Sexta-feira, 20.11.09
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Sexta-feira, 20.11.09
Canoagem ‘Radical’
Por Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 20 de Novembro de 2009.
“Nos últimos cimos dos montes erguidos,
Já silva, já ruge do vento o pegão;
Estorcem-se os leques dos verdes palmares,
Volteiam, rebramam, doudejam nos ares,
Até que lascados baqueiam no chão”.
(A tempestade - Gonçalves Dias)
- Treinamento para Travessia da ‘Lagoa dos Patos’
Continuamos com os treinamentos para a Descida do Rio Negro. O ‘encerramento’ desta vez será a ‘Travessia da Lagoa dos Patos’, com saída na ‘Praia da Pedreira’, madrugada de 25 de Novembro, Parque Itapoã, e chegada, prevista, em Rio Grande no dia 1° de Dezembro.
Ontem a previsão de mau tempo me forçou a navegar costeando a margem esquerda do Guaíba até a frente Sul da ‘Ponta Grossa’. Os fortes ventos de popa na ida e, por incrível que pareça, na volta favoreceram bastante o deslocamento. Acostumado a remar longe das águas de Ipanema e da Vila dos Sargentos, havia esquecido da poluição que infesta aquelas áreas. Às vezes tenho de concordar com os ‘Talibãs Verdes’ de que o homem está se tornando um vírus letal para a Mãe Terra.
Hoje, dia da Bandeira, resolvi, contrariando o bom senso, atravessar o Guaíba rumo ao Parque Fazenda Itaponã, meu idílico refúgio. É verdade que o tempo estava perfeito não fosse um pouco de neblina na linha do horizonte. Visitei meu velho amigo, Sr. Américo, e fui passear pelo campo admirando a floração das palmas. Os insetos polinizadores disputavam freneticamente cada flor.
- Abençoados ‘Teiús’
Ao retornar ao cais, onde havia deixado o caiaque, fui surpreendido com a visão de um enorme ‘teiú’ que ziguezagueava pelo campo procurando ovos de quelônios.
Teiú (Tupinambis merianae): cabeça comprida e mandíbula e maxilar fortes, repletos de pequenos dentes pontiagudos. A língua é cor-de-rosa comprida e bífida. A cauda é longa e arredondada. O dorso apresenta barras negras transversais que se alternam com faixas transversais mais claras, com pontos negros e cinzas. A região ventral é clara, com barras negras transversais irregulares. Maior lagarto do continente, atingindo até um metro e vinte centímetros de comprimento. A cauda chega a medir 60 centímetros. Alimentação: variada, incluindo moluscos e artrópodes, vegetais, frutas, ovos, roedores, aves e anfíbios. Fonte parcial: Guia Ilustrado de Animais do Cerrado de Minas Gerais. CEMIG. Editare Editora - 2003.
A língua cor-de-rosa se movimentava sofregamente tentando localizar sua presa. De repente o réptil estancou e, depois de alguns giros sobre o mesmo lugar, iniciou a escavação. O primeiro ovo apareceu logo em seguida e foi de pronto devorado. Quando estava para devorar o quinto ovo, apareceu, não sei de onde, um lagarto bem maior que o primeiro. Alguns giros e demonstrações de hostilidade fizeram o primeiro abandonar o tesouro recém-descoberto. Não sei se por estar saciado ou acovardado perante tamanho adversário. O segundo lagarto continuou a escavação e só se retirou após devorar os oito ovos restantes.
- A Tormenta
O leitor deve estar se perguntando onde está o ‘Radical’ de tudo isso. Às 12h20min iniciei minha viagem de retorno, rumo Nordeste. Após remar vinte minutos alguma coisa ou alguém me fez olhar para o Sul. Um enorme, belo, sinistro e arroxeado cogumelo de tempestade, com belas franjas verticais de brancas nuvens, limitado a Este pelo Farol de Itapoã e a perder de vista a Oeste, surgiu do nada. Resolvi picar a voga achando que seria possível chegar antes dele ao meu destino - a Raia 1, na Pedra Redonda. Pouco depois me virei novamente e o limite Este já era a Ilha do Chico Manoel, a tempestade percorrera 30 quilômetros em menos de vinte minutos. Resolvi aportar na margem direita até que a tempestade passasse, afinal estava a apenas 400 metros de distância e levaria uns cinco minutos para chegar até lá.
