Segunda-feira, 18.05.09
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por paivajornalista@blogs.sapo.pt às 11:22
Segunda-feira, 18.05.09
NAZISMO
A revista “Isto É” de nº. 2.062 / ano 32 – de 20/05/2000, traz uma matéria assaz importante, e que preocupa a tão fragilizada segurança brasileira. “A sociedade dos novos Nazistas brasileiros”. Com exclusividade informa que eles têm ligações internacionais, armas e até um plano de governo para dividir o País. Seríamos inocentes em afirmar que este problema não nos proporciona preocupação. O líder segundo informação da mídia escrita é Ricardo Barollo, 34 anos, administrador. “Conseguimos algumas nuanças que mostram o que foi o que é atualmente, e as inúmeras preocupações que trouxeram para o planeta em que vivemos. “Comunismo, Nazismo, Fascismo, Integralismo e Positivismo são ideologias semelhantes quanto a pedirem um Estado forte, terem uma receita racional ou científica para o desenvolvimento, dependerem ou esperarem por uma guerra ou revolução para domínio mundial, e terem origem em minorias fanáticas extremamente ativas.
“Essas ideologias (pessoalmente e para meu uso, eu defino "ideologia" como uma tese sociopolítica em adequação a um conceito peculiar de natureza humana), na ordem em que estão citadas, decrescem em sua virulência, embora, sob objetos diferentes, as agressividades do comunismo e do nazismo se equivalham”. (Rubem Queiroz Cobra - Doutor em Geologia e bacharel em Filosofia). Todos sabem os efeitos aterrorizantes que o nazismo causou ao mundo durante a segunda guerra mundial. Milhões de inocentes foram brutalmente mortos através da inalação de gás venenoso e nem sabiam. “O crime descortinou uma rede organizada de nazistas no Brasil, como ramificações em vários Estados e conexões com outros países, Barollo e Dayrell eram líderes dos dois maiores movimentos nacionais. Hitler defendia a tese de que o mundo deveria ser somente de raça pura (arianos) e se este maluco tivesse saído vitorioso na segunda guerra mundial, o que seria do mundo hoje? Os dois brasileiros têm o mesmo ideal, pois defendiam que a raça branca estava em extinção e, por isso, a miscigenação deveria ter fim.
É muita prepotência para duas pessoas e seus seguidores. Cuidado Brasil, pois este tipo de organização não tem piedade de ninguém, visto que todos sem exceção devem ter o mesmo perfil do exterminador. Eles chegaram a comemorar os 120 anos de Hitler com discursos e ações regadas à cerveja. Um duplo homicídio foi o estopim de tudo, e revela também à existência de novos adeptos e seguidores de Hitler no Brasil, com armas, conexões e planos políticos. Traçaram até uma nova Babel de nome Neuland que seria um país com a mesma ideologia que Adolf Hitler implantou em 1934 na Alemanha. Vejam a audácia dos perigosos neonazistas; “em primeiro lugar tomariam São Paulo e à Região Sul do País e depois 22 países da Europa e o restante do Brasil iria sofre o pão que o diabo amassou. O livro Hitler enfatiza quais deveriam ser os objetivos práticos do partido e delineia as diretrizes para sua propaganda.
Ele salienta a importância da propaganda adequar-se ao nível intelectual dos indivíduos menos inteligentes da massa que pretende atingir, e que ela é, e deve ser avaliada não pelo seu grau de verdade, mas pelo sucesso em convencer. Os veículos da propaganda seriam os mais diversos, incluindo todos os meios de informação, eventos culturais, grupos uniformizados, insígnia do partido, tudo que pudesse criar uma áurea de poder. Hitler escolheu a cruz suástica como emblema do nazismo; acreditam alguns de seus biógrafos que devido ao fato de ter visto esse símbolo talhado nos quatro cantos da abadia dos beneditinos em Lambach-am-Traum, na Áustria superior, onde ele havia estudado quando criança. Na Argentina existe uma organização com três mil membros, de onde vieram às armas do crime para o Brasil. Um paranaense, um gaúcho e um paulista são os líderes do grupo segundo informações policiais.
