Domingo, 04.10.09
VIDAS PASSADAS
Você acredita em vidas passadas? Se não, responda o que viemos fazer aqui na Terra? Apenas um passeio, uma prova, uma destinação e nada mais? Muitas vezes nos perguntamos o que acontece depois que entramos na estagnação biológica (morte). Para alguns, o retorno da alma a Terra seria a resposta. Contudo, pela incredulidade de muitos uma pergunta não quer calar. Será que existem provas da reencarnação? No ano 543 d.C. o imperador Justiniano, sem levar em conta o ponto de vista papal, declarou guerra frontal aos ensinamentos de Orígenes, condenando-os através de um sínodo especial. Em suas obras De Prinsipiis e Contra Celsum, Orígenes (185-235 d.C.), o grande Padre da Igreja, tinha reconhecido, abertamente, a existência da alma antes do nascimento e sua dependência de ações passadas. Ele pensava, e com muita razão e certo, que muitas passagens do Novo Testamento poderiam ser explicadas somente à luz da reencarnação.
Participaram deste concílio convocado pelo imperador Justiniano só bispos ortodoxos do oriente. Nenhum de Roma tomou parte. E o próprio papa, que estava em Constantinopla naquela ocasião, deixou isso bem claro. Os primeiros seguidores de Jesus aceitavam, sem problemas, a idéia da reencarnação do "Espírito" para realizar a sua evolução espiritual enquanto se encontra de posse do corpo físico aqui no plano terreno. A idéia da reencarnação veio de crenças orientais, onde se acredita que Jesus teria buscado conhecimentos durante a sua juventude e até dos vinte aos trinta anos de idade.
Aqui é interessante esclarecer que o princípio da reencarnação somente foi afastado do cristianismo original por intermédio de um "erro histórico" que teria ocorrido em algum momento do nosso século quatro. Até agora, quase todos os historiadores da igreja acreditaram que a doutrina da "reencarnação" foi declarada herética durante o Concilio de Constantinopla no ano 553 d.C. No entanto, a condenação da doutrina se deve a uma ferrenha oposição pessoal do imperador Justiniano, que nunca esteve ligado aos protocolos do Concílio. Segundo Procópio, a ambiciosa esposa de Justiniano, que, na realidade, era quem manejava o poder, era filha de um guardador de ursos do anfiteatro de Bizâncio.
Ela iniciou a sua rápida ascensão ao poder como cortesã. Materialmente, para se libertar de um passado que a envergonhava, ordenou, mais tarde, o assassinato de quinhentas antigas "colegas", e para não sofrer as conseqüências dessa ordem cruel em outra vida como preconizava a "Lei do Carma" como se dizia naquela época, e achando que poderia derrogar as Leis Espirituais, empenhou-se junto ao Imperador, que era seu marido, para abolir toda a magnífica "doutrina da reencarnação". Estava ela confiante no sucesso desta anulação, decretada por "ordem divina" já que o imperador representava o próprio Deus e se julgava com poderes divinos.
No ano 543 d.C. o imperador Justiniano, sem levar em conta o ponto de vista papal, declarou guerra frontal aos ensinamentos de Orígenes, condenando-os através de um sínodo especial. O Concílio de Constantinopla, o quinto dos Concílios, não passou de um encontro, mais ou menos em caráter privado, organizado por Justiniano, que, mancomunado com alguns vassalos, excomungou e maldisse a doutrina da pré-existência da alma, apesar dos protestos do papa Virgílio, com a publicação de seus Anathemata.
A conclusão oficial a que o Concílio chegou, após uma discussão de quatro semanas, teve que ser submetida ao papa para sua ratificação. Na verdade, os documentos que lhe foram apresentados versavam apenas sobre a disputa a respeito de três eruditos que Justiniano, quatro anos antes, havia por um édito declarado heréticos. Nada continham sobre Orígenes. Os três papas seguintes, quando se referiram ao quinto Concílio, nunca tocaram no nome de Orígenes. Aqui vamos colocar um caso ocorrido num povoado turco de Hancagiz, o menino Engin Sangur, virou-se para os pais e disse: “Vejo o povoado onde eu vivia”.
Contudo, ele só havia vivido com seus pais em Tavla, um povoado maior localizado a aproximadamente 4 km de Hancagiz. O que o menino afirmava era aquele povoado que ele tinha morado em vidas passadas. Este fenômeno é conhecido como ‘De Javu’. Como os Sungur são muçulmanos alevi que, ao contrário de seus vizinhos sunitas, acreditam na reencarnação, reagiram com mais curiosidade do que com risos. “De quem você era filho”?”perguntaram ao garoto e ele disse: sou filho de Naif Çiçek” e logo após a resposta passou a contar as circunstâncias de sua vida anterior e como tinha ido para Angora pouco antes de morrer. Quando Engin viu a viúva de Naif Çiçek, chamou-a de “minha esposa” e identificou o nome de cada um dos sete membros da família. Este caso chamou a atenção de muita gente que até o Dr. Yan Stevenson estudou o caso.