Quando alterei o rumo, uma visão cinematográfica: a superfície da água, varrida pelos fortes ventos, formava uma cortina branca de uns dez metros de altura e célere se aproximava. A forte rajada quase me arranca o remo das mãos. Tentei alinhar a proa com o vento usando o leme e remando vigorosamente sem conseguir sucesso. Os ventos de 110 Km/h tentavam assumir o comando de meu caiaque, mas, depois de quinze minutos de muito esforço, consegui acostar e navegar por entre os juncos, próximo à margem, refugiado, até achar uma pequena casa de pescador na Ponta da Figueira.
O dono da casa, o Sr. Inácio, e seu amigo, o Sr. Áureo, gentilmente me convidaram para entrar e ficamos contando estórias de pescador até o tempo melhorar um pouco. Às duas da tarde, cessada a ventania, me despedi dos novos amigos.
- O inigualável ‘Cabo Horn’
No Rio Purus o caiaque duplo, pilotado pelo meu parceiro, estava sendo rebocado por uma embarcação a motor e sofreu sérias avarias. Eu já havia testado o caiaque no Guaíba em circunstâncias similares e o mesmo havia saído incólume do teste. Naquela oportunidade, bastante contrariado, com a possibilidade de nenhum de meus companheiros de viagem conseguir concluir a totalidade do percurso, escrevi um artigo me referindo ao caíque como ‘Frágil’. Hoje, conhecendo todos os fatos, quero me penitenciar junto ao amigo Fábio Paiva, da Opium, fabricante dessa formidável embarcação.
Meu parceiro confessou, em Porto Alegre, enquanto aguardávamos uma entrevista com o jornalista Milton Cardoso da Bandeirantes, que, por diversas vezes, ‘esticava as pernas’ de pé dentro do caiaque, evidentemente forçando a estrutura justamente no ponto que mais tarde veio a cisalhar. Sentava no convés, nos locais de parada, carregava o caiaque antes de colocá-lo n’água e, nas aulas que se permitia dar aos filhos dos ribeirinhos, as crianças não tinham o devido cuidado com as embarcações. Como nas provas de equitação, o canoísta e caiaque formam um conjunto harmonioso e perfeito, desde que se respeitem as características de cada um. Já naveguei 15.500 km com o fantástico ‘Cabo Horn’ da Opium e posso dizer que não o trocaria por nenhum outro da sua categoria. A sua estabilidade enfrentando vento de 110 Km/h demonstram, sem sombra de dúvida, sua qualidade inigualável.
Solicito Publicação
Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva
Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA)
Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS)
Acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB)
Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS)
Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional
Site:
http://www.amazoniaenossaselva.com.brE-mail: hiramrs@terra.com.br
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Sexta-feira, 20.11.09
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Sexta-feira, 20.11.09
Intentonas, Anistias e uma Dívida Nacional
A Intentona Comunista, canhestra ação em força, prevista para eclodir no dia 5 de dezembro, foi deflagrada, por diversas razões, no início da noite de 23 de novembro, em Natal, e propagou – se na manhã do dia seguinte para o Recife, para irromper no Rio de Janeiro, na madrugada do dia 27, no 3º Regimento de Infantaria e na Escola de Aviação Militar, foco principal dos insurgentes. Em todos os locais houve derramamento de sangue. Muitos morreram no cumprimento do dever.
No Rio de Janeiro, apesar de descoberta, seus líderes decidiram deflagrá – la. As tropas da capital estavam em alerta há vários dias, por isso, ao irromper, depois da meia – noite, alguns militares foram chacinados, enquanto dormiam.
Felizmente, muitas ações planejadas pelos golpistas não desembocaram, e diante dos esparsos núcleos instalados em Natal e no Recife, a pronta reação das forças legais esvaziou o movimento, culminando com sua fragorosa derrota naquelas cidades, e na derrocada no Rio de Janeiro.
Por sua importância, os crimes no Rio de janeiro alcançaram o noticiário nacional e o repúdio da sociedade, e os seus mortos e feridos foram reconhecidos como heróis imolados em defesa da Pátria. O estupor pela insânia decorreu que alguns mártires não haviam perecido em justa luta, mas traiçoeiramente.
