Domingo, 01.05.11
PREVENÇÕES PSICOPEDAGÓGICAS. COMO INTERVIR QUANDO AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM JÁ SE ENCONTRAM INSTALADAS.
Por: ANTONIO PAIVA RODRIGUES
FACULDADE VALE DO JAGUARIBE (FVJ)
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA
DISCIPLINA: DIDÁTICA E OS PROCESSOS DA APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA: UMA VISÃO CONSTRUTIVA
PROFESSORA: ILANA LEILA BARBOSA DE LIMA
1)-ASSUNTO: PREVENÇÕES PSICOPEDAGÓGICAS
2)-COMO INTERVIR QUANDO AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM JÁ SE ENCONTRAM INSTALADAS.
A educação nos dias atuais tem se transformado num viés de expectativa e de importância fundamental para o ser humano. É de suma importância, que os profissionais em educação (psicopedagogos) não percam o azimute direcional, nem a vontade intrínseca da especialização, para lidar com problemas de vários matizes que surgem como sementes prósperas num terreno fértil, antes árido de conhecimentos.
O mundo evolui a cada dia que passa, as interações se avolumam como um tsunami transformando nossas crianças, e adolescentes mais susceptíveis as dificuldades na aprendizagem, principalmente quando o assunto é matemática.
Duas palavras (Prevenção e Interação) de suma importância vêm acalhar nesse mundo cheio de transformações, de qualificações duvidosas, que às vezes nos deixam tontos, abobalhados, diante de certos acontecimentos, que interferem negativamente nas escolas, nas famílias, que se encontram despreparadas para enfrentar as nuanças que a avalanche do desenvolvimento desordenado ou não, pode causar.
O orbe atual necessita de escolas bem estruturadas, com profissionais especializados para lidar e resolver problemas cruciais, que uma educação de má qualidade pode nos proporcionar. As exigências, as estruturas e os esclarecimentos precisam ser explicitados e o fruto ou somatório dessas expressões seja a conscientização do aluno e a interação professor e aluno para que a resolução, a discussão sobre as dificuldades sejam solucionadas com as adaptações necessárias. Um alto grau de estruturação compartilhado, dinâmicas de grupo, leituras de textos irão fomentar a responsabilidade do aluno.
Desde crianças nós nos inserimos no campo da aprendizagem e nesse belo rol aprendemos ou começamos a lidar com a soma, diminuição ou a adição e subtração, bem como a divisão, noções de peso, classificação de objetos, lidamos com a separação dos objetos por classes, bem como associa-los guardando cada um em seu respectivo lugar.
Aspectos diversos contribuem para uma boa aprendizagem, mas se faz necessário uma boa autoestima, vontade de aprender, interação mútua, professor aluno, aluno professor. O profissional de ensino deve ser valorizado pela direção da escola, para que ele não perca o elã, nem à vontade de lidar com seus alunos ou aprendentes e haja sempre o anseio positivo aliado ao lado vocacional do profissional da educação. Uma pergunta que não quer calar. Será uma tarefa difícil aprender e conviver com a matemática? Sim ou não? Vários fatores poderão ser somados a essa indagação e entre elas poderemos citar: A Importância da Prevenção, aliada as estratégias da Intervenção. Como o aprendente passa grande parte de sua existência no écran escolar, este se configura como o ambiente ideal para a inserção de programas de prevenção problemas/dificuldades.
A escola sempre será o ambiente ideal para formação do ser humano quanto à educação formal, abrangendo uma grande parcela da população, mesmo ou menos aquinhoados que não dispõem de recursos para tratamento com diversos profissionais especialistas. Pode-se afirmar que um futuro mais humano, digno e justo, bem como, uma boa qualidade de vida se faz necessário um investimento na Prevenção, englobando os aspectos formadores do ser humano, ou seja, o psicológico e o social, entre outros. A ação interdisciplinar numa escola de aspecto objetivo virá a desenvolver com certeza um trabalho que proporcione ao aprendiz todos os aspectos que possam interferir no Processo de Aprendizagem.
Piaget (1896-1980), psicólogo suíço, bastante conhecido e famoso por seus estudos na área psicogenética, realizou experiências que evidenciaram quatro estágios no desenvolvimento lógico. Estágio sensório-motor: vai desde o nascimento até cerca de: 24 meses. A criança nessa etapa passa de atividades de puros reflexos à formação dos primeiros hábitos, depois à coordenação entre visão e preensão (olhos e mãos), à procura de objetos escondidos, à prática de atos intencionais, à complexificação e diferenciação de esquemas de ações e à resolução de problemas por compreensão.