O caso em alusão foi novamente examinado pelo psicólogo Jurgen Keil em 1994. Das 22 afirmações de Engin, 17 foram corretas e apenas cinco ficaram sem confirmações. Dr. Yan Stevenson um cientista americano dedicou maior tempo de sua vida estudando o fenômeno da reencarnação e disse que as recordações de uma vida anterior são mais lúcidas e completas nas crianças. “Existem provas suficientes para dizer que há um fenômeno real, que não é simulado nem produto de imaginação. Andrew Selby, pesquisador de vidas passadas”. José Reis Chaves que era católico e hoje um estudioso espírita diz que: “A preexistência do espírito é uma teoria que prega a existência do espírito, antes da existência do corpo. Foi – como veremos sem outro capítulo – uma das teses defendidas pelo grande sábio Orígenes, e que foi condenada pelo polêmico V Concílio Ecumênico de Constantinopla II (553).
Se o espírito fosse criado junto com o corpo, a este seria subordinada a existência daquele, mas o que aconteceu é justamente o contrário, pois jamais o espírito é subordinado ao corpo. Este é vivificado pelo espírito, sem o qual não vive; todavia o espírito vive sem o corpo: “O espírito é o que vivifica a carne para nada aproveita” (São João 6:63). Como o espírito é criado por Deus, enquanto que o corpo é criado diretamente pelo homem, subordinar a criação do espírito à criação do corpo – e isso querem os anti-reencarnacionistas – seria querer colocar a criação das obras do homem acima da criação das obras de Deus.
Além disso, submeter à criação do espírito à criação do corpo implicaria sujeitar o livre-arbítrio de Deus ao livre-arbítrio do homem. Em outros termos, Deus, para criar um espírito, dependeria da vontade de um casal de ir para a cama para realizar uma cópula. Renascer ciclicamente – Cada Dalai Lama – líder espiritual dos budistas tibetanos é considerado como uma manifestação física do Bodhisattva, o Senhor da compaixão, e acredita-se ser uma reencarnação de seu antecessor. Quando um morre, a nova encarnação aparece entre as crianças. A verdade é que muitas pessoas que não são espíritas procuram na regressão de vidas passadas para comprovar a existência de outra vida.
“O jornalista Ray Bryant regrediu através da hipnose à sua vida anterior; um camponês em Essex, no final ao dia 22 de abril de 1884, quando tinha quatro anos de idade. Bryant assim o fez, e mostrou-se aterrorizado, dizendo que a casa tremia e os pratos caiam das estantes. O que Bryant não sabia era que o terapeuta havia encontrado anteriormente uma referência ao “Grande terremoto de Essex” que ocorreu nesta data. Keeton decidiu verificar o que aconteceria se Bryant regressasse para o dia em que o terremoto estava em seu apogeu. Temos também o caso de Bridey Murphy. A polêmica sobre a regressão a uma vida passada aumentou com o caso de Bridey Murphy. Entre 1952 e 1953, Morey Berstein, um amador, realizou seis sessões de hipnose com a senhora Virginia Tighe, durante as quais ela regressou a uma vida na Irlanda no século XIX.
Sob hipnose, Virginia falou em irlandês e forneceu uma série de detalhes sobre sua vida como Bridey Murphy em Cork e, depois já casada, em Belfast. Parte das informações não pode ser verificada ou ficou demonstrada como incorreta. E, um bem número de detalhes, como os nomes de dois obscuros comerciantes de Belfast, estavam corretos. Não parece que a senhora Tighe adquirira seus conhecimentos através de um livro. Muitas das informações que forneceu tiveram que ser investigadas por William Barker na Irlanda, país que ela nunca tinha visitado. Berstein publicou a história em 1956, em um livro chamado “The for Bridey Murphy, do qual foi feito um filme.
O problema maior para explicarmos determinados detalhes e que a Doutrina Espírita se mantém afastada da famosa TRV, é que muitos espíritos já passaram por diversas reencarnações e submetidos à terapia de vidas passadas pode tranquilamente confundir determinados fatos, mas o mais correto para tudo isto estão nos estudos doutrinários e nas figuras que passaram na Terra e marcara Bezerra de Menezes, Francisco Cândido Xavier e muitos outros que através das psicografias e psicofonias, escritas diretas e as peneumotografias que revelavam o segredo da existência humana. E os grandes cientistas que deram sua contribuição para este grande questionamento como Wiliam Crookes, Yan Stevenson, Alessander Aksakof, Dr. Bryan Weiss, James Van Pragg, e mesmo o nosso querido mestre Jesus o maior médium a pisar o orbe terrestre. Pensem nisso.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI-ALOMERCE E AOUVIRCE
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por paivajornalista@blogs.sapo.pt às 13:04
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