Em Natal e no Recife, o número de vítimas nunca foi revelado oficialmente pelo governo, possivelmente, para diminuir o episódio. Entretanto, por diversas obras literárias regionais sabe – se que dezenas foram sacrificadas sob a covardia comunista. Hoje, jazem no esquecimento de uma sociedade sem memória.
Salientamos que a vitória não foi dos militares, e no dia 27 de novembro a Nação deveria comemorar a vitória da democracia sobre a foice e o martelo. A intentona não foi contra os militares. A tentativa era a de tomada do Poder Nacional. Posteriormente, os revoltosos foram anistiados, mas perdoados, não pestanejaram em encetar outra tentativa.
Em 31 de Março de 1964, antes que o movimento comunista se tornasse irreversível, a sociedade reagiu e encampou como sua a Contra – Revolução. Em sequência, usando de todos os subterfúgios, grassou no Brasil um movimento armado com os mesmo propósitos da Intentona de 1935. Guerrilhas urbanas e rurais, dependendo da linha esquerdista, sem exceção, praticavam o terrorismo, o sequestro, o roubo a banco, o ataque a quartéis. Seus propugnadores mataram oponentes e, até companheiros, quando julgaram que eles poderiam atraiçoá – los.
Como a “práxis”, todos os agentes das ações subversivas foram anistiados. Os agentes legais, por sua vez, somente por enquanto, pois discute - se, se eles, mesmo cumprindo a missão de manter a lei e a ordem, não deveriam ser julgados, por se atreverem, cumprindo ordens legais, a enfrentar uma súcia de criminosos.
Como em 35, a história se repete. Os facínoras foram anistiados, sem contestações. Agora, os “outros” dependem da boa vontade do STF. Com a inclusão do novo Ministro, “imparcial e de notável saber”, é bom recear pela decisão daquele Egrégio Tribunal. Tememos que o Ministro Toffoli martele o último prego no caixão da Anistia irrestrita, e patrocine o “advento” da Anistia dirigida.
Enquanto isso, Carlos Marighela, “in memoriam “está prestes a receber o Título de Cidadão Paulistano, e sobre a “Intentona”,... nem um suspiro.
Brasília, DF, 05 de novembro de 2009
Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira
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Sexta-feira, 20.11.09
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Sexta-feira, 20.11.09
ACABOU-SE TUDO- 268-2009
WWW.FORTALWEB.COM.BR/GRUPOGUARARAPES
Antes de repassar esta carta foi o GRUPO GUARARAPES ao GOOGLE para pesquisar a verdade da carta da senhora THEREZA COLLOR. Lá encontramos a missiva, confirmando o e-mail recebido. Foi feito isto, pois não se podia acreditar no que estava escrito por aquela senhora. Fica-se com asco e o estômago embrulhado, tal a agressão ao senador CALHEIROS. Não tomamos conhecimento de nenhuma reação do referido cidadão, que parece usar o silêncio, que é arma não muito republicana. O GRUPO GUARARAPES vai difundir esta CARTA, com nojo e asco, pois no Senado da República, órgão máximo da Federação Brasileira e que merece o mais profundo respeito, senta-se um homem sem o mínimo de caráter, e "sem vergonha na cara", como afirma à senhora Thereza Collor. Esta carta confirma o que O GRUPO GUARARAPES pensava do referido cidadão. Quando, no dia de seu julgamento, levou a sua digníssima senhora para o
plenário do Senado, ela que já tinha sido humilhada com sua traição (diz Thereza Collor - "Lá terei a mulher que quero, na cama que escolherei. Serei amigo do Rei.") para comover os senadores sentiu-se a falta de total de caráter deste senador.•.
O apelo de Dona Thereza Collor - "Por favor, divulguem pro Brasil inteiro pra ver se o congresso cria vergonha na cara" parece que não deu o resultado que ela queria atingir.
FICA A PERGUNTA: DEPOIS DESTA CARTA O QUE PENSAM OS SENADORES DA REPÚBLICA? A SENHORA THEREZA COLLOR TEM RAZÃO MESMO? TODOS PERDERAM A VERGONHA E COMO PODEM ENTRAR PELA PORTA DA FRENTE DE SUAS CASAS? ESTÃO ENTRANDO PELA PORTA DO FUNDO E COM CABEÇA BAIXA? QUE VERGONHA TUDO ISSO! GRUPO GUARARAPES/
Carta aberta ao Senador Renan Calheiros "Vida de gado. Povo marcado. Povo feliz". As vacas de Renan dão cria 24 h
por dia. Haja capim e gente besta em Murici e em Alagoas!
