavier é farsa vai se tornar caso de polícia. Espere e verás, pois não tens essa autoridade toda para denegrir a imagem de ninguém independente de credo ou classe social. Não temos culpa do senhor não ter credo, mas estás agindo pelo livre-arbítrio que lhe foi dado pelo Pai Maior Deus. Sobre a matéria da revista “Isto é” vamos nos posicionar em outra matéria. Pense nisso!
ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI- DA ALOMERCE- DA AOUVIRCE-DA UBT- DA ACE- DA AVESP E JORNALISTA PROFISSIONAL.
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Segunda-feira, 07.02.11
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Segunda-feira, 07.02.11
ABAÇAÍ
A palavra acima epigrafada tem origem tupi que corresponde na mitologia indígena (tupi), espírito maligno que perseguia os índios, enloquecendo-os. Pedro Álvares Cabral quando aportou no Brasil, dizem que por acaso, em virtude da viagem ter sido planejada para as índias, encontrou seres totalmente estranhos para a expedição cabralina. Índio um nome meio pejorativo, pois mesmo os que nascem na índia não recebem essa nominação, mas os portugueses colocaram essa nomenclatura nos silvícolas brasileiros. A Índia é muito provavelmente o berço intelectual da Humanidade. Essa terra sagrada não é somente a mãe dos povos e das civilizações, é também o foco, a diretriz do principal primórdio da maioria das inspirações religiosas. A Índia é, com efeito, a fonte donde deriva em grande parte a ideia religiosa dominante da vossa fé. Os mitos que ocultam as simples verdades reveladas são originários da Índia; as lendas messiânicas datam dos primeiros; os homens imaginaram sempre que um salvador viria libertar a sua raça. A primitiva história religiosa da índia logicamente indica o crescimento espiritual do homem.
A Índia foi a matriz de todas as filosofias e religiões da Humanidade, inclusive do materialismo, que lá nasceu na escola charvacas. A palavra Charvacas ou Charvakas era um grupo de filósofos da Índia por volta de 600 antes de cristo; que acreditavam que não havia nenhuma alma e que a morte era o fim de toda a existência. Acreditavam na vida como meio de entretenimento na forma corporal que deveria ser o principal objetivo de vida. Qualquer coisa além dos sentidos era considerada falsa e que tudo o que sentia não era uma mera ilusão. Materialistas; acreditavam apenas na matéria como sendo a única coisa perceptível pelos sentidos; portanto o que estava no âmbito metafísico descrito pelos tradicionais gurus e filósofos espiritualistas da Índia estava descartado; o que realmente importava para a vida era a matéria real. Eles acreditavam que se deve buscar a felicidade neste mundo material e experimentar o prazer físico, tanto quanto possível; “Pensamento semelhante ao hedonismo deturpado dos dias atuais”. Eles também acreditavam se afastar de qualquer crença religiosa e de ilusões. A única fonte de conhecimento era o que nossos sentidos poderiam perceber. Além do mundo material, não há nada; nenhum Deus ou a alma existe.
Em conclusão, os Charvakas acreditavam que a vida humana começa e termina neste mundo. O hedonismo deriva do grego hedoné, prazar, +-ismo, refere-se a doutrina que o prazer individual e imediato é o único bem possível, princípio e fim da vida moral. No ramo da filosofia refere-se a doutrina moral do cirenaísmo ( habitante de Ciráco). O espírito malígno recebe outras nomenclaturas como: Espírito malígno, satanás, diabo que designam figuradamente, de modo emblemático, os Espíritos maus, Espíritos de erro e mentira, Espíritos inferiores, impuros, levianos ou perversos. Abaçai entididade espiritual de escala muito baixa que estava presente no écran dos sílvicolas ou indigenas. Os abaçais podem receber também a denominação de trasgos que se definem como entidades com aparição fantástica; diabrete, duende, e pessoas consideradas traquinas. A espiritualidade é de suma importância para o ser hominal.
É a qualidade ou caráter de espiritual cuja relação está ligada a doutrina acerca do progresso metódico na vida espiritual. O duende é uma entidade espiritual fantástica ou espírito sobrenatural que se acreditava aparecer de noite nas casas, fazendo travessuras. O travesso é aquele que tem comportamento turbulento, irrequieto, buliçoso, traquina(s), treloso. Astucioso, malicioso, manhoso, treloso. Engraçado, espirituoso. O Espírito no sentido especial da Doutrina Espírita, os Espíritos são os seres inteligentes da criação, que povoam o Universo, fora do mundo material, e constituem o mundo invisivel. Não são seres oriundos de uma criação especia, porém, as almas dos que viveram na Terra, ou nas outras esferas, e que deixaram o invólucro corporal.
