Sábado, 25.10.08
UMA LUTA SEM FIM
Na qualidade de cidadãos brasileiros temos lutado bravamente e incansavelmente na lide diária, para atenuarmos os efeitos da violência que estressa e tritura a esperança da sociedade brasileira. Não suportamos mais as asperezas e os malefícios, que esta situação macabra tem causado ao povo brasileiro. A mídia seja qual seja ela qual for não têm dado cabimento aos casos escabrosos desse câncer que diuturnamente tem ceifado a vida de muitos inocentes e indefesos. As velhas e conhecidas “balas perdidas” tem causado muita tristeza as famílias de nosso querido e violento país. Ela está inserida num rol muito grande e o écran cresce a passos largos, grandiosos e sem fim. Os grupos de extermínio, as milícias, os grupos terroristas (PCC, CV) os mais conhecidos e perigosos tem comandado as chacinas que surgem de uma hora para outra e na maioria das vezes as ordens vampirizadoras partem de dentro dos próprios presídios, por partes dos grandes comandos do tráfico que se encontram presos nos presídios de “segurança máxima” do país.
Todo brasileiro independente de classe social já sabe de co e salteado, de onde partem essas ações daninhas que deixam a população pusilânime e refém do crime organizado, bem como os problemas geradores dessa violência. Já estamos cansados, exaustos de falar no assunto, mas as providências não saem do papel e vão empurrando com a barriga, enquanto isso a esperança se esvai como certas químicas que ficam guardadas sem o cuidado necessário. Os seqüestros, os crimes políticos, os assaltos a bancos, a carros fortes, os grupos de extermínio dominam as forças policiais que são esquecidas pelas autoridades e se tornam fracas diante da situação, pois o sucateamento é geral, os salários são péssimos e reduzidos, as condições de trabalho dos policiais se tornam um calvário sem fim. A Polícia Federal, a Polícia Militar do Distrito Federal e a Polícia Rodoviária Federal ainda conseguem se safar em virtude de serem controladas por verbas federais. As Polícias estaduais ficam a mercê dos governos estaduais e dependem da boa vontade dos governadores estaduais que em sua maioria não entendem nada de Segurança Pública. Enquanto Deputados, senadores recebem o famigerado auxilio paletó, policiais militares são colocados nas ruas para executarem os policiamentos ostensivos e repressivos, e muitos deles com o fardamento cheios de remendos e um pé no coturno e outra na sandália ou chinelo.
As polícias brasileiras devem ter a capacidade de inspirar confiança, condição essencial para que haja autoridade moral, a qual não é substituída senão imperfeitamente pelo temor das sanções e pela crítica injusta da mídia. O governo deve ter autonomia sobre suas polícias, mas não poderá dispensar o perfeito conhecimento das funções policiais a cumprir e dos limites em que a mesma se deve exercer associada à capacidade de comunicação, mediante atitudes e linguagem adequadas, ao mesmo tempo clara, concisa e precisa, e que dêem boas condições de trabalho bem accessíveis aos mesmos. Os governos nunca devem prometer aquilo que não podem cumprir. O que vemos hoje é uma situação inusitada onde governos saem e entram, mas o buraco e o déficit não diminuem, a cratera no orçamento se alarga e quem paga o pato pelas péssimas administrações é o sofrido trabalhador. Nunca mandar pelo simples poder de mandar. Aproveitamos o ensejo para dizer aos políticos que só pensam em si e na locupletação que: “Sana os desacertos cerebrais que te ameaçam, todavia, aprende também a guardar a mente no idealismo superior e nos atos nobres”.
“Cura a catarata e a conjuntivite, mas corrige a visão espiritual de teus olhos”. Deixa o quanto mais tem mais quer de lado, e emprega todas as forças naquele sofrível eleitor que te confiou seu voto. Lembre-se que crimes individuais são digeridos pela ordem social. A subversão é diferente, é ela que digere a ordem social. A subversão tomou conta do país, é hora de se perguntar de onde sai à semente maligna que é semeada por muitos que não tem critérios e nem escrúpulos. Fomos enganados e iludidos logo nas palavras e promessas de campanha do presidente da República quando em palanques prometeu, e nada cumpriu e deixou-se dominar pelo orgulho, pelo egoísmo e os aposentados continuam a sofrer e a morrer a míngua. Nunca espere promessas cumpridas por determinados políticos, pois depois de eleitos entram em estado de amnésia total.
Vamos ter que carregar nosso fardo ainda por muito tempo, mas não esqueçam senhores políticos e autoridades brasileiras que tudo têm limite e caminhos solucionáveis, a população não merece tremendo castigo. De agora em diante vão querer associar a falta de providências a crise econômica. Se providências urgentes e rigorosas não tomarem o povo pode fazer isso pelos senhores. Paciência tem limites. “Achamos-nos magneticamente associados uns aos outros. Ações e reações caracterizam-nos a marcha. É preciso saber, portanto, que espécies de forças projetamos naqueles que nos cercam. Nossa conduta é um livro aberto” (Um sábio). Pensem nisso!
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI-ALOMERCE E AOUVIRCE
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por paivajornalista@blogs.sapo.pt às 15:57
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