Estágio pré-operatório: vai dos 2 anos, aos 7 anos. Nessa fase tem início o aparecimento da linguagem, que é uma função simbólica. A curiosidade se instala e surgem indagações (por quê?, como?, que é isto?), aparece o pensamento intuitivo. Esse estágio é de suma importância, pois a escola tem mais interesse no que nominamos de período pré-escola. Estágio inicial, Estágio intermediário, Estágio Avançado, Estágio sensório-motor, Estágio pré-operatório, Estágio operatório concreto, estágio operatório formal, operações concretas e formais. Em cada estágio pode ser analisado as características, as noções matemáticas conforme a idade que integram a classificação das estruturas cognitivas.
Para nos prevenirmos das alterações no processo de aprendizagem, existe a necessidade da elaboração de estratégias preventivas em conjunto, promovendo um trabalho multidisciplinar e interdisciplinar, onde a presença de profissionais especializados possam se relacionar com a Comunidade escolar de forma conjunta com a intenção de prevenir as dificuldades de aprendizagem.
A ação interdisciplinar na escola tem como objetivo desenvolver trabalhos em que a atuação seja direcionada a todos os aspectos que passem a interferir no processo de aprendizagem. Seria de bom alvitre que a importância da atuação interdisciplinar dentro de uma visão integral, seja somada todos os esforços para a promoção efetiva de uma educação plena e proveitosa. A Prevenção, bem como a Intervenção são fatores primordiais para o bom desempenho do aluno e pilotis para que o psicopedagogo possa executar suas tarefas com firmeza, bases sólidas, planejamentos, visando um bom aproveitamento do aprendiz. O emocional e o afetivo, o neurológico, o pedagógico, o escolar, o religioso; são componentes de um trabalho interdisciplinar que visam reconstruir a pretensa totalidade dos fenômenos para que o trabalho de prevenção possa surtir efeito utilizando-se as premissas primárias, secundárias e terciárias.
No nível primeiro o ponto a ser atacado na promoção da saúde de forma geral, através da orientação a professores e pais com relação às etapas de desenvolvimento infantil, a matemática como base importante para a escrita e leitura e como proceder na realização de trabalhos de estimulação que visam favorecer o desenvolvimento de habilidades necessárias para um bom aprendizado. Passando para o segundo nível, as dinâmicas serão baseadas nas triagens e avaliações, podendo ser avaliada precocemente, as dificuldades surgidas no processo de aprendizagem e encaminhado o mais cedo possível para promoção da melhora aos setores de avaliação.
Já no nível terciário, no que tange ao atendimento das dificuldades, a conclusão tem um feixe na enfatizando da importância da atuação interdisciplinar dentro de um campo amplo e numa visão de integralidade, que se sobressaem no somatório dos esforços para a promoção de uma educação plena. Um bom planejamento de estratégias, um estudo das habilidades matemáticas para uma boa aprendizagem, estudo dos requisitos básicos para o êxito matemático, e uma eficiente estrutura fincada nas dificuldades. Podemos inserir nesse contexto: Os cálculos matemáticos, a aprendizagem mecânica, como a memorização de horas e números, os trabalhos escritos, a coordenação motora fina. Um atleta pode estar no estágio avançado para uma habilidade e no estágio inicial ou intermediário para outra habilidade. Seu sucesso está em ser capaz de determinar onde seu atleta está em vários estágios de aprendizagem e fornecer a melhor instrução, motivação e retorno pra o sucesso de cada um.
A memória se caracteriza pela sua classificação: Memória de Longo Prazo, Memória de Curto Prazo e Memória semântica (Estudo das mudanças ou translações sofridas, no tempo e no espaço, pela significação das palavras; semasiologia, sematologia, semiótica, estudo da relação de significação nos e da representação do sentido dos enunciados). A Prevenção segundo estudiosos significa todas as ações voltadas para o ambiente, indivíduo, grupo de indivíduos, enfim, todas as precauções que fazem afastar as ameaças de alterações. Desta forma, a prevenção depende de medidas apropriadas para contrariar ou interceptar as causas destas alterações. Podem ser Primárias, secundárias e terciárias como citamos antes.