Há no homem um princípio inteligente a que se chama Alma ou Espírito, independente da matéria, e que lhe dá o senso moral e a faculdade de pensar. A alama ou Espírito, princípio inteligente em que residem o pensamente, a vontade e o senso moral, sendo assim os espíritos desencarnados também são dotados de livre-arbítrio. Os Espíritos são a individualização do principio inteligente, como os corpos são a individualização do princípio material. A época e o modo por que essa formação se operou mé que são desconhecidos. O Espírito está ligada a mediunidade. A mediunidade é um arado divino que o óxido da preguiça enferruja e destrói. Um assunto muito importante para o ser humano, mas infelizmente muita gente não tem levado a sério um assunto de tanta relevância. A mediunidade é inerente ao homem e não está ligada ou direcionada a nenhuma religião. Para deixar mais claro o tema em discussão o nome abaçai (segundo Teodoro Sampaio, do tupi a'wa-sa'i; "homem que espreita, persegue") é um gênio maléfico, de proporções gigantescas, que, na mitologia tupi, perseguia os indígenas e os tornava possessos.
Em outra definição, também na mesma mitologia, é um espírito que habita as florestas e convida a dançar, cantar e fazer festa habitava os ermos das florestas e que possuía o indígena que se apartava de seu grupo, deixando-o em transe arrebatado, fora de si. Um espírito que a ótica dos europeus e da evangelização tentou transformar em "gênio maléfico", desconsiderando a necessidade de evasão tão presente na cultura de todo o mundo. Dizem que a atriz Xuxa Menegel está muito ligada aos Duendes que estão na escala ou na família dos espíritos Abaçaís. Os índios desde os primórdios adoraram seu deuses e eles eram o Sol e a Lua. Hoje como o índio praticamente perdeu sua identidade e com a interferência dos religiosos católicos que participaram da evangelização no passado, interferiram na crença de nossos antepassados. Para encerrarmos queremos dizer que a paz virá ao teu encontro e residirá contigo sempre que te mantenhas na consciência tranquila, sobre os alicerces do teu próprio dever retamente cumprido. Um dia quando todos os hominais tiveram uma visão correta do valor da vida e da espiritualidade, quando o bem domine o mal, esses espíritos perturbadores não perturbarão mais os seres viventes. Pense nisso!
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI-MEMBRO DA ALOMERCE-DA UBT- DA AOUVIR/CE-DA ACE E DA AVSPE
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Segunda-feira, 07.02.11
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Segunda-feira, 07.02.11
Desafiando o Rio-mar – Belterra
Mirando o Futuro sem olvidar o Passado
Hiram Reis e Silva, Santarém, PA, 05 de fevereiro de 2011.
“Weir ensinou o pessoal a fazer enxertos da forma correta. Mas o verdadeiro problema, disse o patologista, era que a Fordlândia não tinha espécimes seguros de onde tirar enxertos. Assim Edsel concordou com o pedido de Weir de viajar ao sudeste da Ásia, para Sumatra e Malásia, a fim de encontrar espécimes garantidos. Weir partiu, em junho de 1933, e obteve rapidamente 2.046 troncos enxertados de uma seleção garantida de árvores de alto rendimento. Embalados em serragem esterilizada, eles deixaram Cingapura no fim de dezembro, cruzaram o oceano Índico, passaram pelo Canal de Suez no início de 1934, atravessaram o Mediterrâneo e o Atlântico e subiram o Amazonas”. (Greg Grandin).”
