Quarta-feira, 14.10.09
HOMENAGEM AOS PROFESSORES
O profissional que trabalha com dedicação, fé em Deus, na seara do ensino, não precisa articular muitas indagações acerca daquilo que ele sabe mais fazer, ensinar. Imbuído de responsabilidades, talento, muita paciência e, através do serviço de educar a que dedicas ao próximo, terás com certeza o auxílio do Altíssimo e do Mestre Jesus que esteve aqui na Terra, obterás a sabedoria dos bons espíritos que esclarecerão o procedimento e a tarefa a realizar. O professor merece todo nosso respeito, pois tudo que sabemos e aprendemos tivemos como azimute direcional o mestre. O homenageado sempre alicerçado no cumprimento do dever conducente não se escusa da árdua tarefa usando como buril a vocação, a força de vontade e o patriotismo para repassar ensinamentos aos seus pupilos. Mesmo sem o respeito devido dos governantes, pois a remuneração é a pior possível elas enfrentam com garra e dinamismo extensa carga horária para amealhar o vil metal para seu sustento e de sua família.
Essas mesmas autoridades que já passaram por mãos habilidosas de inúmeros professores deveriam aferir diretrizes ditosas para o bem de uma classe valorosa, excelsa, cujo vetor principal será sempre a operância sublime da educação de qualidade. Estimados professores haja o que houver, adiantem-se fazendo o melhor que possas recordem-se que será preciso semear o bem por dentro e por fora, onde estiveres de vez que seus esforços não sendo recompensados mantenham-se sempre no viés do bem, da paz, da coragem que a esperança um dia será concretizada. Estejam sempre acumpliciados ao amor deixando a egolatria de lado, pois somos seres humanos e humanos direitos, mas infelizmente no Brasil os que ralam no dia a dia por uma vida digna são desprezados e seus esforços não são reconhecidos pelas autoridades políticas dos municípios, dos estados e do governo federal. Infelizmente! O Portal da Família um grande local de ensinamentos nos repassa as nuanças sobre o dia do professor. O Dia do Professor é comemorado no dia 15 de outubro. Mas poucos sabem como e quando surgiu este costume no Brasil.
No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Tereza D’Ávila), D. Pedro I baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”. Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A ideia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida. Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia dedicado ao Professor. Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como “Caetaninho”. O longo período letivo do segundo semestre ia de 01 de junho a 15 de dezembro, com apenas 10 dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a ideia de organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano. O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade natal, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização.
Com os professores Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko, a ideia estava lançada, para depois crescer e implantar-se por todo o Brasil. A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. O Decreto definia a essência e razão do feriado: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias". Infelizmente o que dá para rir dar para chorar. Vejam o que a história nos conta com muitos detalhes, mas o brasileiro não perdeu a mania de deixar de cumprir as leis. Depois de 120 anos do Decreto Imperial é que os professores tiveram a satisfação de comemorar o seu dia.
Será que o novo Decreto Federal instituído em outubro de 1963, vem com a essência que preceitua o decreto em epígrafe? Achamos que não. Infelizmente os professores ainda estão muito distantes da família de seus alunos, isso só acontece na educação infantil e quando uma data festiva deve ser comemorada. Os professores das periferias sofrem horrores, pois os pais dos alunos em sua maioria não compartilham com a educação de seus filhos e muitos deles se rebelam contra os professores ameaçando-os de morte, por uma simples correção, chamada de atenção e envio dos infratores a coordenação das escolas. Além da queda coice.
O professor pode ser considerado um missionário de escol, espelhos vivos da fé e da boa vontade, cujo direcionamento está no bem que mourejam entre todos, impulsionando-os, incentivando-os, adubando-os de vontade férrea à progressão, cujo caminho traçado é o saber intelectual, moral e a prática do civismo que se encontra ausente de nossa sociedade. Se a brasilidade fosse o ponto alto das escolas o ensino no Brasil estaria com feição mais bonita. A educação básica ainda se mantém e se sustenta pelo heroísmo de uma classe que realmente cumpre o seu dever, mas os governantes fazem vistas grossas e não remuneram os mestres em proporção igual ao tempo que eles dedicam ao aprendizado intelectual e cultural da população brasileira.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI-ALOMERCE E AOUVIRCE
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por paivajornalista@blogs.sapo.pt às 18:59