Uma qualidade eu admiro em você: o conhecimento da alma humana. Você sabe manipular as pessoas, as ambições, os pecados e as fraquezas. Do menino ingênuo que eu fui buscar em Murici para ser deputado estadual em 1978 - que acreditava na pureza necessária de uma política de oposição
dentro da ditadura militar - você, Renan Calheiros, construiu uma trajetória de causar inveja a todos os homens de bem que se acovardam e não aprendem nunca a ousar como os bandidos. Você é um homem ousado. Compreendeu num determinado momento, que a vitória não pertence aos homens de bem, desarmados desta fúria do desatino, é vencer a qualquer preço.
E resolveu armar-se. Fosse qual fosse o preço, Renan Calheiros nunca mais seria o filho do Olavo, a digladiar-se com os poderosos Omena, na Usina São Simeão, em desigualdade de forças e de dinheiros. Decidiu que não iria combatê-los de peito aberto, descobriria um atalho, um mil artifícios para vencê-los, e, quem sabe, um dia derrotaria todos eles,
os emplumados almofadinhas que tinham empregados cujo serviço exclusivo era abanar, durante horas, um leque imenso sobre a mesa dos usineiros, para que os mosquitos de Murici (em Murici, até os mosquitos são vorazes) não mordessem tez rósea de seus donos: Quem sabe, um dia, com a alavanca da política, não seria Renan Calheiros o dono único, coronel de porteira fechada, das terras e do engenho onde seu pai, humilde, costumava ir buscar o dinheiro da cana, para pagar a educação de seus filhos, e tirava o chapéu para os Omena, poderosos e perigosos. Renan sonhava ser um big shot, a qualquer preço. Vendeu a alma, como o Fausto de Goethe, e pediu fama e riqueza, em troca. Quando você e o então deputado Geraldo Bulhões, colegas de bancada de
Fernando Collor, aproximaram-se dele e se aliaram, começou a ser Parido o novo Renan. Há quem diga que você é um analfabeto de raro polimento, um intuitivo. Que nunca leu nenhum autor de economia, sociologia ou direito. Os seus colegas de Universidade diziam isso. Longe de ser um demérito, essa sua espessa ignorância literária faz sobressair, ainda mais, o seu talento De vencedor. .
Creio que foi à casa pobre, numa rua descalça de Murici, que forneceu a você o combustível do ódio à pobreza e o ser pobre. E Renan Calheiros decidiu que, se a sua política não serviria ao povo em nada, a ele próprio serviria em tudo. Haveria de ser recebido em Palácios, em mansões de milionários, em Congressos estrangeiros, como um príncipe, e quando chegasse a esse ponto, todos os seus traumas banhados no rio Mundaú, seriam rebatizados em Fausto e opulência; "Lá terei a mulher que quero, na cama que escolherei. Serei amigo do Rei." Machado de Assis, por ingênuo, disse na boca de um dos seus personagens:
“A alma terá, como a terra, uma túnica incorruptível." Mais adiante, porém, diante da inexorabilidade do destino do desonesto, ele advertia: "Suje-se, gordo! Quer sujar-se? Suje-se, gordo!" Renan Calheiros, em 1986, foi eleito deputado federal pela segunda vez. Nesse mandato, nascia o Renan globalizado, gerente de resultados, ambição à larga, enterrando, pouco a pouco, todos os escrúpulos da consciência. No seu caso, nada sobrou do naufrágio das ilusões de moço! Nem a vergonha nacara. O usineiro João Lyra patrocinou essa sua campanha com U$1.000.000. O dinheiro era entregue, em parcelas, ao seu motorista
Milton, enquanto você esperava, bebericando, no antigo Hotel Luxor, av. Assis Chateaubriand, hoje Tribunal do Trabalho. E fez uma campanha rica e impressionante, porque entre seus eleitores havia pobres universitários comunistas e usineiros deslumbrados, a segui-lo nas estradas poeirentas das Alagoas, extasiados com a sua intrepidez em ganhar a
qualquer preço. O destemor do alpinista, que ou chega ao topo da montanha - e é tudo sua montanha e glória – ou morre. Ou como o jogador de pôquer, que blefa e não treme que blefa rindo, e cujos olhos indecifráveis Intimidam o adversário.