- Belterra
Somente em 1932, depois do fracasso da baixa produtividade em Fordlândia, a companhia decidiu contratar um especialista no cultivo de borracha, o botânico James R. Weir, que havia trabalhado na American Rubber Mission. James reportou em seu relatório inicial uma série de omissões em aspectos elementares de gestão agrícola, e sugeriu como medida de urgência a importação do Sudeste Asiático, de clones de alta produtividade garantida e sugeriu a troca da área de Fordlândia por uma nova área, de 281 mil hectares a 48 quilômetros de Santarém, que além de permitir a navegação regular de navios de grande calado durante todo o ano, o terreno era melhor drenado, mais ventilado e menos úmido – condições menos favoráveis à propagação do “Mal-das-folhas”. A localização parecia perfeita e Ford denominou o local de “Bela Terra”, mais tarde conhecido como “Belterra”. Belterra era uma “cidade americana no coração da Amazônia”, com hospitais, escolas e casas de madeira, no estilo americano. Ford havia aprendido com Fordlândia e, agora, mesmo a Vila Americana onde residiam os altos funcionários foi construída de madeira, as construções faraônicas que no projeto anterior abrigaram o refeitório, a casa de força e fábrica, foram substituídas por instalações bem mais modestas. A massa de operários que lá era recrutada dentre os ribeirinhos não afeitos à rigidez do regime do trabalho e à disciplina impostos pelos capatazes de Ford foi suprida, em grande parte, por trabalhadores braçais oriundos do sertão nordestino, que fugiam da Grande Seca de 1929. Seis anos depois de ter implantado a Fordlândia, a Companhia Ford tentava, novamente, produzir borracha na Amazônia Brasileira.
Em 1934, chegaram os 53 clones selecionados por Weir, mas apesar da melhor localização, salubridade e seleção das mudas o seringal também foi atacado pelo “Mal das Folhas”. Mas graças à utilização de práticas de manejo, seleção de sementes, emprego de mudas mais resistentes, enxertia de copa e controle com fungicidas, permitiram que o seringal passasse a conviver com o Microcyclus. Belterra de 1938 a 1940 foi um dos maiores produtores de seringa do mundo. Com o final da 2ª Guerra Mundial, e a consequente importação da borracha do sudeste asiático, a grande incidência de doenças nos seringais e, principalmente, a descoberta da borracha sintética contribuíram para a decadência do projeto e a Companhia Ford “abandonou o sonho”.
A “cidade americana” foi transformada, então, em Estabelecimento Rural do Tapajós (ERT), sob a jurisdição do Ministério da Agricultura e, somente em 1997, conseguiu sua emancipação.
- Visita a Belterra (3 de fevereiro de 2011)
Agendamos uma visita a Belterra onde fomos gentilmente recebidos pelo senhor Valdemar Sanches da Silva, Chefe de Gabinete do Prefeito Geraldo Irineu Pastana de Oliveira. Valdemar discorreu, com entusiasmo, sobre a história e os projetos que estão em andamento na sua cidade. Diferente do descaso e da omissão verificada pelos políticos de Fordlândia a Prefeitura de Belterra partiu corajosamente na busca de parceiros para recuperar seu patrimônio e sua história. Acompanhados pelo Chefe de Gabinete passeamos pela cidade e conhecemos a oficina – que ainda utiliza máquinas da década de 30, do século passado, recuperadas pelos zelosos funcionários da Prefeitura. Conhecemos a Casa Um, a Vila Americana, a Vila Mensalista e a Vila Operária. Infelizmente poucas são as casas que mantém seus jardins bem cuidados como nos tempos áureos da borracha e, infelizmente, todas exibem cercas em seus terrenos que não existiam na época do Projeto de Ford. Curiosamente na gigantesca Caixa D’água de metal ainda existe o mesmo apito que tocava e ainda toca nas mesmas horas do longínquo pretérito em memória de um sonho americano que não vingou.
A Casa Um, localizada na estrada 02, tinha vista privilegiada para o Rio Tapajós. Possui ampla varanda, grande salão e várias dependências. Existem, ainda, no local, utensílios originais deixados pelos americanos. Esta casa foi projetada para servir de residência a Henry Ford quando ele visitasse Belterra, o que nunca aconteceu. A Vila Americana era residência dos funcionários do primeiro escalão da Companhia Ford. A Vila Mensalista era residência dos funcionários do segundo escalão da Companhia que recebiam seus pagamentos mensalmente, daí a origem do nome da Vila. As residências são menores que as da Vila Americana. A Vila Operária era restrita aos funcionários do terceiro escalão, formada por carpinteiros, mecânicos, motoristas e outros. Estes operários eram pagos quinzenalmente. As casas eram bem mais simples e não possuíam varandas. Passamos pelo Hospital, necrotério e encerramos nossa visita no Centro de Memória de Belterra.