E aqui ficamos a meditar: como existe discriminação neste País. Dayrell criou um meio de propagar as idéias do grupo, ele criou um pequeno jornal para divulgação das atividades do grupo, o Martelo é o nome da desgraça. Estavam recrutando membros para a organização, com avaliação feita através de computadores, por documentos enviados por e-mail com senha de acesso para maior segurança. Os candidatos teriam que responder 30 perguntas dissertativas. “Os fins justificam os meios”. “Quem era Adolf Hitler?” Quem governava a Europa na década de 1940? Reportar fatos históricos era reprovação certa. Dayrell foi assassinado por três membros do grupo, outro membro do grupo Gustavo Wendler, 21 anos acredita que a organização vai se fortalecer e que seus amigos negros, estrangeiros, homossexuais e judeus não poderão invadir o espaço, confirma outro membro Rodrigo Mota de 19 anos. A revista faz um relato da herança do carrasco Hitler: “1914: começa a primeira Guerra Mundial. Ele luta na França e na Bélgica e é condecorado por bravura”.
Pode Freud? 1919 o operário Anton Drexler e o jornalista Karl Herrer fundam o Partido Nazista na Alemanha. Hitler entra para o grupo no ano seguinte. Em 1923 ele tenta tomar o poder num golpe de estado, mas é preso. Em 1925, escreve o livro “Minha luta”, que traz seu projeto para uma nova Alemanha, anuncia seu ódio pelos judeus e comunistas. Em 1931 seu partido abre no Brasil uma representação em São Paulo, estuda a ameaça comunista e o apoio a Hitler. Em 1932 o partido no Brasil é reconhecido pelo governo alemão, Plínio Salgado lança as bases da Ação integralista Brasileira (AIB), partido de ultradireita e em 1935 reúne 800 mil adeptos, já em 1935 acontece um encontro Hitlerista na Alemanha que atrai 102 brasileiros com ascendência alemã. Em 1936/37 militares brasileiros vão à Alemanha para receber treinamento da Gestapo, a polícia dos nazistas chefiada por Heinrich Himmler em troca, Getúlio Vargas entrega comunistas e judeus. Getúlio cria o Estado Novo e um geógrafo nazista mapeia a região do Jarí, no Amapá e avalia a possibilidade de instalar uma colônia tropical nazista na região amazônica.
Estas são as cenas dos horrores que aconteceram no passado. A matéria muito bem feita pelos jornalistas Suzane G. Frutuoso, de Curitiba e João Lopes. Um espírito de disciplina militar traduzido em um automatismo de obediência assinalado pelo característico bater dos calcanhares impedia, entre militares e civis, a reação às ordens mais absurdas recebidas de qualquer superior hierárquico, o que permitiu à repressão atingir um grau de brutalidade metódico e eficiente nunca visto.
Foi decretada a eliminação não apenas dos judeus, mas de todos que não se conformavam aos padrões de cidadania estabelecidos na doutrina, quer por inconformismo político, quer por defeito eugênico ou falhas morais. Gabriel Marcel, em "Os homens contra o homem", ressalta a elaborada técnica utilizada para voltar contra si mesmos os judeus, levando-os a aviltar-se e a se odiarem, instigando entre eles disputas por alimento, em que perdiam sua dignidade. Isso tudo na Alemanha de Hitler. A hora é de meditação, visto que a situação de nosso País é bastante complicada, muitas nuanças negativas acontecem todos os dias, o dia todo, onde a maioria das autoridades luta em benefício próprio e a população sofrendo as conseqüências do descaso político posto em prática nos dias atuais. O poder de locupletação é grande em consequência a corrupção aumenta na mesma proporção que a pobreza, a miséria, o desemprego, o tráfico e o uso de drogas, aniquilam boa parte dos brasileiros. Cuidado Brasil! Pensem Nisso!
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E DA ALOMERCE
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