Sábado, 09.01.10
ESPIRITUALIDADE OU MUNDANISMO
Os padrões atuais do mundo muda no compasso de uma força voraz, qual um furacão destruindo uma cidade. Muito tem se falado em mundo mundano em detrimento da espiritualidade. A espiritualidade para o homem é algo de belo, proveitoso, inspirador, que enleva seu Espírito a uma escala bem mais alta, em comparação aos que ainda não adotaram de vez essa prática feérica, divina e abençoada por Deus. Algum motivo, ou nuanças diversas tem levado o homem a esquecer-se dos benefícios da religião em troca dos prazeres terrenos, que no frigir dos ovos são diretrizes perniciosas que o direcionam ao vicio, as drogas, a violência, ao uso da força para aniquilar seu irmão e quem se intrometa em sua vida. O instinto tem dominado o ser humano de uma maneira tão geênica que os atos praticados por eles muitas das vezes nos levam a acreditar que foi ação de um animal irracional, ou uma monstruosidade sem limites que só podemos qualificar de bestialidade. O homem é um ser imperfeito é bem verdade, mas o Pai Amantíssimo deu-lhe todas as ferramentas para torná-lo bom e consciente do que faz.
“Verdade espiritual ou tática mundana”? A doutrina da infalibilidade papal reforça a batalha do Papa contra as forças da democracia e do liberalismo. Os padrões e os parâmetros do mundo não devem ser aconselhados, conforme afirmou Paulo. O Papa Pio X não queria fazê-lo, quando o mundo se transformava mais secular, nacionalista, e antipapista. Em 1864, ele condenava os erros “perniciosos” como o “progresso e a civilização moderna” e nos idos de 1870, o Concílio Vaticano I inseriu a armadura antiliberal do Papa a doutrina da infalibilidade papal. Esse dogma quando a chefe da Igreja Católica de refere à ex-cathedra, no exercício de sua responsabilidade como pastor e mestre de todos os cristãos (católicos) como também de sua autoridade apostólica suprema sobre assuntos de fé ou morais, sua visão é incontestável. A doutrina foi promulgada em 18 de julho de 1870 em meio a acontecimentos que tirariam do Papa grande parte de sua autoridade em
Roma. Isso aconteceria não como uma nova descoberta, mas como uma afirmação atemporal. É verdade que muitos papas que fizeram a história da igreja católica não se comportaram como deveriam e os fiéis ao catolicismo ainda sofrem discriminações por esses atos desabonadores da conduta de diversos papas durante o decorrer da história. Além da vida desregrada de alguns papas, outros criaram dogmas que ainda são praticados nos dias atuais. Em 709, o Papa Constantino, que era de nacionalidade Síria, instituiu o costume de beijar os pés do Papa. Em 528, o Papa Félix IV, instituiu o rito da extrema-unção. Em 871, o Papa Adriano II, o último Papa casado e também o primeiro a sugerir o casamento civil (para proteger as mulheres dos possíveis abusos da parte dos homens que adotaram o costume “do casa-separa”), introduziu o uso do sino nas igrejas da velha Europa.
Segundo sua opinião, os ecos do sino serviriam para espantar os demônios. Continuando sobre Pio IX ele se tornou Papa em 1846, uma escolha que causou muita surpresa. “O líder austríaco Metternich, ironizando afirmava:” Estávamos preparados para tudo, menos para recebermos um Papa liberal. Acontece que no ano de 1848 surgiram muitas revoluções violentas e a perda dos Estados papais para o novo reino da Itália em 186 foi inevitável. Em julho de 1870 as tropas francesas foram retiradas de Roma, com isso a cidade Eterna passou a ser a capital da Itália. Houve uma cisão entre germano-falantes, mas a maioria dos católicos aceitou a doutrina, usada sempre com raridade. Com o poder do Papa enfraquecido, no ano de 1871, ele ocupava uma determinada área de 44 hectares de Roma, no entanto o poder espiritual aumentou sobre os fiéis. Voltando na história – em 325, no Concílio de Nicéia (hoje uma cidade da Turquia), 318 bispos reuniram-se para debater as mais polêmicas questões concernentes à igreja, como o dogma da Trindade, o Credo dos Apóstolos e a expulsão do primeiro herege de peso, Ário de Alexandria.