- Visita ao Centro de Memória de Belterra
Encontramos no Centro de Memória o professor Osenildo Maranhão, agente de atendimento, filho de seringueiros da Companhia Ford que nos apresentou entusiasmado os projetos e o acervo do Centro. A instalação servia, antigamente, de residência para os médicos do “Hospital Henry Ford” e foi o primeiro prédio histórico restaurado pelo Projeto “Muiraquitan Brasil”, fruto da parceria com o Instituto Butantan e a OSCIP (Organização de Sociedade Civil de Interesse Público) Ama Brasil. O Centro localiza-se na Vila Americana nº 108, Bosque das Seringueiras.
“Pesquisadores do Butantan em conjunto com o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) trabalham de forma intensa na reconstrução do acervo histórico desta cidade e este Centro serve de apoio ao trabalho de pesquisa e possibilita o acesso as informações para os moradores e estudantes da região”.
(Otavio Azevedo Mercadante, diretor do Instituto Butantan)
O Centro, inaugurado em 01 de maio de 2010, tem a missão de incentivar e divulgar pesquisas sobre a história do Município através de projetos e ações educativas destinados à valorização do patrimônio e da memória local. Para atingir esse objetivo o Centro recolhe, cataloga, preserva e disponibiliza acervos históricos adquiridos para consulta pública. O Projeto é bastante amplo e pretende mudar, parcialmente, a face da cidade fazendo-a retornar ao seu antigo visual. É uma missão árdua que tem o Prefeito Pastana e seus colaboradores pela frente, mas que, certamente, se for concretizada, trará benefícios para todos seus moradores.
É um exemplo louvável e que deve ser imitado por administradores de todos os níveis de governo e em todas as regiões do país. Um país que não cultua o seu passado, que não valoriza suas origens, que não é capaz de aprender com os acertos e os erros pretéritos certamente não merece, nem será capaz de empreender uma marcha segura para o futuro.
Fontes: GRANDIM, Greg. Fordlândia: Ascensão e queda da cidade esquecida de Henry Ford na selva. Rio de
Solicito Publicação
Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva
Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA)
Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS)
Acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB)
Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS)
Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional
E–mail: hiramrs@terra.com.br
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Segunda-feira, 07.02.11
Guerra do Rio
Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 02 de dezembro de 2010.
- Origem da “guerra”
Os serviços de inteligência afirmam, categoricamente, que a violência no Rio de Janeiro foi em consequência de um impasse nas negociações entre políticos e policiais corruptos com os chefões da bandidagem. Os quadrilheiros quebraram o pacto de não-agressão porque se negaram a reajustar a tabela de propinas cobradas pelas autoridades policiais e políticas.
- Governantes Omissos e Coniventes
A atuação das Forças Armadas nas Operações contra o narco-tráfico no Rio de Janeiro escancaram ao Brasil e ao mundo a inoperância dos governadores do estado do Rio de Janeiro, nas últimas três décadas, a crônica falta de recursos e a corrupção das polícias civil e militar da “Cidade Maravilhosa”. A mídia amestrada usou e abusou das imagens mostrando a apreensão de drogas e armas, mas a fuga dos chefões do tráfico mostra a incompetência de uma operação pirotécnica mais preocupada nas tomadas espetaculares do que nos resultados. O planejamento equivocado realizado pelas Forças Auxiliares (policias civil e militar) é patente quando se permitiu que os bandidos usassem rotas de fuga conhecidas por todos. A série de equívocos e falhas mostra que o comando das operações, como reza a Constituição, deveria ter sido realizado pelas Forças Armadas.
- A Guerra no Rio
Cel Gelio Fregapani
Muito já se escreveu sobre o assunto. Além do aplauso pela apreensão de droga e de armamento, me limitarei a preocupações ainda não aventadas suficientemente.
1ª – Não adiantará muito prender ou eliminar os que estavam incendiando os veículos. Estes são familiares de presos menores, forçados a fazê-lo sob ameaça a seus parentes. Maior efeito teria sobre os chefões, castigando-os severamente a cada ação de seus bandidos na rua. Claro, isto não será possível enquanto os direitos humanos dos bandidos forem maiores do que os direitos humanos de suas vítimas.
2º - Todos os pequenos traficantes mortos ou presos são descartáveis e facilmente substituíveis. Os grandes estão fora do alcance. O único segmento que podemos atingir eficientemente é o usuário, que financia tudo. Enquanto quisermos tratá-lo como doente e coitadinho nada funcionará. Temos que impor pesada multa ou trabalhos forçados, conjugado com uma campanha psicológica como a que foi feita contra o cigarro; centrada não sobre o perigo (que atrai os audazes), mas sobre o mote de que “a droga é para os fracos”.