A primária consiste em extinguir ou inibir o início e o desenvolvimento de uma desordem, alterando a suscetibilidade ou reduzindo a exposição de pessoas suscetíveis, ou seja, objetiva impedir o aparecimento das dificuldades. A secundária, esta visa à detecção precoce das alterações, assim como reduzir a influência dos fatores adversos sobre o desenvolvimento. A prevenção terciária tem objetivo reduzir os problemas resultantes das dificuldades com fins de integração social. Desta forma, busca a reabilitação e a reintegração do indivíduo em seu ambiente para o desenvolvimento de suas potencialidades.
A interdisciplinaridade refere-se ao estudo das dificuldades de aprendizagem e constitui-se num campo amplo e complexo, envolvendo determinantes sociais, culturais, pedagógicos, psicológicos e escolares. Alguns autores se referem à importância do trabalho interdisciplinar na avaliação de crianças que apresentem tal alteração, sendo a participação de especialistas das áreas de Pedagogia, Fonoaudiologia, Psicologia, Psicopedagogia e médica, fundamentais para se atingir esta globalidade, evitando diagnósticos e orientações alienadas, reducionistas e organicistas.
Os especialistas salientam que a experiência no nível interdisciplinar biopsicossocial e cognitivos não pode ser entendida como o somatório de ações isoladas de profissionais com as mais variadas formações, mas sim fruto de um estudo integrado e interdependente, que busca uma compreensão global do problema, e não se deve procurar a explicação dos distúrbios de aprendizagem neste ou naquele déficit particular, mas em uma constelação de fenômenos sociais, psicológicos, neurológicos, pedagógicos e familiares, que só adquirem o seu pleno sentido quando referidos à história de cada criança ou adolescente.
A Psicopedagogia é a área do conhecimento humano que estuda e se preocupa com a aprendizagem humana e com os obstáculos que possam se interpor a este processo impedindo que ele ocorra. É um campo de estudos multidisciplinares (cada um dá sua contribuição isoladamente. Inter = conjuntamente. Todas as pessoas juntas), pois englobam conhecimentos na contribuição das ciências, tias como a Psicologia, a Fonoaudiologia, a Pedagogia, a Neurologia, a Linguística, dentre outras. A atuação multidisciplinar e interdisciplinar tem se mostrado mais eficaz do que a forma isolada até a pouco defendida nas instituições escolares, pois experiências de integração contribuem para a aquisição de uma visão mais ampla e mais profunda sobre as dificuldades de aprendizagem.
O fato de que aspectos biológicos, psicológicos, familiares, didáticos, sociais, entre outros influem na aquisição de novos conhecimentos, faz com que a união e as trocas entre os profissionais sejam cada vez mais constantes e promissoras. Assim, além de os profissionais atuarem em conjunto para a melhoria do indivíduo como um todo promovem o intercâmbio entre as diferentes disciplinas realizando assim uma otimização do trabalho com o aprendente.
Como ciência, a Psicopedagogia se vale das teorias de Freud, que estudou o sujeito desejante; Piaget, que estudou o indivíduo cognitivo, Pichon-Rivière, que considera o homem como um indivíduo que só pode ser entendido dentro do contexto em que está inserido e muitos outros. Bossa também ressalta essas nuanças. Ela salienta que o profissional psicopedagogo pode atuar tanto de forma preventiva (instituição-escola) quanto terapêutica (clínica) nas dificuldades do processo de aprendizagem. Existem propostas de atuação preventivas que estão nas áreas de prevenção primária (promoção da saúde e evitação do aparecimento do sintoma); a prevenção secundária e a terciária. Sendo assim, o trabalho preventivo na instituição escolar no nível primário é direcionado para evitar que surjam as dificuldades de aprendizagem. Na prevenção secundária se destaca a proteção e diagnóstico precoce, que visa minorar os distúrbios. Na Prevenção Terciária está incluso o tratamento propriamente dito, cujos pilotis se direciona na busca da reabilitação do individuo quanto os aspectos da aprendizagem. Este nível se destina ou se direciona àqueles que já possuem um diagnóstico de difícil aprendizagem.