No ano de 400, no Concílio de Toledo, é dado ao bispo de Roma, pela primeira vez, o título de “Papa”. O nome é de derivação grega “papai”, termo carinhoso para os anciãos. Na história da Igreja Católica muita água correu por debaixo da ponte, mas poucos sabem destas nuanças, somente estudiosos e historiadores conhecem com detalhes. Existem os períodos conturbados do século I ao IV que formou as bases do que mais tarde seria conhecida como Igreja Católica Apostólica Romana. Como é impossível separar a história dos Templários, Druidas, Cátaros e outros hereges da história da Igreja Católica Apostólica Romana, pode ser Intercalado um estudo a respeito de cada igreja ou religião.
É bom que se frise que: Uma das coisas importantes que devem ficar bem claras é que os mártires acreditavam na Reencarnação, de maneira muito semelhante aos espíritas dos dias de hoje. Por esta razão deixavam-se martirizar com tamanho afinco. Eles diziam que não importava quantas vezes os romanos os sacrificassem, eles retornariam para continuar pregando. Mais tarde, quando a Igreja Católica Apostólica Romana absorveu esse “bônus” de 400 anos no catolicismo, ela “transformou” esses mártires em santos e defensores do catolicismo. Os papas Estevão I e Sisto II passaram praticamente seus mandatos enfrentando os Novacianos e os romanos e não tiveram tempo hábil para organizar outros projetos. Pinçamos o seguinte: “Entre outros descalabros, conta a história de um Papa que na verdade era uma mulher disfarçada, Joana”.
Ela teria engravidado de um serviçal, Floro, e dado à luz em plena procissão até o Palácio do Latrão, sendo morta e atirada no Rio Tibre em seguida. E por aí vai o desfiladeiro de Papas gays, ninfomaníacos, ladrões, fraticidas e cheios de filhos bastardos, por séculos a fio. Repito: acredite se quiser (mas não deixa de ser uma leitura curiosa). Pena que não fiquei com um exemplar. No Ceará, talvez muito mais que em outros estados nordestinos, o catolicismo ainda é um poder de fato - como já foi no Sudeste, até há 50 ou 60 anos. O calendário católico é lei e as pessoas são sinceramente beatas, muitas vezes fanaticamente. Grande parte dos homens com mais de 50 anos fatalmente foi interno de seminários na infância ou adolescência.
Palavra de cardeal ou bispo, lá, vale tanto (ou mais) que a do governador e a do presidente. Por isso, essa proliferação de escritores cearenses malhando a igreja católica dessa forma, e com tal rigor, não é de se espantar.
Não estamos a malhar ninguém estamos repassando o que aprendemos com estudo mais apurado das religiões, pois os cristãos de hoje só estudam a Bíblia e nada mais. E mesmo assim a maioria só a entende pela parte literal sem a retirada de uma vírgula. O que está aposto aqui não foram acontecimentos criados por nós e sim o que aprendemos através de estudos e pesquisas, mas não podemos imputar culpa aos católicos por erros cometidos pelos que comandaram a religião no decorrer dos tempos, por isso nominamos a matéria de Espiritualidade e Mundanismo. O Grande João Paulo II foi o único Papa que teve a simplicidade de beijar o solo que pisava e pedir perdão pelos erros de sua igreja no passado, e era um homem abençoado e espiritualizado.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI-DA ALOMERCE E DA AOUVIRCE
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por paivajornalista@blogs.sapo.pt às 17:50
1 comentário
De Stefano a 10.01.2010 às 18:51
http://www.youtube.com/watch?v=Jr5Q5Volv88