3ª - Quando aquele tenente do Exército entregou três traficantes à facção inimiga apareceram o MP e os “direitos humanos” para atacar o Exército. O Beltrame disse "o Exército não está preparado para atuar na Segurança Pública..." Agora, por passe mágica, o Exército virou "a solução para o Alemão"... Mais cedo ou mais tarde alguém terá que atirar. Será processado também?
Todos sabemos que a responsabilidade terminará nas mãos do Exército, e que em breve o atual aplauso das comunidades se transformará em descontentamento, pelo prejuízo à estrutura econômica baseada no tráfico. O Exército sabe que só poderá ter sucesso acumulando o poder militar com o poder político, sob lei marcial. Ou não?
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Segunda-feira, 07.02.11
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Segunda-feira, 07.02.11
Porto Alegre,26 de janeiro 2011
Excelentíssima Senhora
Dilma Rousseff
MD Presidenta da República Federativa do Brasil.
Senhora Presidenta.
Algumas casas existem, nesta República onde os homens não fazem greve, não protestam, não portam faixas, não paralisam, nas ruas,o trânsito, não realizam operações-padrão, não estão, pela imprensa, a vociferar vitupérios contra seus chefes e nem se reúnem em sindicato que os defenda.
Apenas, senhora, para eles existe a disciplina, diariamente pregada e executada, desde o alvorecer até aos exaustivos plantões noturnos, porque aos seus membros se ensina também e, desde cedo, que as Forças Armadas destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer delas, da lei e da ordem - Art, 142 da Constituição.
Os homens, dessas casas, acostumaram-se às afirmações de seus chefes de que TUDO DEVE SER RESOLVIDO, RIGOROSAMENTE, DENTRO DOS PARÂMETROS IMPOSTOS PELA HIERARQUIA E PELA DISCIPLINA, SEMPRE BUSCANDO O ENTENDIMENTO, E ABSOLUTAMENTE, ATRAVÉS DOS CANAIS COMPETENTES.
A esses homens, senhora, que, desde cedo, foram levados a aceitar como verdades absolutas que: NO CUMPRIMENTO DO DEVER O SACRIFÍCIO É UM GOZO.QUE NUNCA É TARDE PARA MUDAR DE PROFISSÃO E QUE O EXERCÍCIO DAS ATIVIDADES CASTRENSES É, ANTES DE QUALQUER COISA, UM SACERDÓCIO, é exigida a obrigatoriedade de dedicação exclusiva, sendo-lhes vedado o exercício de qualquer outro tipo de profissão ou atividade, como também, exigido o desempenho de suas atividades funcionais, em regiões diferentes e, às vezes, inóspitas, e sem a mínima estrutura de apoio ao grupamento familiar, no que tange aos aspectos básicos relativos à SAÚDE, à EDUCAÇÃO, à ALIMENTAÇÃO e à MORADIA.
Para eles, senhora, não há, no exercício destas atividades, horários fixos nem limites para as suas cargas horárias e, no cumprimento das missões que lhes são atribuídas, não há diferença entre o que se entende por dia ou noite.
As suas semanas têm, quase sempre, mais de sete dias.
Em seus calendários, os sábados, domingos e feriados não podem ser, de antemão, prometidos para o lazer ou para o repouso (como soe acontecer em outras casas desta República), e a execução de tarefas, por estes homens e nestes dias, não têm, sob qualquer título ou hipótese, nenhuma compensação financeira.
Sujeitos, senhora, a contínuas transferências, isto lhes causa sérios transtornos na organização familiar, pois, não raras vezes, seguem sozinhos, a fim de que não se esboroe o pequeno alicerce que, a duras penas, conseguiram firmar para a construção do seu lar.
É a eles, senhora, determinado o afastamento por períodos de tempo, às vezes longo, em razão das manobras ou dos exercícios de adestramento que realizam e, nestas condições, estão sujeitos a toda ordem de vicissitudes, sem que, para tal, haja a menor compensação pecuniária ou espécie de seguro.
Para eles, senhora, a oportunidade de crescimento, dentro de suas casas profissionais, está na ordem direta de um constante aprimoramento técnico-profissional, físico e intelectual, que lhes determina uma série de desajustamentos, com incidência direta na situação orçamentária familiar, e em alguns casos, MESMO IMPOSSIBILITADOS, NÃO SE PODEM FURTAR À DETERMINAÇÃO DE QUE SE APRESENTEM PARA RECICLAGEM.