Orientações devem ser oferecidas aos professores quanto à promoção de um ambiente escolar estimulante para o desenvolvimento das potencialidades infantis, valorizando sua atuação enquanto educador e mediador do desenvolvimento das singularidades de cada criança. A equipe pode atuar na realização de modificações nos currículos escolares ou nas atividades de classe; participar na elaboração de práticas pedagógicas que serão realizadas no decorrer do ano letivo; bem como orientar quanto ao uso do espaço físico para um melhor aproveitamento no desenvolvimento de aprendizados, através da exploração do espaço, relacionando-o às noções de espaço, tempo, esquema corporal e percepções.
Orientar professores e funcionários para a observação das crianças em situações de lazer e aprendizado formal; também faz parte dessa proposta promover a integração do aluno ao cotidiano escolar favorecendo o contato entre alunos, professores e funcionários da escola para criar um ambiente saudável e agradável para a aprendizagem. Orientações aos pais quanto à importância da estimulação fora do ambiente escolar, ou seja, propiciando a compreensão da casa como ambiente de aprendizagem. Solicitar aos pais que oportunizem a aprendizagem de várias formas, disponibilizando material de leitura e escrita e experimentação pedagógica, bem como participando ativamente das tarefas escolares das crianças.
Há estudos sobre as dificuldades de aprendizagem que sugerem que em famílias de pais leitores, em que estes oportunizam aos seus filhos precocemente, a possibilidade de manusear livros e ouvir histórias relatadas pelos pais encontra-se poucas evidências de dificuldades escolares. Com relação ao nível secundário, a detecção e a intervenção nos fatores que alteram o desenvolvimento normal da criança viabilizarão a redução de prejuízos secundários. Assim, identificando precocemente alterações no curso normal da aquisição de conhecimentos, pode-se intervir e evitar conseqüências como o fracasso escolar e as alterações emocionais advindas deste.
Neste nível, podem-se realizar triagens e, se possível em todas as crianças em fase escolar, se não ao menos nas crianças que apresentam algum fator de risco para o aprendizado escolar. Pode-se neste nível, através de atividades lúdicas na pré-escola, promover o desenvolvimento de aspectos psicomotores, memória, atenção, linguagem, compreensão e expressão.
Orientar os professores para que não imponham um ritmo pré-estabelecido de apresentação de conteúdos para as crianças; esclarecendo que não existem bons nem maus métodos e sim métodos que servem para umas e não para outras crianças e orientá-los para que encaminhem os alunos quando necessário para exames complementares ou tratamentos específicos.
Assim, os professores orientados encaminharão os alunos que apresentarem suspeita de algum atraso ou dificuldades no desenvolvimento da linguagem e da aprendizagem para que, através de triagem, sejam verificadas as reais necessidades destes, e, quando necessário, o encaminhamento para a habilitação.
Após encaminhamentos deve ser feita a devolutiva ao professor esclarecendo aspectos importantes observados na avaliação e no desempenho da criança. Em nível terciário, as intervenções devem ser organizadas de modo a evitar o desgaste físico e emocional do sujeito propiciando-lhe condições mais favoráveis para sua recuperação e melhor organização global, bem como, quando necessário, estabelecer prioridades de tratamento.
Em sessões coletivas devem ser realizadas atividades que visem atingir todo o grupo, através de jogos didáticos cujos objetivos são o estímulo ao desenvolvimento da atenção, memória visual e auditiva, percepção visual e auditiva, compreensão, raciocínio e interpretação. Tais tarefas devem ser feitas paralelamente ao contato com os professores e as famílias, visando uma forma de atuação participativa e auxiliando a escola a cumprir um de seus objetivos básicos que é o de propiciar a aprendizagem formal.
Após os primeiros anos de vida, a escola é o marco onde se dá o desenvolvimento da linguagem em sua forma oral e escrita. Assim, as dificuldades de aprendizagem observadas neste período devem ser prevenidas. A ênfase foi dada nos níveis primário e secundário, no entanto, caso ocorra o diagnóstico de distúrbio de aprendizagem, a equipe atuará em nível terciário, promovendo a reintegração do indivíduo na escola e sua inserção no contexto social. Um assunto primordialmente riquíssimo que requer um estudo mais apurado por parte dos estudantes de pedagogia e pisopedagogia e quem envolvem assuntos quicá de suprema importância para pais e professores que encontrarão subsídios valiosos nos temas Prevenções Psicopedagógicas e quando o Processo de Intervenção já está instalado no meio escolar. Nessas nuanças tudo vai depender do conhecimento pormenorizado do professor, da sua especialidade, da sua sagacidade como mestre, do seu planejamento escolar e curricular, obedecendo às diretrizes da escola, mas sempre interagindo tanto com a escola e com os aprendizes, para num futuro bem próximo tenhamos alcançado os nossos objetivos e colocarmos em condições de aprendizagem aqueles alunos com dificuldades.