E joga tudo. E vence. No blefe. Você, Renan não tem alma, só apetites, dizem. E quem, na política brasileira, a tem? Quem, neste Planalto, centro das grandes picaretagens nacionais, atende no seu comportamento a razões e objetivos de interesse público? ACM, que, na iminência de ser cassado, escorregou pela porta da renúncia e foi reeleito como o grande coronel de uma Bahia paradoxal, que exibe talentos com a mesma sem-cerimônia com que cultivam corruptos? José Sarney, que tomou carona com Carlos Lacerda, com Juscelino, e, agora, depois de ter apanhado uma tunda de você, virou seu pai-velho, passando-lhe a alquimia de 50 anos de malandragem? Quem tem autoridade moral para lhe cobrar a
coerência de princípios? O presidente Lula, que deu o golpe do operário, no dizer de Brizola, e hoje hospeda no seu Ministério um Office boy do próprio Brizola? Que taxou os aposentados, que não o eram, nem no Governo de Collor, e dobrou o Supremo Tribunal Federal? No velho dizer dos canalhas, todos fazem isso, mentem, roubam, traem. Assim, senador, você é apenas o mais esperto de todos, que, mesmo com fatos
gritantes de improbidade, de desvio de conduta pública e privada, tem a quase unanimidade deste Senado de Quasímodos morais para blinda-lo. E um moço de aparência simplória, com um nome de pé de serra - Siba - é o
camareiro de seu salvo-conduto para a impunidade, e fará de tudo para que a sua bandeira - absolver Renan no Conselho de Ética - consagre a sua carreira. Não sei se este Siba é prefixo - de sibarita, mas, como seu advogado in
pectore, vida de rico ele terá garantida. Cabra bom de tarefa olhe o jeito sestroso com que ele defende o chefe... É mais realista que o Rei. E do outro lado, o xerife da ditadura militar, que, desde logo, previne: quero absolver Renan. Que Corregedor!... Que Senado!...Vou reproduzir aqui o que você declarou possuir de bens em 2002 ao TRE. Confira, tem a sua assinatura:
1) Casa em Brasília, Lago Sul, R$ 800 mil,
2) Apartamento no edifício Tartana, Ponta Verde, R$ 700 mil,
3) Apartamento no Flat Alvorada, DF, de R$ 100 mil,
4) Casa na Barra de S Miguel de R$ 350 mil..
E SÒ. Você não declarou nenhuma fazenda, nem uma cabeça de gado! Sem levar em conta que seu apartamento no Edifício Tartana vale, na realidade, mais de R$1 milhão, e sua casa na Barra de São Miguel, comprada de um comerciante farmacêutico, vale mais de R$ 2.000.000. Só aí, Renan, você DECLARA POSSUIR UM PATRIMONIO DE CERCA DE R$ 5.000.000. Se você, em 24 anos de mandato, ganhou BRUTOS, R$ 2 milhões, como comprou o resto? E as fazendas, e as rádios, tudo em nome de laranjas? Que herança moral você deixa para seus descendentes. Você vai entrar na história de Alagoas como um político desonesto, sem escrúpulos e que trai até a família. Tem certeza de que vale a pena? Uma vez, há poucos anos, perguntei a você como estava o maior
latifundiário de Murici. E você respondeu: "Não tenho uma só tarefa de terra. A vocação de agricultor da família é o Olavinho." É verdade, especialmente no verde das
mesas de pôquer! O Brasil inteiro, em sua maioria, pede a sua cassação. Dificilmente você será condenado. Em Brasília, são quase todos os cúmplices. Mas olhe no rosto das pessoas na rua, leia direito o que elas pensam, sinta o desprezo que os alagoanos de bem sentem por você e seu comportamento desonesto e mentiroso. Hoje perguntado, o povo fecharia o Congresso. Por causa de gente como você! Por favor, divulguem pro Brasil inteiro pra ver se o congresso cria
vergonha na cara. Os alagoanos agradecem. Thereza Collor
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