Esses homens, senhora, estão sujeitos à “letras” de rigorosos Regulamentos e Normas Gerais de Ação que os tornam passíveis de penalizações,mesmo que por atitudes tomadas “fora de suas casas profissionais”, estando, à luz do Regulamento Disciplinar, sujeitos a pena de prisão, sem direito à Habeas Corpus e, sob o güante do Regulamento de Administração, são total e absolutamente responsáveis pelo material que confiado a sua guarda.
E alguns deles, senhora, não podem, sem permissão, transitar sem o uniforme, casar-se, ausentar-se da região de aquartelamento, e toda uma série de restrições impeditivas, sem que lhes caiba a menor chance de queixa ou recurso, estendendo-se, algumas dessas imposições regulamentares, mesmo aos que já estão na reserva, sendo que estes podem ainda ser reconvocados .
“A esses homens, senhora, como fazê-los crer que para eles a Constituição não vale. Como fazê-los entender que para eles a Constituição possui apenas o Art. 142 e mais nada... e que, mesmo assim, têm eles a obrigação patriótica de defender, disciplinadamente e com o sacrifício da própria vida, esse mais nada...” (Saulo Ramos).
Os homens dessas casas, senhora, têm se mantido, disciplinadamente, a espera do reconhecimento das reivindicações que fazem, através de seus chefes, mesmo quando enganados pelos subterfúgios legais do processo da Isonomia que os obrigou, pelos resultados, a buscar, e sempre através dos canais competentes (sem anarquia ou desobediências ), pela justiça, a paridade de seus vencimentos; mesmo quando o Diário oficial da União de 21 de setembro de 1992 lhes reduziu o soldo.
Mesmo quando tiveram alteradas as regras para o cálculo do Adicional de Inatividade, em detrimento de suas parcas bolsas.
Mesmo quando se viram atingidos pela redução da Gratificação de Habilitação Militar e, ainda, quando foram, duramente atingidos pela supressão dos direitos que lhes eram assegurados pela CENTENÁRIA LEI DAS PENSÕES.
Mas esses homens que,disciplinada ordeiramente, esperam, também observam, pelo comportamento de outras casas desta República, que não tem sido este o melhor caminho, para que se lhes sejam assegurados os seus direitos, posto que “aquelas”, ao atropelo da própria Constituição, estão se impondo na marra.
Atenciosamente.
Aécio Kauffmann Colombo da Silva
Cel. Cav. Ref.(032342720-3)Anistiado Político.
Rua Garibaldi 989/131.
Tel: 51 3311- 7284
Marcílio Dias.
Porto Alegre-RS
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Segunda-feira, 07.02.11
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Segunda-feira, 07.02.11
O Cabo do Exército Odílio Cruz Rosa.
Um preito de reconhecimento.
UM DEFENSOR DO BRASIL
Aprendi, desde as primeiras letras e ainda nos bancos da catequese, que todas as pessoas são iguais em essência. Por isso, ao acompanhar o noticiário sobre a busca de ossadas humanas na região onde houve a guerrilha do Araguaia, causa-me estranheza a forma desigual como são tratadas as personagens daquele episódio histórico.
Os jovens integrantes de organizações de esquerda que lá estavam para instalar um foco guerrilheiro, por influência de seus chefes partidários, pensavam derrotar a chamada "ditadura militar", a fim de "restabelecer a democracia" no Brasil. Na verdade, era a senha para a implantação sim de uma forma radical de comunismo, fosse aos moldes da China, de Cuba ou, surpreenda-se, até da Albânia.
Hoje, aqueles jovens são tidos pela imprensa como "idealistas fuzilados pelo Exército", num endeusamento que já vem de anos. Como se, dentre as forças em presença, só a eles fosse concedida a prerrogativa de serem heróis e idealistas.
Pouco ou nenhum caso é feito para com os militares de todas as Forças que para lá seguiram a fim de debelar o foco guerrilheiro. Desta forma, torna-se digno de nota que a chamada grande imprensa não procure destacar as condições nas quais foi morto o Cabo do Exército Odílio Cruz Rosa “o Cabo Rosa” que, este sim fuzilado pelos guerrilheiros treinados em Pequim/China, veio a ser a primeira vítima fatal da guerrilha, apanhado numa emboscada desencadeada pelos idealistas, morrendo a oito de maio de 1972.