O trabalho do psicopedagogo e do pedagogo, bem como do psicólogo, aliados aos do neurologista são de suma importância para o fortalecimento do ensino, pois ainda não contamos com o apoio necessário das autoridades responsáveis pela educação em termos de estados e municípios. As carências de todos os matizes são visíveis a olhos nus e as reivindicações dos professores, dos coordenadores e dos diretores de escolas ecoam no ar e se esvaem entre nuvens como fumaças de chaminés. Sigamos os exemplos da China e da Coréia do Sul que hoje estão no patamar mais alto da educação. Se a educação na capital deixa a desejar por diversos motivos, como falta de vontade política, desinteresse pela educação infantil, pela especialização de professores, pela carga horária excessiva, péssimas condições de trabalhos e salários imorais para quem vive assoberbado de tarefas importantes.
A educação dentre a “Trindade Social”, ainda é sobejamente esquecida e os profissionais com baixos salários, ainda se desdobram como podem para exercerem a contento o que juraram quando se formaram. Amor à profissão não lhe faltam, mas discriminação dos governantes é vista, medida e calculada. Como teremos um país culto e de habitantes alfabetizados? Nunca. Se continuar o marasmo e a acomodação à educação no Brasil continuará engatinhando. Estudar matemática tem sido um tabu difícil de ser batido, mas se começarmos como preceitua a Psicopedagogia esse tabu pode se transformar num exercício de altivez e um referencial de responsabilidade no cumprimento do dever do aprendiz.
O que eles não gostam: “Aqueles exercícios aborrecidos e repetitivos”… estudar matemática martelando seu cérebro, exigir demais o raciocínio lógico das tarefas matemáticas e em especial as avaliações, mas devemos incutir em suas mentes às vezes “preguiçosas” ou “viciadas” a técnica, a mecanização, prática versus teoria, persistência, tirar todas as dúvidas, mostrar o lado social da matemática, como estudar matemática, não separar teoria da prática, não gastar demasiado temo com exercícios de rotina, resolver problemas, compreender os conceitos, entre outros.
Existem ainda inúmeros aspectos que poderão ser explorados nas intervenções pedagógicas e não poderemos esquecer que a criança com dificuldades de aprendizagem tem uma linha desigual em seu desenvolvimento. Seus problemas de aprendizagem não podem ser atribuídos ou causados pela pobreza ambiental. Os problemas podem não ser devidos ao atraso mental ou aos transtornos emocionais, eles podem ser potencializados. Um bom ambiente social melhora com em probabilidade a qualidade da aprendizagem. Outro aspecto com alunos em dificuldades de aprendizagem que estão situados nos campos de conduta e da aprendizagem: Atividade motora: hiperatividade ou hipoatividade, dificuldade de coordenação, Atenção: baixo nível de concentração, dispersão na área matemática: problemas em seriações, inversão de números, reiterados erros de cálculo, Área verbal: problemas na codificação/ decodificação simbólica, irregularidades na lectoescrita ('que faz esquecer'; 'esquecimento': letológico; conjunto de elementos linguísticos que identifica um grupo no interior de uma comunidade de fala; variedade.), disgrafías, Emoções: desajustes emocionais leves, baixa autoestima; Memória: dificuldades de fixação, Percepção: reprodução inadequada de formas geométricas, confusão entre figura e fundo, inversão de letras; Sociabilidade: inibição participativa, pouca habilidade social, agressividade.
Como profissionais jamais podemos nos acomodar e a vocação não pode morrer, o estímulo deve permanecer fluente e as atividades em sala de aula jamais deverão ser esquecidas. Boa vontade e empenho nunca fez mal a ninguém. Embora tenha tentado escrever pelos parcos conhecimentos que somos dotados, devemos frisar que algumas pesquisas foram estudadas e não copiadas. Pense nisso!
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ANTONIO PAIVA RODRIGUES- ALUNO DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA DA FACULDADE VALE DO JAGUARIBE (FVJ)
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