O Cabo Rosa, justamente por ser Cabo, também era jovem. Tinha pai, mãe, irmãos, amigos. Tinha gostos, aspirações, preferências, torcia por um time... E por que então não é resgatada a sua história de vida ou, pelo menos, as circunstâncias de sua morte? Certamente, não daria muito trabalho à imprensa. Sua história seria fácil de contar, pois, afinal, foi uma vida simples, sofrida como a de tantos outros jovens brasileiros. Porém, foi curta, interrompida bem cedo, pelo chumbo dos idealistas, estes, por sua vez, já retratados em vários filmes patrocinados com verbas públicas. Para ser justo, devo destacar o estudo da vida do Cabo Rosa feito pelos jornalistas Thais Morais e Eumano Silva em livro do ano de 2005, mas que, por seu preço elevado, ficou confinado a um grupo restrito de leitores.
Acredito que boa parte das pessoas que procuram informar-se pelos jornais gostaria de saber como está vivendo, se ainda viva, a senhora mãe do Cabo Rosa, com a mirrada pensão militar que o filho falecido lhe legou. Como estão seus irmãos e amigos, que não tiveram a oportunidade de se auto-exilarem e formarem-se em cursos superiores de elevado nível no exterior? Ou considera-se que, em essência, a dor e a saudade dos familiares do Cabo Rosa são menos dolorida e sentida que a de outros?
O Brasil não nasceu quando os jovens jornalistas atualmente em serviço terminaram suas faculdades, nem nasceu com o fim dos governos revolucionários pós-1964. O Brasil nasceu bem antes e construiu sua História ao longo dos séculos, criando, desenvolvendo, aperfeiçoando e tornando permanentes certas instituições, como a Justiça, por exemplo; como as Forças Armadas, por exemplo; como o Exército Brasileiro, por exemplo.
Por isso, quando os militares receberam a missão de neutralizar o foco guerrilheiro, não saíram por aí qual um "bando" de facínoras que fuzilava idealistas. Integravam sim uma força armada legalmente constituída e taticamente organizada, em combate “destaco: combate - contra uma outra força, também armada, que lhe opunha resistência.
Se a força guerrilheira (e ela própria assim se intitulava) era mal armada, mal alimentada, mal vestida, mal suprida, enfim, mal comandada, quem deve responder são os ícones partidários. Alguns já são falecidos, mas outros estão aí, bem vivos. Quem sabe eles, ou seus partidos políticos, possam TAMBEM
ser acionados judicialmente e responsabilizados pelas mortes dos idealistas insidiosamente afastados de suas famílias e enviados para o Araguaia?
Tomo o caso do Cabo Rosa como emblemático. Sei de outros militares que combateram a guerrilha “tanto na cidade como no campo” que foram mortos ou feridos, e há ainda aqueles aos quais os jovens idealistas não concederam nem o supremo orgulho de morrerem combatendo, matando-os à traição. Todos tinham famílias. Como elas estão hoje?
Senhores, "Cabo Rosa" não é apenas o nome de uma clareira perdida na mata, onde, conforme os jornais, militares fuzilavam idealistas. "Cabo Rosa" é nome dado pelo Exército a uma base de instrução especializada localizada às margens da Rodovia Transamazônica, onde "outros jovens idealistas" são muito bem treinados na arte da guerra na selva. "Cabo Rosa" é antes de tudo o nome de um verdadeiro herói. E o Exército cultua seus heróis.
Ou, modernamente, ser herói é uma questão partidária ligada ao pensamento "politicamente correto"?
O que diriam a "Dona" Olindina e o "Seu" Salvador, pais do Cabo Rosa?
Os filhos dos outros são tidos como heróis. E o filho deles? Não?
Se a todos os idealistas e familiares for concedida certa reparação econômica, a família do Cabo Rosa também será contemplada?
Jorge Alberto Forrer Garcia “Coronel R1”.
DOC Nº 27-2011
Meu coronel. O CABO ROSA E UM EXEMPLO DE BRASILEIRO. CUMPRIU COM O DEVER. REVOLTA A ATITUDE DO GOVERNO EM CONTRATAR ASSESSORES QUE RESPONDEM A PROCESSO NO STF E ENVOLVIDO NO CASO DOS DOLARES NA CUECA.
O GRUPO GUARARAPES VAI REPASSAR EM HOMENAGEM AO CABO ROSA.
GRUPO GUARARAPES
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